Mostra Clássicos Ocultos do Cinema Coreano
16.12
ATÉ
21.12
Data
De 16 a 21.12
Horário
Horários variados
Ingresso
Gratuito (retirada com uma hora de antecedência na bilheteria física do MIS)
Local
Auditório LABMIS (64 lugares)
Classificação
De acordo com cada filme
De 16 a 21 de dezembro, o MIS recebe a mostra Clássicos Ocultos do Cinema Coreano, uma celebração do cinema e da animação sul-coreana realizada em parceria com o Korean Film Archive (KOFA) e o Centro Cultural Coreano no Brasil. A mostra convida o público a revisitar obras que, apesar de essenciais, permaneceram por muito tempo fora do cânone mais conhecido. Ao expandir o olhar além dos títulos que tradicionalmente definem a história cinematográfica da Coreia do Sul, a programação destaca especialmente o processo de formação e as múltiplas camadas da animação sul-coreana.
Ao longo da mostra, algumas sessões contarão com a presença de convidados que trarão comentários sobre aspectos históricos, estéticos e culturais das obras exibidas. E, para tornar a programação ainda mais especial, no dia 21 de dezembro, às 11h30, o MIS recebe um bate-papo ao vivo com Bae Chang-ho, um dos mais influentes cineastas do cinema sul-coreano moderno, que trará reflexões sobre sua trajetória, seu processo criativo e os caminhos que moldaram sua obra.
Programação 16.12
19h30 | A história de Hong Gildong
(A Story of Hong Gil-dong / 홍길동, dir. Shin Dong-heon, Coreia do Sul, 1967, 70 min, livre)
Reconhecido como o primeiro longa-metragem de animação da Coreia do Sul, “A história de Hong Gildong” revisita uma das figuras heroicas mais queridas da tradição coreana. Inspirado no lendário fora da lei que luta contra injustiças sociais, o filme acompanha Hong Gil-dong enquanto ele usa astúcia, coragem e habilidades extraordinárias para enfrentar autoridades corruptas e defender os mais vulneráveis.
Após a exibição, haverá um bate-papo com Hwang Minjin, curadora e programadora da Cinemateca KOFA, e Yun Jung Im, professora e coordenadora do Curso de Língua e Literatura Coreana da USP. A mediação será feita por Denise Nobre, idealizadora do Sarangbang, podcast e portal brasileiro de literatura coreana.
Programação 17.12
19h30 | Exibição de seis curtas-metragens
Ainda inquebrável
(Still Unbroken / 오래된 꿈, dir. Kim Hyun-joo, Coreia do Sul, 1994, 6 min, 10 anos)
Numa noite fria de inverno, um garoto solta ao vento um avião de papel. Ele atravessa a cidade adormecida, passando pelas mãos de um homem de meia-idade em um beco escuro e, depois, por uma faxineira em meio ao trabalho. Guiados por esse pequeno objeto, eles acabam se encontrando na mesma rua por onde o avião passou. Ali, juntos, encontram um inesperado calor naquele frágil pedaço de papel. A esperança continua a voar — e talvez, finalmente, possa ser dividida entre eles.
O Buda adormecido
(The Sleeping Buddha / 와불, dir. Lee Yong-bae, Coreia do Sul, 1991, 6 min, 10 anos)
Inspirado no Buda Reclinado de Unju-sa, em Hwasun, na província de Jeolla do Sul, o filme revive uma antiga lenda local: dizia-se que, se a Pagoda Celestial dos Mil Budas fosse erguida em uma única noite, céu e terra se abririam, inaugurando um mundo renovado para o povo. Mesmo atravessando tempos difíceis — povoados por figuras simbólicas como tolos, duendes e espíritos — as pessoas seguem vivendo guiadas pela esperança de que o grande Buda Reclinado um dia despertará para transformar o destino de todos.
Quando aquele dia chegar
(When That Day Comes / 그날이 오면, dir. Choi Jung-hyun, Coreia do Sul, 1987, 5 min, 10 anos)
O movimento pela democratização de 1987 — desencadeado pela morte trágica de Park Jong-chul sob tortura e que culminou na histórica Revolta de Junho — é retratado aqui em diálogo com a canção de protesto “Quando esse dia chegar”. O filme amplia a força desse período por meio de imagens múltiplas, que evocam a energia, a dor e a determinação de uma sociedade em luta por liberdade.
Tela mosquiteira
(Insect Net / 방충망, dir. Choi Jung-hyun, Coreia do Sul, 1983, 7 min, 10 anos)
Era um tempo em que os ônibus da tropa de choque ocupavam permanentemente os portões da universidade, e policiais à paisana rondavam o campus. Após o suicídio de um estudante que protestava contra o regime ao se lançar da biblioteca, a polícia instalou telas mosquiteiras nas janelas do prédio — uma medida tão absurda quanto simbólica, que revelava o clima sufocante e o controle rígido que marcavam aqueles anos.
Cicatriz
(Scar / 상흔, dir. Choi Jung-hyun, Coreia do Sul, 1984, 5 min, 10 anos)
Na praia, um homem aponta uma arma para a própria cabeça, mas o disparo apenas passa de raspão, deixando-lhe uma cicatriz. Caminhando pela cidade após o ocorrido, ele começa a notar que outras pessoas também carregam marcas idênticas. Entre aqueles que miram e aqueles que são mirados, surge a pergunta que atravessa o filme: quem, afinal, está atirando — e por quê?
Um certo dia de Hitchcock
(One Day of Hitchcock / 히치콕의 어떤 하루, dir. Ahn Jae-hoon/Han Hye-jin, Coreia do Sul, 1998, 5 min, 10 anos)
Uma curta animação inspirada nas principais obras de Alfred Hitchcock. Um homem desperta de um pesadelo e parece alheio à rotina cotidiana. Mas, neste dia, acontecimentos estranhos começam a se desenrolar ao seu redor, como se estivessem tentando transmitir uma mensagem direta a ele.
Após a exibição, haverá um bate-papo com Hwang Minjin, curadora e programadora da Cinemateca KOFA.
Programação 18.12
19h30 | Palestra e exibição de filme
Palestra “Do Webtoon ao Audiovisual: Solo Leveling, Navillera e My Daughter is a Zombie”
Mari Raia, fundadora do Falar de Webtoon, podcast e portal brasileiro dedicado a esse formato de quadrinhos de rolagem vertical, apresenta uma introdução ao universo dos webtoons coreanos e às suas adaptações para animação, séries e cinema, a partir de três obras: “Solo Leveling”, “Navillera” e “My Daughter is a Zombie”.
Hopi e Chadol Bawi
(Hopi and Chadol Bawi / 호피와 차돌바위, dir. Shin Dong-heon, Coreia do Sul, 1967, 75 min, livre)
Nesta animação pioneira sul-coreana, acompanhamos as aventuras de Hopi, um jovem curioso, e Chadol Bawi, uma pedra mágica com poderes surpreendentes. Juntos, eles embarcam em uma jornada cheia de humor, fantasia e descobertas, enfrentando desafios e encontrando personagens inusitados pelo caminho.
Programação 19.12
19h30 | Braço de ouro
(Dokgo Tak – Throw to the Sun / 독고탁 태양을 향해 던져라, dir. Siok Park, Coreia do Sul, 1983, 80 min, livre)
Neste filme animado, acompanhamos Dokgo Tak, um jovem cheio de energia e talento, que sonha em alcançar a grandeza no mundo do beisebol. Entre desafios, treinos e partidas emocionantes, ele enfrenta rivais e supera obstáculos, enquanto a paixão pelo esporte e a amizade o guiam em direção aos seus sonhos.
Programação 20.12
14h30 | Palestra “Kongjui e Patchui: de Cinderela ao Stop Motion”
Mariana Pacheco, doutora em Comunicação pela PUC-SP e pesquisadora da cultura pop coreana no Brasil, comenta sobre o processo de criação do filme “Kongjui e Patchu”.
15h | Kongjui & Patchui
(Kongjui & Patchui / 콩쥐 팥쥐, dir. Gang Tae-ung, Coreia do Sul, 1978, 75 min, livre)
Baseado no clássico conto folclórico coreano, “Kongjui & Patchui” conta a história de Côngji, uma jovem bondosa e determinada, que enfrenta a crueldade da madrasta e da irmã adotiva, Patji. Com coragem, astúcia e a ajuda de amigos improváveis, ela supera obstáculos e busca justiça e felicidade.
16h15 | Maruchi e Arachi, os garotos do taekwondo
(Taegwondongja Maruchi Arachi / 권동자 마루치 아라치, dir. Jung-kyu Lim, Coreia do Sul, 1977, 76 min, livre)
Nesta animação, acompanhamos Maruchi e Arachi, dois jovens prodígio do taekwondo, enquanto enfrentam desafios e aventuras que testam sua coragem, amizade e habilidades marciais. Com cenas de ação vibrantes e bem coreografadas, o filme celebra a arte do taekwondo como símbolo da identidade e cultura coreanas, combinando humor, emoção e valores de perseverança e justiça para cativar espectadores de todas as idades.
17h30 | Meu coração
(My Heart / Jeong- 정, dir. Bae Chang-ho, Coreia do Sul, 1999, 120 min, 10 anos)
“Meu coração” acompanha a história de personagens comuns cujas vidas se entrelaçam em meio a dramas pessoais e escolhas difíceis. O filme explora sentimentos profundos de amor, lealdade e redenção, mostrando como os vínculos humanos moldam nossas decisões e destinos.
20h | Close-Up de Bae Chang-ho
(The Close-Up of Bae Chang-ho / 배창호의 클로즈업, dir. Park Jang-choon, Coreia do Sul, 2025, 120 min, 10 anos)
Este documentário oferece um olhar íntimo sobre a carreira do renomado cineasta sul-coreano Bae Chang-ho. Por meio de visitas a locações de filmagem, entrevistas e memórias pessoais, o filme explora sua trajetória como diretor, produtor e ator, revelando os desafios, inspirações e conquistas que marcaram diferentes períodos da história do cinema coreano.
Programação 21.12
11h30 | Live no canal do MIS no YouTube – “Bae Chang-ho: O Mestre da Sensibilidade Cinematográfica da Coreia do Sul”
Entrevista exclusiva e ao vivo com o diretor Bae Chang-ho, um dos nomes mais respeitados do cinema sul-coreano, ativo desde os anos 1980. Reconhecido por sua habilidade em explorar a psicologia humana e os conflitos sociais, Bae construiu uma filmografia marcada por dramas sensíveis, mas também por uma sutileza narrativa rara. Alguns de seus filmes mais icônicos incluem “Whale Hunting” (1984), “Deep Blue Night” (1985), “The Night Before the Strike” (1990) e “Meu coração” (1999).
14h30 | General Ttoli: o terceiro túnel
(General Ttoli (Ttoli Janggun) / 똘이장군 제3땅굴편, dir. Chung-gi Kim, Coreia do Sul, 1978, 75 min, livre)
Em “General Ttoli: o terceiro túnel”, seguimos as aventuras do valente e espirituoso General Ttoli enquanto ele enfrenta desafios inesperados para proteger sua vila e seus amigos. Misturando ação, humor e lições de coragem, o filme retrata com leveza a determinação de um herói que, apesar das dificuldades, nunca perde o bom humor nem a esperança.
16h | Adeus ao rio Tumen
(Farewell to the Duman River / 두만강아 잘 있거라, dir. Im Kwon-taek, Coreia do Sul, 1962, 98 min, 10 anos)
“Adeus ao rio Tumen” conta a história de um grupo de jovens sul-coreanos que enfrentam desafios extremos enquanto atravessam o rio Tumen durante um período de conflito. O filme combina ação, drama e camaradagem, mostrando coragem, lealdade e sacrifício em meio a circunstâncias adversas.
18h | A gravidade do chá
(Gravity of the Tea / 녹차의 중력, dir. Im Jung Sung-il, Coreia do Sul, 2018, 130 min, 10 anos)
“A gravidade do chá” é um documentário dirigido por Jung Sung-il que acompanha o lendário cineasta Im Kwon-taek, considerado um dos maiores nomes do cinema da Coreia. O filme oferece um olhar íntimo sobre sua rotina, processo criativo e paixão pela arte cinematográfica, permitindo que o público conheça de perto a vida e a mente de um mestre do cinema.




