Cinematographo | Bola de sebo

Inspirado na atmosfera das primeiras sessões de cinema, o Cinematographo é um programa do MIS que convida, a cada edição, uma banda ou músicos para realizar a sonorização ao vivo de um filme.  

Na edição de outubro, o projeto apresenta uma sessão especial com o filme “Bola de sebo” (1934). Dirigido por Mikhail Romm, o longa é baseado no conto homônimo de Guy de Maupassant. A exibição contará com trilha sonora executada ao vivo por Anselmo Mancini (piano e sintetizadores); Catarina Rossi (viola e rabeca); e Maria Emília Paredes (violino). A música, composta por Mancini especialmente para essa performance, possui influências que vão de Villa-Lobos a Philip Glass, e é inspirada, também, por sonoridades eletrônicas, contemporâneas e neoclássicas, como as de Max Richter. 

Sobre o filme 
Bola de sebo 
(dir. Mikhail Romm, Rússia, 1934, 70 min, 14 anos)    
Uma prostituta viaja em um trem através de uma França ocupada pelo exército prussiano, com um grupo clandestino de cidadãos franceses: o comerciante apressado, a mulher chata, os democratas convencidos, e as freiras perseguidoras. De acordo com as conveniências, ambos trocarão o desprezo à "mulher imoral" por adulações e manipulações mal disfarçadas, baseadas em razões "patrióticas", religiosas e filosóficas, coroadas pela ulterior traição. 
  
Sobre a banda  
Anselmo Mancini é doutor e mestre em Audiovisual e bacharel em Composição Musical pela Universidade de São Paulo (USP). Em 2019, foi finalista do Cineconcerto Festival, realizado na Itália. Participou do San Francisco Dance Film Festival 2017 e foi finalista (com menção honrosa) do Instant Composition Contest (criação de trilha sonora em tempo real ao piano), no Transatlantyk Film & Music Festival 2014, realizado na Polônia. Como diretor musical e compositor do Teatro de Narradores, apresentou o espetáculo “Cidade fim – cidade coro – cidade reverso”, na Book Fair 2013, realizada em Frankfurt, Alemanha. No mesmo ano, dirigiu a montagem das óperas de Bertold Brecht “Aquele que diz sim” (música de Kurt Weill), “Aquele que diz não” (música de Anselmo) e “A decisão” (música de Hans Eisler). 

Catarina Rossi estudou na Escola Municipal de Música de São Paulo, com Alejandro de Leon. É bacharel em Viola Erudita pela Universidade Estadual de Campinas e mestre em Estudos da Performance Musical, também pela Unicamp. Foi integrante do naipe de violas da Orquestra Jovem Municipal de SP, Orquestra Tom Jobim, Orquestra Experimental de Repertório e, atualmente, é violista na Orquestra Sinfônica de Piracicaba. Pesquisadora de música popular, fez imersão no universo da rabeca pernambucana em 2014 e, desde então, vem estudando a área. Dentre outros trabalhos, é participante do Duo Szabok, Coletivo YANAY e violista autônoma atuante em gravações, shows e concertos. 

Maria Emília Paredes é natural de Córdoba, Argentina, onde iniciou seus estudos de violino sob a orientação dos professores Eduardo Ludueña e Gabriela Scieppaquercia. Atualmente, é violinista da Orquestra do Theatro São Pedro e professora de Violino e Viola do Instituto Tecnológico FITO- SP. Participou dos mais importantes festivais e master classes na América do Sul, entre eles: Festival de Inverno de Campos de Jordão, Poços de Caldas, Festival da Orquestra do Mercosul e Festival Extoto Corde. Teve aulas de Música de Câmara e master classes ministradas pelo violinista Alberto Lista, juntamente com professores da International Menuhim Academy, na Suiça. Como solista, teve a oportunidade de se apresentar no Teatro San Martin de Córdoba e na cidade de Santiago de Chile. Participou de diversas orquestras, como Orquestra de São Caetano, Orquestra de Santo André, Orquestra de Câmera da USP (OCAM), Orquestra de Santos e Orquestra Experimental de Repertório, e fez parte do projeto Academia da Sinfônica USP.