MIS

Museu da Imagem e do Som

MIS

Museu da Imagem e do Som

Data

02 a 22.09.2024

Horário*

terças a sextas / 10h às 19h
sábados / 10h às 20h
domingos e feriados / 10h às 18h

* Permanência até 1h após o último horário

Ingressos

Gratuito (sem necessidade de retirada de ingresso)

Local

Térreo | Sala Maureen Bisilliat

A exposição “Floresta adentro” traz uma parceria entre a renomada fotógrafa Sitah e o Instituto Olga Kos de Inclusão. Durante cinco meses, 320 pessoas com deficiências e em situação de vulnerabilidade social atendidas pelo Olga no estado de São Paulo participaram de oficinas fotográficas ao lado da artista e de educadores. O resultado é a mostra que conta com dez obras de Sitah e 27 obras dos participantes, que se inspiraram na fotógrafa durante o processo criativo nas oficinas. Os educadores usaram técnicas artísticas distintas e estudaram a trajetória da artista, que registra os povos originários e seu modo de vida, especialmente o universo feminino. O projeto colabora para estimular e valorizar a cultura brasileira, especialmente na Amazônia. 

As oficinas foram realizadas em parceria com as seguintes instituições: A Alternativa, APOIE, CECCO Nóbrega, CIEJA, Lares, Monte Azul, Nossa Escola e Vida Cidadã. Os participantes produziram suas fotografias a partir de referências e de técnicas empregadas por Sitah, sempre orientados pelos artistas e educadores do Olga. 

No dia 02 de setembro, além da abertura da exposição, também será realizado o lançamento do livro fotográfico “Ywãxtãn – A grande Mãe Terra sagrada”, que conduz o leitor a experienciar a floresta amazônica e seus mistérios sob o olhar da artista Sitah, que há mais de uma década estuda a região e retrata as forças femininas da região. 

A produção e a curadoria da exposição são de Débora Hermann, do Instituto Olga Kos de Inclusão. 

Sobre o Instituto Olga Kos de Inclusão 

Fundado em 2007, o Instituto Olga Kos de Inclusão é uma organização sem fins lucrativos, qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. O Olga desenvolve projetos artísticos, esportivos e científicos para atender crianças, jovens, idosos e adultos com deficiências e abre espaço para pessoas em vulnerabilidade social, proporcionando trocas de experiências e inclusão. Ao longo dos anos, já foram atendidas mais de 37 mil pessoas. Ao traçar sua rota, a organização acompanha a trajetória do beneficiário e sua evolução durante a realização das oficinas, adaptando e melhorando as metodologias por intermédio de pesquisas e instrumentos inéditos, como o Indicador de Desenvolvimento Olga Kos (Idok) e o Índice Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência Olga Kos (Iniok_pcd). 

Sobre o livro 

“Ywãxtãn Mïndãxtãn Ystírín Mypáwãndêmãn – A grande Mãe Terra sagrada” é um livro fotográfico para experienciar a floresta amazônica e seus mistérios, um encontro com a vida que pulsa na floresta e suas forças femininas, fruto de anos de convivência da artista Sitah com a Amazônia. O livro é uma seleção do acervo de mais de uma década de pesquisa da fotógrafa sobre os povos originários da região, principalmente o universo feminino. As fotografias de rios, pássaros, botos e mata conduzem o leitor a entrar num outro universo, o da sua própria natureza. Um mergulho profundo na Amazônia e na harmonia com a natureza, o livro também traz conversas da intimidade da artista e de mulheres indígenas que fazem parte dessa jornada, como a líder do movimento de Mulheres do Xingu, Watatakalu Yawalapiti, e da parteira Dona Francisquinha Shawãdawa, que deu o nome para o livro e o batizou na língua de seu povo. 

Sobre a artista

A artista visual e fotógrafa paulistana Sitah se dedica ao estudo das imagens e seus símbolos desde 2001. Formada em Jornalismo com especialização em Antropologia Visual pela Universidade de Barcelona, Sitah utiliza a fotografia como ponto de partida para amplificar a voz dos rios, das montanhas, da floresta e dos povos originários, com o propósito de sensibilizar para um urgente resgate de reconexão com a natureza. Suas imagens são um convite para nos conectarmos com nossos próprios sentidos e ampliarmos a nossa percepção da natureza, permitindo transpor as barreiras das superfícies. Um mergulho nas profundezas da Terra e na busca dos segredos da natureza e de seus povos. A artista tem a Amazônia como foco de pesquisa há mais de 15 anos, e se dedica a estudar o universo feminino dos povos originários da floresta. Rituais ancestrais, sabedorias milenares e a maneira de viver das mulheres indígenas e ribeirinhas têm sido sua principal fonte de estudos. Desde 2018, Sitah integra o movimento de mulheres indígenas do Xingu e acompanha de perto as iniciativas e articulações políticas movidas por essas mulheres dentro e fora de suas aldeias.  

Sitah realizou exposições individuais em importantes instituições, como Sesc (2016), Casa Firjan – RJ (2019), Unibes Cultural (2019), Centro Cultural São Paulo (2021), SP-Arte (2023), entre outros espaços e galerias. A artista explora outras plataformas para além da fotografia, como os projetos que desenvolveu de intervenção urbana em algumas edições da Virada Sustentável (2019, 2020, 2021 e 2022). Participou de diversas exposições coletivas, incluindo “Xingu Contatos”, no Instituto Moreira Salles – IMS Paulista (2023), com o ensaio “Mulheres do Xingu”, em que fotografou e publicou pela primeira vez as mulheres em posição de liderança. 

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