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Museu da Imagem e do Som

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Conversa sobre a exposição “Archipelago” + Performance

Com mediação de Maureen Bisilliat e Roberto Linsker, a conversa acontece entre Ciro Girard, designer no livro-caixa e da exposição, e alguns artistas que integram a exposição. Após a conversa, acontece uma performance de Gal Oppido e Catarina Gushiken.

Data

28/04/2022

Horários

Às 19h (conversa) e 21h (performance) 

Ingresso

Gratuito (retirada de ingresso a partir de 1h antes do evento na bilheteria)

Classificação: Livre (conversa) e 14 anos (performance) 

A exposição “Archipelago” originou-se do livro homônimo publicado em 2021, para o qual 20 artistas criaram obras baseadas em suas emoções e experiências vividas no primeiro período da pandemia. A proposta do livro e a curadoria da exposição são do fotógrafo e editor Roberto Linsker. 

Logo na entrada da exposição, nos deparamos com a frase “Dialogar é preciso”, de Maureen Bisilliat, que sintetiza os propósitos de “Archipelago” e serviu como base para a realização de um encontro no Auditório MIS com a presença de alguns integrantes do projeto. Eles irão compartilhar com o público peculiaridades das escolhas de cada obra e os momentos em que elas foram concebidas. Com mediação de Maureen Bisilliat e Roberto Linsker, a conversa acontece entre Ciro Girard, designer no livro-caixa e da exposição, e os artistas Guto Lacaz, Edu Simões, Valdir Cruz e Rochelle Costi, entre outros artistas que integram a exposição, que fica em cartaz até 01 de maio. 

Após a conversa, acontece, no espaço da exposição, uma performance de Gal Oppido e Catarina Gushiken, envolvendo desenhos e caligrafias corporais inspirados na obra “Pequeno dicionário erótico ilustrado japonês-português-japonês”, de Gal Oppido, na qual o universo das xilogravuras de Shunga (arte erótica japonesa produzida entre os séculos 17 e 19) foram referência para a construção da série de intervenções geradas a partir de palavras em páginas duplas de um pequeno dicionário. 

 

CONVERSA 

Sobre os mediadores
Roberto Linsker
(São Paulo, SP, 1964) é fotógrafo, formado em Geologia pelo Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, editor e publisher da Terra Virgem Edições. Desde 1994 criou e fotografou para as séries de livros “Brasil aventura”, “Cuidados pela vida”, “Tempos do Brasil” e “Fotógrafos viajantes”. Como fotógrafo, publicou, em 2006, “Mar de homens”, “O mar é uma outra terra” e “Ilusão posterior” em 2014. Recebeu o prêmio Picture of the Year 2002 entregue pela National Geographic, em Washington. Foi contemplado com o 31º Prêmio Abril de Jornalismo na Categoria Cultura. Tem imagens nos acervos da coleção Masp-Pirelli, no MAM-SP e junto a colecionadores particulares. Tem ensaios publicados em jornais e revistas brasileiros tais como Piauí, Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Veja, Marie Claire, Vogue, entre outras. É colaborador frequente da revista National Geographic Brasil. Participou de dezenas de exposições fotográficas individuais e coletivas no Brasil e no exterior. 

Maureen Bisilliat (Englefield Green, Reino Unido, 1931) é fotógrafa radicada em São Paulo desde 1953, e possui um sólido trabalho de investigação da alma brasileira por meio de seu trabalho fotográfico e poético. De 1964 a 1972, como fotojornalista contratada da Editora Abril, realizou trabalhos para revistas como Realidade e Quatro Rodas. Paralelamente, dava prosseguimento a suas “equivalências fotográficas” com a literatura, que entre os anos 1960 e 1990 publicaria numa série de livros importantes. Além de Guimarães Rosa e Jorge Amado, travou diálogos com as obras de Euclides da Cunha, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna, Adélia Prado e Mário de Andrade, este a inspiração para o ensaio que expôs numa sala especial da 18ª Bienal de São Paulo em 1985. Editora incansável de sua própria obra, Maureen lançou ainda dois volumes notáveis sobre o Parque Nacional do Xingu (1978 e 1979. Também sobre a região, que visitou diversas vezes, codirigiu com Lúcio Kodato o documentário de longa-metragem “Xingu/terra”. Em 1988, com Jacques Bisilliat, seu marido, e Antônio Marcos da Silva, foi convidada por Darcy Ribeiro para montar o acervo de arte popular latino-americana, origem do Pavilhão da Criatividade da Fundação Memorial da América Latina. Foi curadora do espaço de sua criação até 2011. 

 

PERFORMANCE 

Sobre os artistas
Gal Oppido
(São Paulo, SP, 1952) é fotógrafo, artista plástico, designer gráfico e baterista do grupo RUMO. É formado pela USP em Arquitetura e Urbanismo. Ministrou cursos de design gráfico no IADÊ, linguagem visual na PUC Campinas durante 11 anos e linguagem fotográfica no MAM durante 18 anos. Sua primeira exposição, “Veracidade”, aconteceu no IAB em 1981. Desde então realizou mais de vinte exposições individuais no Brasil e lançou sete livros de fotografia autoral, participou de exposições e livros de retrospectiva da fotografia latino-americana e brasileira e integrou mostras coletivas em Paris, Arles, Washington, Amsterdã, Porto, Wolfsburg, entre outros. Foi fotógrafo do Theatro Municipal e Balé da Cidade de São Paulo e fotógrafo colaborador da Vogue durante os anos 1990. Em 2001, recebeu o prêmio Printing Industries of America, em Chicago, pelo projeto gráfico e fotografias do portfólio da Takano. Recebeu o prêmio APCA pelo conjunto da obra fotográfica em 1991, e novamente em 2017 pela exposição Sentidos da Pele. Suas obras integram os acervos do MASP, MIS, MAM, Museu Afro Brasil e Pinacoteca. 

Catarina Gushiken (São Paulo, SP, 1981). É artista visual que vive e trabalha na cidade de São Paulo. Seu processo criativo envolve investigações sobre identidade, ancestralidade e origem. Iniciou sua pesquisa a partir de arquivos de família, realizando a tradução de cartas e diários escritos em uchinaguchi (antiga língua indígena de Uchina, hoje Okinawa/Japão) deixados por seu avô, que datam desde 1936. Por meio dessa investigação, surgiu o trabalho “Caligrafias sensitivas” em parceria com o artista e fotógrafo Gal Oppido . Catarina vem experimentando, além do desenho e pintura, conexões entre as escrituras abstratas, corpo e dança, tendo participado do espetáculo “Jardim oriental dos primeiros desejos”, dirigido por Ismael Ivo, junto ao Balé da Cidade de São Paulo, realizado no Instituto Tomie Ohtake. Seu trabalho é a manifestação das confluências e compartilhamentos com outros seres e suas percepções de mundo; é a própria diversidade de memórias que emergem desses encontros com existências tão plurais. 

Governo do Estado de SP