Duas almas em suplício
Clube do Filme do Livro
22.05
QUI
19H
Data
22.05
Horário
19h
Ingresso
Gratuito (retirada com uma hora de antecedência na bilheteria do MIS)
Local
Auditório MIS
Classificação
14 anos
Clube do Filme do Livro é o programa do MIS que reúne cinema e literatura. A cada mês, um convidado elege um filme baseado em um livro, e o Museu exibe a produção, seguida de um bate-papo. A ideia é tratar do filme sob a ótica da adaptação, sobretudo a partir de impressões, reflexões e abordagens do convidado de cada edição.
A edição de maio exibe o longa “Duas almas em suplício” (1960), dirigido por Peter Brook a partir do romance de Margueritte Duras. A escolha é da escritora, editora e tradutora Cecília Arbolave, que participa do bate-papo após a sessão.
Sobre o filme
“Duas almas em suplício”
(Moderato Cantabile, dir. Peter Brook, França/Itália, 1960, 95 min, 14 anos, digital)
Anne, uma mulher da alta sociedade entediada com sua vida rotineira, testemunha um crime passional. Intrigada, ela retorna ao local do assassinato e inicia uma série de encontros com um homem misterioso, com quem compartilha reflexões sobre o ocorrido. Aos poucos, os dois revelam suas próprias angústias e desejos, em um jogo sutil entre atração e melancolia.
Sobre o livro
“Moderato Cantabile”
(Margueritte Duras, Éditions de Minuit, 1958)
O livro marca uma transição decisiva na obra de Margueritte Duras, com um estilo mais depurado, centrado em repetições, silêncios e uma linguagem econômica. A narrativa, sustentada quase inteiramente por diálogos entre dois personagens, rompe com estruturas tradicionais e antecipa o experimentalismo que a autora aprofundaria em livros subsequentes. O título, emprestado de uma notação musical, significa “moderadamente e com canto”, reforçando a cadência contida e sugestiva do texto. O livro recebeu o Prêmio da Crítica na França (Prix de la Critique) e se tornou uma referência no contexto da literatura europeia do pós-guerra.
Sobre a convidada
Cecília Arbolave é escritora, editora, tradutora e produtora gráfica. Cofundadora da editora Lote 42, da Banca Tatuí e da feira Miolo(s), é uma figura central no cenário editorial independente. Publicou “Curitibocas: diálogos urbanos”, organizou “Queria ter ficado mais” e lançou “O livro de fazer livros”, voltado à produção gráfica. Também traduziu obras como “QP”, de Powerpaola, atuou como jurada do Prêmio Jabuti e foi curadora da convocatória da Feira Des.Gráfica. Recebeu o prêmio Jovens Talentos da Indústria do Livro em 2018.
