MIS

Museu da Imagem e do Som

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Museu da Imagem e do Som

Robério Braga | Luz Negra

A mostra Luz Negra, que tem curadoria de Diógenes Moura, é composta por 20 imagens, todas em preto e branco, a maioria no tamanho 1m x 1,5m, além de objetos, imagens de arquivo e cenas do making of das fotos, que em conjunto revelam aspectos cotidianos e culturais de três tribos do Quênia (que também habitam o norte da Tanzânia): maasai, pokot e samburu. Ao travar contato com elas, nos anos de 2011 e 2012, Braga ficou impressionado com seus costumes e crenças, verdadeiros símbolos de resistência na preservação de tradições ancestrais carregadas de significados. 

Data

01/05/2014 a 22/05/2014

Horários

Terças a sábados, das 12h às 20h Domingos e feriados, das 11h às 19h Dias 24 e 31 de maio (sábados) entrada gratuita

Tradicionalmente, o MIS dedica o mês de maio para a apreciação e reflexão da fotografia. Em 2014, a programação é composta por exposições de artistas internacionais e nacionais fundamentais para a história da fotografia.

Fugindo do atalho fácil do exotismo, equilibrando-se entre a magia étnica e a beleza dos contrastes gerados pelo embate entre a ancestralidade e a globalização, o fotógrafo baiano Robério Braga fez do Quênia, na África Oriental, o seu objeto de investigação.

A mostra Luz Negra, que tem curadoria de Diógenes Moura, é composta por 20 imagens, todas em preto e branco, a maioria no tamanho 1m x 1,5m, além de objetos, imagens de arquivo e cenas do making of das fotos, que em conjunto revelam aspectos cotidianos e culturais de três tribos do Quênia (que também habitam o norte da Tanzânia): maasai, pokot e samburu. Ao travar contato com elas, nos anos de 2011 e 2012, Braga ficou impressionado com seus costumes e crenças, verdadeiros símbolos de resistência na preservação de tradições ancestrais carregadas de significados.

Robério Braga retrata esse universo de signos num jogo de luz e sombra que obteve com a subexposição luminosa, fotometrando pelos adornos e não pela pele de cada um deles. “Trabalhar a luz sempre foi prioridade para mim, assim como fazia meu avô Mendonça Filho (1895-1964), pintor expressionista baiano, que iluminava com maestria as marinhas de Salvador. Apesar de não pintar com o tradicional pincel, igual ao do velho artista que nunca conheci, hoje gosto de pensar que trabalho com outro tipo de pincel: o pincel da luz”, observa Braga. “Como num quadro, cada clique é como se fosse um quadro único. Assim como os maasai, samburu e pokot, mudo o significante mas não o seu significado: a luz. O que me encantou nessas tribos foi exatamente isto, a luz própria que delas emanava, belíssima luz negra”, completa.

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