Data
25/11/2011
Horários
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Ingresso
R$ 6,00 (50% de desconto para estudantes)
17h
CRONICA DOS ACIDENTES AMOROSOS / KRONIKA WYPADKOW MIŁOSNYCH (Polônia, 1995, 114 minutos, cores, legendas em português. Formato da projeção: Digital)
"Naquele tempos a Lituânia tinha sua área geográfica indeterminada, uma formação étnica confusa, uma zona de cultura indefinida. Naquela época a Lituânia era um temporal de verão que chega de forma brusca, ou melhor, o interior de um vulcão em extinção. A Lituânia era então um grande sol se pondo, mostrando lindas e estranhas faixas de luz e os restos do arco-íris" – escreveu Tadeusz Konwicki em "Crônica dos acidentes amorosos".
Essas palavras poderiam ser a moral deste filme de Andrzej Wajda, criado com base nesse romance. O autor de "Canal", extremamente sensível à composição de cada fotograma, encheu sua obra de claras e cintilantes imagens, paisagens de cidades, fotografias de um mundo seguro, comum e cheio de ternura. Nessa realidade apresentada conscientemente, mas de maneira inocente e idílica, o autor inseriu sinais de inquietação e temor, implicitamente anunciando a destruição. Pois a "Crônica dos acontecimentos amorosos", assim como o filme "Senhor Tadeu", se passa numa esfera tecida de lembranças e nostalgia. Nostalgia da inocência, da pureza e do mítico país da infância – a mais linda, e ao mesmo tempo, perdida para sempre. O fundamento e a única razão de ser deste mundo é a imaginação do artista – tão indefesa contra as confusões históricas e cataclismos.
Os movimentos dessa imaginação movem as personagens do filme de Wajda.
19h30
SENHOR TADEU / PAN TADEUSZ (Polônia, 1999, 147minutos, cores, legendas em português. Formato da projeção: Digital)
Adam Mickiewicz escreveu “Senhor Tadeu” em 1834, depois de dez anos no exterior. Carregado de lirismo e saudade do país, num longo poema apresenta a visão de um mundo aristocrata em extinção, tornando pública a imagem contemporânea dos poloneses e da Polônia.
A tentativa de transferir para as telas esta epopéia nacional encontrou desde o princípio disputas e controvérsias com respeito tanto ao elenco como à configuração do roteiro. Mesmo com a maioria não acreditando no sucesso de tal empreitada, Andrzej Wajda não desistiu de seus planos. Tomando em consideração os gostos dos espectadores atuais, o diretor se focou na ação, no romance, com um toque de humor e lindas paisagens, não ignorando as estrofes poéticas originais, com as quais os atores se comunicam.
Na penumbra de um apartamento em Paris, imigrantes poloneses se encontram e relembram a sua pátria. Adam Mickiewicz (Krzysztof Kolberger) nos narra o conto sobre a Última Incursão Armada na Lituânia. Estamos no ano de 1811.
Tadeusz Soplica (Michal Zebrowski), depois de terminar os estudos, retorna para o palacete lituano da família. Dono da propriedade, o Juiz (Andrzej Seweryn) é seu tio e protetor.
Visitando antigos recantos da casa, Tadeusz chega ao seu quarto de infância, aonde encontra Zosia (Alicja Bachleda-Curus). Esta linda jovem atiça as suas imaginações juvenis despertando seus sentimentos de desejo e paixão. À noite, durante um jantar oferecido no castelo, acontece uma disputa entre os aristocratas rurais da família Soplica e o Conde (Marek Kondrat), último descendente dos Hareszko, Tadeusz encontra a sedutora Telimena (Grazyna Szapalowska) e iniciam um romance.
Porém, em pouco tempo descobre que ela é a governanta da linda e jovem Zosia.
Tadeusz nem desconfia que o padre Robak (Bogusław Linda), respeitado e reconhecido por seus atos patrióticos, é Jacek Soplica, o pai de Zosia que, em sua juventude cometeu um crime e que o fez se esconder em um monastério.
O filme celebra seu triunfo batendo todos os recordes de bilheteria.