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Museu da Imagem e do Som

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O bom professor

Ciclo de Cinema e Psicanálise

Data

09.09

Horário

19h

Ingresso

Gratuito (distribuído com uma hora de antecedência na bilheteria do MIS)

Local

Auditório MIS (172 lugares)

Classificação

14 anos

O programa mensal do MIS é realizado em parceria com a Folha de S.Paulo e a Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP), e apresenta sempre um bate-papo após o filme, mediado por Luciana Saddi, coordenadora do Programa de Cinema e Psicanálise da Diretoria de Cultura da SBPSP.  

A edição de setembro conta com a parceria da distribuidora Mares Filmes, e apresenta o longa-metragem “O bom professor”, drama francês do diretor e roteirista Teddy Lussi-Modeste, lançado em 2024. O bate-papo conta com a participação da psicóloga e psicanalista Cláudia Suannes e do historiador e coordenador pedagógico Daniel Helene

A temporada de 2025 do Ciclo tem parceria com a O2 Filmes, e a transmissão ao vivo do bate-papo pode ser vista no canal oficial do MIS no YouTube. 

Sobre o filme 

O bom professor 

(Pas des Vagues, dir. Teddy Lussi-Modeste, França, 2024, 91 min) 

Julien é professor em um colégio. Jovem e dedicado, ele tenta criar um vínculo com sua turma, dando atenção especial a alguns alunos, incluindo a tímida Leslie. Esse tratamento diferenciado é mal interpretado por alguns alunos, que começam a suspeitar das intenções do professor. Julien é então acusado de assédio. O boato se espalha rapidamente, e tanto o professor quanto a aluna se veem presos em uma situação delicada. Mas, diante de uma escola que corre o risco de pegar fogo, só há uma palavra de ordem: sem tumulto… 

Sobre os convidados 

Cláudia Suannes é psicóloga e psicanalista, mestre em psicologia clínica pela PUC-SP, membro associado da SBPSP e editora associada da Revista Brasileira de Psicanálise. 

Daniel Helene é doutor em História Social pela USP, coordenador do ensino fundamental (6º ao 9º ano) na Escola Vera Cruz. Atua também como formador de professores e gestores em escolas públicas e privadas. 

Sobre a mediadora 

Luciana Saddi é psicanalista e escritora. É membra efetiva da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP) e docente do Instituto Durval Marcondes. É mestre em Psicologia pela PUC-SP. É autora de “Educação para a morte” (Ed. Patuá), coautora dos livros “Alcoolismo”, da série O que fazer? (Ed. Blucher) e “Maconha: os diversos aspectos, da história ao uso”. É fundadora do Grupo Corpo e Cultura, coordenadora do Programa de Cinema e Psicanálise da Diretoria de Cultura e Comunidade da SBPSP em parceria com o MIS e a Folha de S.Paulo. É professora da Casa do Saber e do Instituto Espe. 

“O bom professor”, por Luciana Saddi 

“O bom professor”, de Teddy Lussi-Modeste, apresenta Julien, um jovem e dedicado professor de literatura que se vê enredado em uma acusação de conduta sexualmente imprópria feita por sua aluna adolescente, Leslie. A denúncia provoca revolta entre os estudantes, enquanto Julien, atônito, não compreende o que teria feito de errado e tenta desmentir a acusação. A situação se agrava quando os boatos se espalham rapidamente, contaminando não apenas os alunos, mas também o corpo docente e a direção da escola. 

A acusação parece seguir a lógica das fake news: rumores se transformam em fatos, uma parte passa a representar o todo e a suspeita se cristaliza como verdade incontestável. Quanto mais Julien tenta se justificar, maior se torna a desconfiança. Essa dinâmica cria uma narrativa sufocante e labiríntica, que remete ao universo kafkiano de O Processo. De um lado, está o desespero em proteger a reputação e o emprego; de outro, o despreparo da instituição escolar e a violência implacável da juventude. 

Inspirado em uma experiência pessoal do diretor, o roteiro denuncia como um mal-entendido pode se converter em grave condenação social. François Civil encarna com intensidade a impotência de Julien Keller, entregando uma atuação comovente. O filme, contudo, não fecha a questão sobre o assédio; ao contrário, aposta nas ambiguidades e nos significados que deslizam entre diferentes perspectivas, deixando a pergunta em aberto: teria a jovem Leslie (Toscane Duquesne) razão em sua denúncia? A resposta, inevitavelmente, cabe a cada espectador. 

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