
Breve história dos musicais (Parte 2)
Os anos 1920 e 1930 foram um marco para o desenvol...
Luis Camnitzer nasceu em 1937, em Lübeck, na Alemanha, e com um ano de idade mudou-se com a família para o Uruguai. Desenvolveu uma longa carreira como artista, crítico, curador, educador e teórico.
Certa vez, ao organizar uma exposição de seus trabalhos, Camnitzer perguntou ao curador do local sobre os recursos educativos preparados pelo museu. O curador respondeu que não havia necessidade, uma vez que o museu não era uma escola. A partir daí, o artista cria uma frase que é exposta em vários museus do mundo: “O museu é uma escola. O artista aprende a comunicar-se. O público aprende a fazer conexões”.
A frase já passou por cerca de 16 museus, incluindo o Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo, e é um convite ao público a pensar não só de que forma o museu pode atuar de maneira significativa no processo de aprendizagem, mas também se esse processo está ocorrendo.
Se o museu pode ser uma escola, podemos pensar que outros lugares também podem cumprir essa função educadora, tais como a casa, a cidade e o mundo de uma forma geral. Para o artista brasileiro Hélio Oiticica, o museu era o mundo, e para Luis Camnitzer, a educação está no mundo. O que você pensa sobre essa questão?
“Quando damos importância à comunicação entre o artista e o público por meio da obra, a peça deixa de ser objeto de contemplação e a atividade artística nivela-se à educação. Isso quando se entende que essa última não se limita a transferir dados, mas a gerar especulações por parte dos estudantes. Quem vai a uma exposição ou quem frequenta uma sala de aula deveria ter sempre a sensação de ter participado de um processo criativo memorável e sair dali se sentindo preparado para inventar os próprios meios”.
Imagem: Trabalho de Camnitzer exposto no Guggenheim, em Nova York.
Os anos 1920 e 1930 foram um marco para o desenvol...