A marca São Paulo São e o Festival MegaCities ShortDocs comemoram uma década de projetos de impacto. A marca e plataforma multimídia São Paulo São foi idealizada em 2015 por Mauricio Machado para conectar cidadãos a suas cidades, estimulando um diálogo criativo e inspirador sobre soluções para um futuro urbano verde, acolhedor e inclusivo. 

Em maio, o MIS recebe o Festival MegaCities ShortDocs, com a exibição dos melhores curtas-metragens nacionais e internacionais da década voltados para causas sustentáveis e de impacto social. Focado na exibição de documentários de até quatro minutos – e que apontam caminhos criativos e viáveis para melhorar a vida das pessoas em cidades com mais de um milhão de habitantes – o evento inspira a prosseguir lutando e impulsionando projetos sustentáveis. As produções vão ao encontro do crescente interesse das pessoas por temas ligados às questões climáticas, suas consequências e a urgência em documentar e disseminar soluções para reduzir os impactos ambientais, econômicos e sociais nas grandes cidades. 

Sobre os curtas: 

 
“The Planter” (“O plantador”), de Rafael Machado – São Paulo, Brasil 

Melhor Curta | Edição 3 (2017) 

O filme mostra a trajetória de Hélio da Silva, que plantou, sozinho, mais de 20 mil árvores no Parque Tiquatira, Zona Leste de São Paulo, uma região carente da cidade. Apesar de muitos destruírem as árvores no começo, Hélio insistiu, até que as autoridades começaram a cuidar do parque também. 

 
“Bidon Vil” (“Vila de recipientes”), de Nizar Saleh – Kinshasa, República Democrática do Congo 

Melhor Curta | Edição 4 (2018) 

Este curta-metragem conta a história de um artista, designer e performer que transforma resíduos plásticos que poluem seu ambiente urbano em brinquedos para crianças pobres. Ele encena cenários, modelos e figurinos para entreter, conscientizar os cidadãos sobre a cultura da reciclagem e fornecer acesso gratuito às artes no espaço público. 

 
“Under the Bridge” (“Debaixo da ponte”), de Felipe Moraes – São Paulo, Brasil 

Melhor Curta | Edição 5 (2019) 

Conheça um personagem incrível, Nilson Garrido, que ensina boxe e lições de vida inestimáveis para moradores de rua e marginalizados debaixo de um viaduto no centro de São Paulo. 

  
“Je suis là” (“Eu sou assim”), de Clarisse Girardet, Ugo Dirrig, Michel Roullier, Mathis Faudrit e Mathieu Delvalet – Paris, França 

Melhor Curta | Edição 7 (2021) 

Quais são as consequências de um clique? Como um simples pedido de entrega em domicílio pode afetar a vida cotidiana de outras pessoas? Neste documentário, intitulado “Je suis là”, M nos leva para sua vida precária como um entregador sem documentos, vivendo com medo e condenado a obedecer a um algoritmo para ganhar um pequeno salário. 

 
“They don’t need to know” (“Eles não precisam saber”), de Yogi Tujuliarto – Jacarta, Indonésia  

Melhor Curta | Edição 8 (2022) 

O curta conta a história de um catador de recicláveis que vive às margens do rio Citarum, na Indonésia, considerado o mais poluído do mundo. O filme dá protagonismo a personagens que, até então, eram invisíveis nas grandes metrópoles. 

 
“The Atlantis Mussels” (“Os mexilhões Atlantis”), de Rachmat Kurniawan Idrus e Azyd Aqsha Madami – Jacarta, Indonésia  

Melhor Curta | Edição 9 (2023/2024) 

Comunidade costeira em Jacarta, na Indonésia, luta contra subsidência de terras e mudanças climáticas. Usando conchas de mexilhões verdes e entulho, eles elevam o solo para proteger suas casas de um desastre iminente. 

 
“Progresso de quem?”, de Izadora Andrade – São Paulo, Brasil 

Melhor Curta São Paulo São | Edição 8 (2022)  

Nas ruas de São Paulo, os catadores são os agentes ambientais que cuidam do lixo com o qual ninguém quer lidar. Seu esforço não é reconhecido por muitos, mas o projeto Pimp My Carroça trabalha desde 2012 para abraçar a causa. 

  
“Lavando almas”, de Rafael Machado dos Santos e Luis Guilherme Chagas – São Paulo, Brasil  

Melhor Curta São Paulo São | Edição 9 (2023/2024) 

Ações de solidariedade e conexão comunitária emocionam no curta “Lavando almas”, que desnuda histórias de quem ajuda e quem é ajudado. O filme mostra que o projeto Banho Solidário Sampa funciona para oferecer apoio e dignidade aos moradores de rua de São Paulo. 

 
“Lixo no Lixo”, de Haroldo Cesar de Castro Silva e Yara Leitão – Rio de Janeiro, Brasil  

Melhor Curta Iniciativa Urbana | Edição 9 (2023/2024) 

Com criatividade, resiliência e um inconformismo frente à situação cotidiana do lixo jogado na rua, um músico consegue educar e mudar o foco e o comportamento da sua comunidade. 

 
“Morro do Fubá”, de Dandara Pires e Jonathan Roditi (ONG La Colline Du Mais) – Rio de Janeiro, Brasil 

Proximidade Feliz / Cidade de 15 Minutos | Edição 9 (2023/2024) 

Crianças se unem para revitalizar, transformar e ocupar um espaço público: trata-se de um documentário com graça e conteúdo, que sinaliza a importância e o papel dos espaços verdes, saudáveis e abertos para a convivência, o crescimento e a saúde mental, física e emocional de crianças e jovens. Fazem isso para revitalizar, transformar e ocupar um espaço público em região do Rio de Janeiro ocupada pela milícia. Este curta foi exibido em Paris e reconhecido como um dos melhores do mundo em sua categoria. 

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