O acervo do Museu, formado por mais de 200 mil itens, tem uma variedade enorme de suportes e linguagens que tanto registram a história do Brasil desde sua fundação, quanto oferecem bons elementos para remontar uma história anterior ao MIS. 

Pensando nisso, o MIS cria um panorama técnico-social de um equipamento atualmente bastante disseminado no dia a dia: a câmera fotográfica. Hoje compactada em quase todos os celulares, usando tecnologia própria, a “arte” de captar imagens começou no início do século 19. A trajetória dos avanços e mudanças estéticas ao longo de mais de cem anos no universo da fotografia pautam a mostra, que exibe mais de 30 itens originais da coleção do MIS. 

A linha do tempo começa em 1880, década aproximada da câmera mais antiga no acervo do Museu, a vai até os anos 2000. As mudanças na forma de registro, nas técnicas de revelação e popularização da ferramenta ao longo dos anos são elementos presentes na mostra. A pesquisa para sua realização conta com toda a equipe de conservadores do Centro de Memória e Informação do MIS (CEMIS). 

Destaques:  

– Modelo da fabricante alemã Paul Leinert, datada do final do século 19, pesando nada menos que 58,8kg. 

– Exemplar da década de 1950 das famosas Rolleiflex, eternizadas na cultura pop brasileira na canção “Desafinado”, lançada por João Gilberto em 1959, um dos marcos da Bossa Nova.

– Modelo da japonesa Minolta, medindo apenas 7,5cm, presente em diversos filmes de espionagem. 

– Exemplar de 1995 de uma câmera Polaroid, responsável por transformar radicalmente a relação do público com a materialidade de imagens, promovendo revelação instantânea do conteúdo fotografado.