Lançamento do livro + exposição “Hotel 66”, de Lula Ricardi

Hotel 66, projeto fotográfico do artista visual Lula Ricardi em que foram registradas as fachadas de sessenta e seis hotéis simples e anônimos da cidade de São Paulo. As imagens sempre noturnas, mostram elementos importantes que compõem o amplo tecido urbano e estarão expostas no MIS a partir de terça, 10 de outubro, às 19h.

Os hotéis baratos que durante o dia passam quase despercebidos na paisagem, à noite se destacam e seus neons multicoloridos cumprem a função de chamar a atenção em meio ao caos da metrópole ao mesmo tempo em que são um chamariz para seus futuros ocupantes, geralmente usuários simples ou transeuntes das ruas a procura de diversão, essas luminescências aliadas a ecléticos desenhos arquitetônicos geram potentes imagens.

A pesquisa se desenvolveu durante quatro meses, onde o fotógrafo Lula Ricardi percorreu as ruas pelas madrugadas fotografando cantos por vezes escuros e lúgubres. Hotel 66 que tem o nome baseado no aventureiro que busca uma hospedaria na famosa rota americana traz uma novidade ao lançar luz a um ponto obscuro da cidade, os hotéis que são invisíveis em meio à pressa e ao caos diário impelem uma beleza peculiar ao espectro urbano noturno. O trabalho seriado buscou apresentar essa dimensão estética.

Lançamento do fotolivro

Contemplado no XV Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia o projeto se tornou um fotolivro formando um álbum/documento que registra a contemporaneidade tanto pelo aspecto plástico quanto comportamental. O mesmo será lançado no dia 10 de outubro de 2017, às 19 horas, juntamente com uma exposição de parte das imagens no MIS – Museu da Imagem e do Som, em São Paulo. Quatro imagens da série, após participarem da exposição ‘Antilogias – O Fotográfico na Pinacoteca’, fazem agora parte do acervo permanente da instituição.

WWW.HOTEL66.COM.BR

Sobre Lula Ricardi

Artista visual, nascido em São Paulo. Graduado em arquitetura.   Aborda – na fotografia – questões críticas relacionadas à urbanidade e ao cotidiano trazendo elementos que refletem sobre massificação e capitalismo. Através de ressignificações expõe temas como vazio, silêncio, espaço, vestígios e rupturas. Produz objetos em papel, carimbos e mapas, os quais contemplam questões burocráticas e territoriais.    

Premiado no XV Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia, no Salão de Outono da América Latina e no Salão de Arte de Mato Grosso do Sul. 

Apresentou as exposições individuais ‘Despertencimento’ no Museu de Arte de Goiânia em 2015 e ‘Admirável Mundo Novo’ no Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul em 2013. Em outubro de 2017 estará expondo o projeto Hotel 66 no MIS-SP.       

Participou do 8º Salão dos Artistas Sem Galeria, 42º e 39º Salão de Arte de Ribeirão Preto, 44º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto em Santo André, 48º e 47º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba e Arte Londrina 3.    

Foi finalista, em 2013, no 4º Concurso RM Fotolibro Ibero Americano, ocorrido no México, com o livro de arte “A Carne Que Nos Serve”. Participou das exposições coletivas Tristes Trópicos, na Galeria Mezanino/SP e Antilogias, na Pinacoteca/SP. Tem obras em fotografia e objeto no acervo da Pinacoteca de São Paulo e no Marco – Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul.