
Breve história dos musicais (Parte 2)
Os anos 1920 e 1930 foram um marco para o desenvol...
Entre os dias 18 de junho e 18 de agosto, o Museu da imagem e do Som recebe a exposição Björk Digital. A mostra tem por finalidade oferecer uma experiência de imersão ao visitante, que ao utilizar óculos de realidade virtual, tem acesso aos videoclipes do disco Vulnicura (2015).
A multiartista islandesa sempre foi entusiasta em relação aos avanços tecnológicos, resultando em produções ousadas ao longo de sua carreira. Durante a era do disco Biophilia (2011), o álbum foi apenas uma das partes do projeto que contava, além dos clipes, com um aplicativo com finalidade pedagógica, que une teoria musical, game e arte de uma maneira interativa.
A exposição em cartaz no MIS já viajou por diversos países levando uma nova maneira do visitante se relacionar com o espaço museológico e com a produção da artista. Nas salas da exposição, o espectador veste óculos de realidade virtual e senta em um banco rotatório para ser inserido nos videoclipes da artista. A característica do banco permite que o espaço seja explorado em 360 graus.
O objetivo de inserir o espectador em um trabalho de arte não é novo. O que mudou foram as ferramentas existentes para auxiliarem os artistas em seus desejos. As ninfeias, de Monet, por exemplo, foram colocadas no Musée de l'Orangerie em uma sala com paredes ovais, onde a luz natural do teto de vidro interfere nas pinturas.
No site do museu, é possível encontrar o seguinte texto:
“Nada foi deixado ao acaso pelo artista que ponderou por muito tempo e cuja instalação foi feita de acordo com sua vontade junto com o arquiteto Camille Lefèvre e com a ajuda de Clemenceau. Ele fornece as formas, volumes, layout e espaços entre os diferentes painéis, o caminho livre do visitante através de várias aberturas entre os quartos, a luz do zênite do dia que inunda o espaço quando está um bom tempo ou, pelo contrário, é mais discreto quando está velado pelas nuvens, fazendo a pintura vibrar com o tempo.”
As instalações, linguagem que começa a ser usada pelos modernistas, tem como objetivo a participação ativa dos espectadores, usando o espaço como protagonista da obra. É natural que artistas explorem novas possibilidades e ferramentas para utilizar em seus trabalhos e é curioso perceber como os corpos dos espectadores se comportam diante deles.
O que você acha que encontraremos daqui para frente nos museus? Pensar nesta questão pode ser um bom exercício de imaginação.
Imagem de capa: Visitantes em Instalação do artista Olafur Eliasson,Tate Gallery, 2003. - Photo: Tate Photography.
Os anos 1920 e 1930 foram um marco para o desenvol...