MIS

Museu da Imagem e do Som

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Museu da Imagem e do Som

Mostra LABMIS 2011

O MIS apresenta a Mostra LABMIS 2011. Com obras voltadas às linguagens contemporâneas de caráter tecnológico, a exposição é uma coletiva dos resultados dos projetos selecionados pelo programa que integram, também, obras de artistas que participaram de residências internacionais promovidas pelo programa em convênio com instituições estrangeiras.

Data

29/02/2012 a 25/03/2012

Horários

Horário de visitação: terças a sextas, das 12h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h Abertura: Dia 28, a partir das 19h

Ingresso

R$ 4,00 (50% de desconto para estudantes)

O MIS apresenta a Mostra LABMIS 2011. Com obras voltadas às linguagens contemporâneas de caráter tecnológico, a exposição é uma coletiva dos resultados dos projetos selecionados pelo programa que integram, também, obras de artistas que participaram de residências internacionais promovidas pelo programa em convênio com instituições estrangeiras.

A mostra inspira-se na tendência mundial de fomentar o desenvolvimento artístico no campo das novas tecnologias, possibilitando que selecionados tenham acesso livre à infraestrutura tecnológica do LABMIS, além de contar com o suporte de orientadores e técnicos especializados.

A exposição apresenta a instalação //micro.sca.pe/s, de Aline X, Felipe Turcheti, pedro veneroso e Vanessa de Michelis; a escultura  Floresta sonora, da Banda Esquizofônica; De novo Ercília,  instalação de Graziele Lautenschlaeger e Rita Wu; e a instalação imersiva  Digital interruption, do Coletivo Zilch.

Completam a Mostra a vídeodocumentação Le Chant des Sirènes, de Claudio Bueno; o dispositivo óptico Vista On Vista Off I – Gibraltar, de Denise Agassi; e  a videoinstalação What To Know,  de Lucas Bambozzi, frutos de residências internacionais no Canadá, na Espanha e na Holanda, respectivamente.

pedro veneroso, Aline x, Felipe Turcheti e Vanessa de Michelis apresentam a instalação micro.sca.pe/s consiste na captura de vídeos de paisagens microscópicas e sua projeção em uma interface de interferência entre imagem e som. Os vídeos são projetados em alta resolução sobre um recipiente preenchido por água tingida de preto, ocupando toda a área da superfície do líquido. Caixas de som posicionadas abaixo do recipiente são ativadas por frequências do espectro eletromagnético – reconhecidas por um conjunto de sensores dispostos nas imediações da instalação – e transformadas em som com o uso de softwares desenvolvidos em Pure Data e Processing.

A Banda Esquizofônica, coletivo multidisciplinar formado por Eduardo Duwe, José Silveira, Kako Guirado, Mica Farina e Moacir Carnelós Filho, tem por objetivo explorar as intersecções e limites entre arte e ciência e apresenta a obra Floresta sonora, escultura feita de chapas de aço e sensores que mixa, em tempo real, sons produzidos pela interação do visitante no espaço expositivo com a paisagem sonora de uma floresta.

Rita Wu e Graziele Lautenschlaeger se inspiraram no livro As cidades invisíveis, de Italo Calvino, que cita Ercília, cidade onde se estendem fios para designar as relações entre pessoas e coisas, para a criação de De novo, Ercília. Dialogando com o sintético tratado de desenvolvimento urbano e da própria existência sugerido pelo autor do livro, a obra é um projeto itinerante. Nesta versão, ela é a cidade de São Paulo em uma instalação interativa sonora que convida o visitante a atravessá-la e experimentar padrões corporais e sonoros por meio da interação com uma estrutura cheia de elásticos.

Zilch, coletivo formado por Karina Montenegro, Mirella Brandi e Muepetmo, traz a Digital Interruption, instalação interativa e imersiva que se apropria do espaço para modificar sua perspectiva inicial e transportar o espectador por espacialidades heterotópicas, criando novos planos de realidade. Também explora processos de percepção e como eles organizam o ambiente à nossa volta. Busca na imagem e no som a sua capacidade de transfiguração espacial.

Cláudio Bueno [La Chambre Blanche e Avatar, Canadá] apresenta a videoinstalação de um monumento sonoro e invisível, instalado pelo artista em um antigo porto de Québec. Le Chant des Sirènes é uma homenagem a oito mulheres canadenses que morreram no mar, trabalhando com radiodifusão, nos navios da primeira e da segunda guerra mundial. Hoje, elas cantam permanentemente na margem do rio Saint-Laurent, nas vozes de cantoras contemporâneas que “performaram” no local. Podem ser ouvidas quando alguém se aproxima das margens do rio, com um aplicativo instalado no celular.

Denise Agassi [Can Xalant-Centre de Creació i Pensament Contemporani de Mataró, Espanha] apresenta a obra Vista On Vista Off I – Gibraltar, que consiste em três dispositivos estereoscópicos que se referem ao Estreito de Gibraltar. Cada dispositivo contém duas imagens. A primeira é com fotografias selecionadas em bancos de dados online, e a outra, obtida no Google Earth, num enquadramento similar. Estas imagens foram feitas por câmeras diferentes e quando são observadas simultaneamente se fundem, dando a ilusão de 3D.           

Lucas Bambozzi [Impakt Fundation, Holanda] traz o vídeo What To Know, que reflete o tema do Festival Impakt, The Right to Know, que aborda nuances do conceito de privacidade em tempos de wikileaks e sistemas de comunicação ubíquos e é um registro sobre os dias passados em Utrecht, por ocasião da residência artística na cidade. As construções visuais ganham subjetividade e refletem alterações da percepção cultural das paisagens e dos lugares-comuns da Holanda. Na medida em que as aparências cedem lugar ao envolvimento com os ambientes, as cenas fazem oscilar as certezas entre as coisas visíveis e as imaginadas, em detalhes subtraídos ou adicionados às imagens.

Governo do Estado de SP