Data
24/11/2011
Horários
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Ingresso
R$ 6,00 (50% de desconto para estudantes)
16h40
Il Cammino Della Speranza (O Caminho Da Esperança) Itália – 1950 Direção: Pietro Germi
Il cammino della speranza é um filme neorrealista baseado no romance de Cuore negli abissi (Corações nas profundesas) de Nino Di Maria. Narra a odisséia de um grupo de mineradores sicilianos que, depois do encerramento da Solfatara, partem rumo ao norte da Itália. Após várias aventuras, atravessam ilegalmente a fronteira com a França. A obra reflete a dramática realidade da economia italiana no imediato pós-guerra. Possui muito folclore e redundância, mas também procura mostrar uma visão dolorosa da labuta humana, honestidade na representação da dura pobreza. Venceu o Urso de Prata no Festival de Berlim.
18h50
Anni Difficili (Anos Difíceis) Itália – 1948 Direção: Luigi Zampa
Em 1935, um honesto trabalhador siciliano é forçado a se aliar ao Partido Fascista. Quando os aliados chegaram à Sicília, em 1944, o prefeito que antes, com poder de autoridade, o havia obrigado a aliar-se aos fascistas, o liberta. Junto a Anni facili e Larte di arrangiarsi, Anni difficili é a primeira parte de uma trilogia que Vitaliano Brancati escreveu para Zampa, baseado no conto Il vecchio con gli stivali (1944). Numa hábil mistura entre sátira, emoções e decepções, Anni difficili imediatamente provocou polêmicas, mais de caráter político que estético. Foi considerado uma representação da Itália e da oposição ao regime fascista. Na época, todos os filmes neorrealistas italianos, incluindo esse, foram acusados de incentivar a "especulação negativa à pátria". O longa-metragem foi discutido no Parlamento italiano e tornou-se caso nacional, já que era visto como um filme que ofendia a dignidade da nação.
21h
Il Generale Della Rovere (O General Della Rovere) Itália/França – 1959 Direção: Roberto Rossellini
O filme, baseado no conto de Montanelli inspirado em crônicas, acontece na Itália ocupada pelos nazistas. Gênova, 1943. Grimaldi (Vittorio De Sica) é um vigarista fingindo ser um coronel do exército italiano para conseguir dinheiro das famílias de pessoas aprisionadas pelos nazistas. Uma vez capturado, a Gestapo faz um trato com ele: ficará vivo se personificar o General Della Rovere, um líder da Resistência que acaba de ser fuzilado pelos nazistas. Ele será colocado em uma prisão política onde deverá identificar o outro líder da resistência. Com O General Della Rovere, Roberto Rossellini retorna depois de “l’India vista da Rossellini” (1959), “Roma, Cidade Aberta” (1945), “Paisà” (1946) e “Alemanha Ano Zero” (1948) que o consagraram internacionalmente como “pai do neo-realismo”. O General Della Rovere é um trabalho encomendado que Rossellini realizou com tempo bem restrito, rodado quase que inteiramente no estúdio da Cinecittà e com montagens de algumas cenas de repertório, amplificação visual do trágico jogo narrativo entre o verdadeiro e o falso. Muito além das expectativas do diretor, o filme venceu, empatando com a “Grande Guerra” de Mario Monicelli, o Leão de Ouro na 20ª Mostra de Cinema de Veneza com um sucesso inesperado de crítica e público.