A PARTIR
19 NOV
2025
A alma humana, você e o universo de Jung
Data
A partir de 19 de novembro de 2025
Horário*
terças a sextas / 10h às 19h
sábados / 10h às 20h
domingos e feriados / 10h às 18h
* Permanência até 1h após o último horário
Ingresso
R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
Terças: ingresso gratuito, retira apenas na bilheteria física do MIS
Quarta B3: na terceira quarta-feira do mês, graças a uma parceria com a B3, a entrada também é franca
Ingressos gratuitos, como retirar:
– Retirada dos ingressos somente na bilheteria física no dia da visita;
– Os ingressos são liberados a partir das 10h, para todos os horários do dia;
– Não é possível reservar ou retirar ingressos gratuitos antecipadamente;
– A distribuição acontece por ordem de chegada;
– Apenas um ingresso por pessoa;
– Não há venda na bilheteria nos dias de gratuidade;
– A quantidade de ingressos é limitada, podendo esgotar nas primeiras horas do dia.
Política de descontos
Confira aqui a política de gratuidade do MIS.
Local
Museu da Imagem e do Som – MIS | Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo
Classificação indicativa
Livre
Segundo estimativa global da OMS, o Brasil é o país com maior proporção de pessoas ansiosas do mundo, o que representa 9,3% da população, além de ser o segundo das Américas com maior prevalência de depressão. Para a mais contemporânea psiquiatria, passando pelos métodos heterodoxos de cura e ainda pelas mais antigas filosofias, o autoconhecimento é passo fundamental no reestabelecimento da saúde mental. Por isso, de forma inédita e inovadora, o MIS inaugura a exposição “A alma humana, você e o universo de Jung”, um contundente convite ao autoconhecimento e um mergulho no universo dos conceitos criados por Carl Gustav Jung, que, em 2025, comemoraria os 150 anos de seu nascimento.
Nos 550 m2 do primeiro andar do MIS, o visitante vai percorrer a psique humana de forma simbólica e imagética, por meio de instalações criadas para dialogar em três diferentes dimensões: a pedagógica, já que os conceitos criados ou trabalhados por Jung serão explicados de forma acessível; a sensorial, tendo em vista que cada instalação artística pode provocar sensações no visitante; e ainda a provocativa, já que sempre haverá uma pergunta convidando o público à introspecção, movimento necessário para o autoconhecimento. Todos os conteúdos foram inspirados na cosmovisão de Carl Gustav Jung (1875 – 1961), psiquiatra suíço fundador da Psicologia Analítica.
Passeio
Na exposição, é a partir dos sintomas que o visitante vai entrar na psique humana. Isso porque, para Jung, tudo o que vive no inconsciente encontra uma forma de se manifestar. E o inconsciente costuma manifestar-se por meio dos sonhos, das sincronicidades, das expressões simbólicas e também pelos sintomas físicos, psíquicos, sociais e ambientais.
Para investigar simbolicamente a alma humana, o time de criadores da exposição convidou artistas e pensadores diversos para a produção das obras. Em Sintomas, o público vai escolher por qual caminho seguir (livrando-se rapidamente deles ou dialogando com os mesmos). Neste espaço, encontra frase emblemática de Tom Zé. No Inconsciente, o público conhece o conceito pela perspectiva junguiana e o que o diferencia de Freud. Na continuação desse espaço, o visitante encontra outros importantes fundamentos da obra de Jung, como Arquétipos e Imagens Arquetípicas (representados por obra de Moara Tupinambá); Mitos, quando um mesmo tema será retratado em cinco diferentes culturas e tradições (em obra de Tania Sassioto em parceria com a analista junguiana Daniela Euzébio); além de Anima e Animus, uma videoarte criada por Flavio Vieira em vídeo desenvolvido por Inteligência Artificial.
O percurso da exposição segue com o conceito de Persona, cuja obra foi criada com o trabalho de produção de 1260 máscaras de gesso, realizada voluntariamente pelos estudantes do IJEP; Ego encontra na exposição uma irreverente representação; em Expressões Simbólicas, o visitante vai conhecer o trabalho integrado da psiquiatra brasileira Nise da Silveira com Jung; a ferramenta analítica de Associação de Palavras ganha representação simbólica e interativa. Já a instalação sobre Sonhos conta com reflexões de Sueli Carneiro, Ailton Krenak, entre outros. Um corredor foi dedicado à Alquimia, no qual o visitante encontra a obra “Decantador de sonhos”, de Mariana Guardani e ilustrações do “Rosarium Philoshoporum”, manual alquímico do século XVI, recriadas pela aquarelista Isabela Amado e com textos explicativos da psiquiatra e analista junguiana Célia Mello. A biografia de Jung é contada por fatos, mas também pelas viagens que realizou e por cinco sonhos que teve, em uma inédita Sonhografia, na qual o público terá acesso aos conteúdos dos sonhos e seus significados (criada pelo analista junguiano José Balestrini).
A exposição ainda conta com instalações relacionadas ao conceito de Sincronicidade e ao Livro Vermelho. Em ambas, obras do artista carnavalesco Victor Passos.
Muitas vozes
Jung foi um pensador interessado nas diferentes culturas e tradições. Já no século passado, desconfiou da ideia da hegemonia branca europeia. “Nós, os europeus, não somos as únicas criaturas do mundo. Somos apenas uma península da Ásia, e naquele continente há velhas civilizações onde as pessoas treinaram suas mentes em psicologia introspectiva durante milhares de anos, enquanto nós começamos com a nossa psicologia não ontem, mas hoje de manhã…”, afirmou o psiquiatra, que visitou mais de 15 países em busca da alma humana. Foi essa busca que deu origem ao conceito de inconsciente coletivo. Apesar de ser ter colecionado títulos de Doutor Honoris Causa em Ciências nas mais prestigiadas Universidades do mundo (Harvard, Oxford, Clark, Calcutá, Sociedade Real de Medicina, entre outras), pelo destemor em dialogar com o que a ciência não explica, é ainda hoje taxado como místico.
