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Quadrinhos

Sin City: do papel para o digital

Postado em 16 de maio de 2019

Em 1991, o já conhecido Frank Miller mais uma vez surpreende lançando um trabalho peculiar, uma HQ sem herói ou vilão, sem cores e sem a assinatura Marvel ou DC: Sin City, lançado pelo selo Dark Horse Comics.

Nessa época, Miller já era conhecido por Demolidor, Cavaleiro das Trevas e Ronin, HQs carregadas com as características que consagraram o autor: linguagem sombria, arte com alto contraste e personagens ambíguos.  

Entramos no ano de 2005 e o diretor Robert Rodrigues, conhecido por dirigir O Mariachi e Um drink no inferno, apresenta para o público cinematográfico sua adaptação de Sin City. Miller, que até então já havia se aventurado no universo da sétima arte, porém sem muito louvor – escreveu o roteiro de Robocop 2, que não teve o sucesso esperado –, aceitou voltar a Hollywood depois que Rodrigues apresentou um curta-metragem baseado em uma das histórias de Sin City. Junto com Rodrigues ele dirige Sin City – A cidade do pecado, que apresenta no elenco Bruce Willis, Rosário Dawson, Benicio Del Toro e Jessica Alba.

O longa-metragem trouxe o universo policial da criação de Miller com fidelidade para as telas, tratando-se não de uma mera adaptação dos quadrinhos para o cinema, mas sim de uma verdadeira experiência de construir uma grafic novel com imagens em movimento. Tanto a HQ de Miller quanto o filme nos levam para as décadas de 1930 e 40 com seu estilo noir: excesso de claro e escuro, senso de perigo, personagens com moral questionável e um forte sentimento de falta de esperança e desespero.

A cinematografia escolhida por Rodrigues também não deixa a desejar. Ele faz uso de planos de câmeras mais inclinados ou baixos, luzes duras, em geral incidindo em apenas em um personagem, e cores vivas que se sobressaem ao preto e branco padrão, tais como uma pele amarela ou sangue escorrendo.

Portanto, a fidelidade que Rodrigues buscou na obra de Miller é facilmente identificável, mas não se trata apenas de um “copia e cola”; são duas obras independentes que souberam empregar todos os recursos disponíveis em suas linguagens – quadrinho e cinema – para enriquecer a experiência do leitor/espectador.

Por Jéssica Silva

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