Data
11/09/2019
Horários
Quarta, às 20h
Ingresso
Gratuito | Retirada 1h antes na recepção
Proibida a entrada com comida e bebida no Auditório MIS
Em setembro, o programa Notas Contemporâneas do MIS, que registra depoimentos de importantes nomes do cenário musical brasileiro, convida o cantor e compositor Nando Reis. O artista participa de uma entrevista ao vivo, comandada pelo músico e pesquisador Cacá Machado, enquanto a Banda MIS realiza, no palco, releituras de grandes sucessos da carreira do homenageado.
O encontro acontece no dia 11 de setembro, quarta, no Auditório MIS (172 lugares), às 20h. O ingresso gratuito deve ser retirado com 1h de antecedência na bilheteria do Museu (sujeito a lotação).
Sobre o Programa Notas Contemporâneas
O projeto mensal do MIS registra depoimentos de compositores e intérpretes icônicos da música popular brasileira. O programa se divide em duas etapas: a primeira é composta de um longo depoimento realizado em estúdio, que passa a integrar o acervo do MIS; a segunda é ao vivo no palco do auditório do museu, com mediação do músico e historiador Cacá Machado com a Banda MIS, que faz releituras inéditas e exclusivas dos maiores sucessos do homenageado. A entrada é livre e os fãs dos artistas muito bem-vindos, o público pode participar fazendo perguntas que serão selecionadas pelo museu e, assim, integram o roteiro da noite.
Sobre o artista
Citar números não é exatamente a melhor maneira de abrir texto sobre um artista, mas no caso de Nando Reis, para dar a real dimensão artística dele, é necessário – em 2016, ele foi o 6º artista com músicas mais tocadas ao vivo no país, suas canções ficaram em 13ª entre as mais tocadas nas rádios e na categoria “sonorização ambiente” ele é o número 1. “Diariamente", na voz de Marisa Monte; "All Star", "O Segundo Sol" e "Relicário", gravados por Cássia Eller; "Resposta" e "É Uma Partida de Futebol", registrados pelo Skank; "Do Seu Lado", pelo Jota Quest, e "Onde Você Mora?" e "Querem o meu Sangue", pelo Cidade Negra – todas têm autoria de Nando Reis, sozinho ou em parceria com os artistas.
Sua veia compositora começou antes da música. Nando sempre foi voraz pela leitura. Adorava enviar cartas e escrever livros (mesmo que não fossem publicados) e poesias. Começou a musicar os poemas, depois de ser apresentado aos Rolling Stones, pelo irmão mais velho, e ao violão, pela irmã. Aos 15 anos montou a banda Os Camarões e tocaram uma composição sua, “Pomar”, em festival. Em 1985, para o segundo disco dos Titãs, chamado “Televisão”, contribuiu com “Pra Dizer Adeus” e “O Homem Cinza”. No primeiro, tinha versado “Marvin” e “Querem Meu Sangue”. Já para os clássicos “Cabeça Dinossauro” e “Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas” Nando escreveu “Homem Primata”, “Igreja”, “Bichos Escrotos”, “Diversão” e “Nome aos Bois”, além da faixa-título do segundo.
Em seu primeiro trabalho solo, “12 de Janeiro” (1994), tinha estourado com o hit “Me Diga”. Nos anos seguintes lançou “Para Quando o Arco-Íris Encontrar o Pote de Ouro” (2000), “Infernal” (2001) e “A Letra A” (2003), até ganhar ouro e platina duplos com o “MTV Ao Vivo”, em 2004. Tem no currículo ainda “Sim e Não” (2006), “Luau MTV” (2007), “Perfil” (2008), “Drês” (2009), “MTV Ao Vivo (Bailão do Ruivão)” (2010), “Sei” (2012), “Sei Como Foi em BH” (2013), “Voz e Violão – No Recreio – Volume 1” (2015) e “Jardim-Pomar” (2016).
O álbum gravado ao vivo em BH foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock Brasileiro. E o trabalho mais recente, “Jardim-Pomar”, tem participação de seus ex-colegas de Titãs Branco Mello, Sérgio Britto, Paulo Miklos e Arnaldo Antunes, além das cantoras Pitty, Luiza Possi e Tulipa Ruiz, dos músicos Peter Buck (ex-R.E.M.) e Mike McCready (Pearl Jam), bem como de quatro de seus cinco filhos (Zoé, Sophia, Theo e Sebastião; os últimos formam a dupla 2Reis), além de ter recebido duas indicações ao Grammy, nas categorias de Melhor Canção em Língua Portuguesa (com “Só Posso Dizer”) e Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa. Ele tem três troféus do prêmio máximo da música, o Grammy, um de 2002, pelo “Acústico Cássia Eller”, como Melhor Álbum de Rock em Língua Portuguesa, outro de 2011, por “De Repente”, com Skank, por Melhor Música de Rock em Língua Portuguesa, e “Jardim-Pomar” ganhou o mais recente, de 2017, como Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa.