Trilha sonora para um golpe de Estado
Doc.MIS
21.08
QUI
19H
Data
21.08
Horário
19h
Ingresso
Gratuito (retirada com uma hora de antecedência na bilheteria do MIS)
Local
Auditório MIS (172 lugares)
Classificação
14 anos
Doc.MIS é o programa sistêmico do Museu voltado para a linguagem documental em curta, média e longa-metragem. Mensalmente, são exibidos filmes documentários seguidos de conversas e debates com integrantes da produção da obra ou especialistas no assunto tratado. O programa é mais uma oportunidade de reflexão e expansão de olhar promovida pelo MIS através de um estilo audiovisual responsável por alargar os horizontes com visões e temas, momentos históricos e personagens novos ou pouco explorados.
A edição do mês de agosto, em parceria com a distribuidora Pandora Filmes, exibe o longa “Trilha sonora para um golpe de Estado”, premiado filme belga que concorreu ao Oscar de 2025 na categoria Melhor Documentário. Com depoimentos e apresentações de figuras como Malcolm X, Louis Armstrong, Thelonious Monk, Dizzy Gillespie, John Coltrane, Abbey Lincoln, Max Roach e Nina Simone, o documentário expõe a violência do processo de colonização do Congo Belga e também a luta de independência do país. Após a exibição, será realizado um debate com a presença da professora de relações internacionais Natalia Noschese Fingermann.
Sobre o documentário
Trilha sonora para um golpe de Estado
(Soundtrack to a Coup d’Etat, dir. Johan Grimonprez, Bélgica, 2024, 150 min, 14 anos)
Música e política se misturam nesse documentário sobre o processo de descolonização do Congo. “Trilha sonora para um golpe de Estado” reconstitui os últimos meses antes de Patrice Lumumba, primeiro presidente democraticamente eleito do Congo, ser assassinado em 1961. Em protesto, os músicos Abbey Lincoln e Max Roach invadem o Conselho de Segurança da ONU. Ao mesmo tempo, Louis Armstrong é enviado para o país como uma cortina de fumaça dos planos norte-americanos de depor Patrice. É a partir desse episódio, um bom representante das conexões entre imperialismo, capitalismo e jazz, que o diretor Johan Grimonprez traz o panorama das artimanhas políticas que incendiaram o contexto internacional da época. Marcado pela Guerra Fria, pelo movimento de independência pan-africanista, pelas mudanças no quadro de poder das Nações Unidas e pelas lutas por direitos civis nos EUA, o século 20 e suas revoluções são o mote para um documentário ávido em entender os dilemas de uma história em disputa.
Sobre a convidada
Natalia Noschese Fingermann é coordenadora do Núcleo de Estudos e Negócios Africanos (NENAF) e professora adjunta do Bacharelado em Relações Internacionais da ESPM. O seu foco de ensino e pesquisa são a África Subsaariana, a América Latina, a política externa brasileira e a cooperação internacional no Sul Global. É doutora em Administração Pública e Governo pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), mestre em Social Development pela University of Sussex (UK) e bacharel em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
