Data
23/02/2016 a 27/03/2016
Horários
10h às 20h (terça a sexta-feira); 9h às 21h (sábados); 11h às 19h (domingos e feriados) Abertura: 23 de fevereiro, 19h
Classificação: 16 anos
Entre os dias 24 de fevereiro e 27 de março, o MIS apresenta a exposição Prazeres proibidos, da cineasta e artista visual Fernanda Pessoa. Mistura de erotismo e cinema popular, os filmes da categoria pornochanchada foram os mais produzidos e mais vistos no Brasil na década de 1970. Isso não significa, porém, que essas produções tenham escapado da censura imposta pela ditadura militar sob a qual o País se encontrava. É essa repressão a um dos gêneros mais famigerados da história do cinema nacional o tema de Prazeres proibidos. Em formato de videoinstalação, a obra usa documentos oficiais da censura e trechos cortados de filmes brasileiros em um percurso expositivo que abrange três ambientes.
Em uma pesquisa que já dura quatro anos, Fernanda Pessoa pesquisa o universo dos filmes de pornochanchada e a censura imposta a eles durante o período militar brasileiro (1964 – 1985), com ênfase na década de 1970. Diferente do que o senso comum possa imaginar, muitas dessas produções sofreram restrições e cortes severos em suas estruturas narrativas e seus diretores e produtores se utilizaram de diversos mecanismos para tentar burlar ou ao menos diminuir as ações dos censores.
Para a criação da exposição Prazeres proibidos, Fernanda Pessoa analisou centenas de documentos da ditadura e mais de 150 filmes nacionais da época, em uma minuciosa pesquisa tentando identificar como a ditadura atuou nesse tipo de cinema tão popular no período. Em 2015, a cineasta e artista foi uma das selecionadas pela residência NECMIS, do MIS. Durante um ano de intensa imersão no tema, finalizou sua pesquisa.
O resultado é uma videoinstalação que ocupa a sala Térreo e se divide em três ambientes. No primeiro deles, o visitante se depara com um projetor 35mm que roda em falso projetando apenas a sua luz, sem nenhuma imagem. Em seguida, a artista apresenta um corredor com uma seleção de documentos oficiais da censura. Finalmente, no terceiro e maior dos ambientes encontra-se uma sala de projeção digital onde é exibido um vídeo em seis telas montado apenas com trechos de filmes que foram cortados a pedido dos censores.