Data
21/10/2022 a 04/12/2022
Horários
Terça sexta, das 11h às 19h Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h Permanência de até 1h após o último horário
Ingresso
Gratuito (retirada na bilheteria)
Classificação indicativa livre
Realizada há 11 anos, a iniciativa do MIS consiste na seleção de trabalhos de artistas promissores, que se distinguem pela qualidade e inovação. Além de exibição pública – dividida em duas etapas – esses projetos também passam a fazer parte do acervo físico e digital do museu.
A primeira etapa do Nova Fotografia 2022 permanecerá em cartaz até 04/12, no espaço de exposições Maureen Bisilliat, localizado no térreo do museu. Os projetos selecionados para a primeira etapa de exibição são: “Memórias futuras”, de Grasielle Barbaresco, “Morro dos espíritos”, de Givva y Quebrantxy e “Nascer, de Ivete Siqueira”. Depois, em 09/12, será inaugurada a segunda fase da iniciativa com exibições de “As primeiras vezes que fui a Vênus”, de Victor Galvão, “Museu da loucura – do barroco ao eletrochoque”, de Ck Martinelli e “Plano de voo”, de Carolina Koff.
Neste ano, o júri de seleção contou com Cristiana Tejo, pesquisadora do Instituto de História da Arte da Universidade Nova de Lisboa e curadora e cogestora do Espaço NowHere, também em Portugal; Cristiane de Almeida, programadora e produtora cultural do MIS; Denise Camargo, artista visual, educadora e curadora; e Tiago Coelho, fotógrafo, professor e artista visual.
Os selecionados também tiveram acompanhamento curatorial de Daniel Salum, professor, pesquisador e curador independente; Diógenes Moura, escritor, curador de fotografia, roteirista e editor; Lívia Aquino, pesquisadora do campo da cultura e das artes visuais, professora e artista; Mônica Maia, editora, curadora, produtora e idealizadora da plataforma Mulheres Luz; Ronaldo Entler, pesquisador, professor e crítico de fotografia; e Talita Virgínia, realizadora audiovisual, fotógrafa e curadora.
CONFIRA AS EXPOSIÇÕES DA PRIMEIRA ETAPA – NOVA FOTOGRAFIA 2022:
“Memórias futuras”
Em "Memórias Futuras" Grasielle Barbaresco utiliza uma abordagem poética para retratar como as questões culturais determinam as infâncias, e de que forma o traumático incide na constituição psíquica dos adolescentes. O trabalho examina temas sociais e analisa o impacto das vivências complexas das futuras gerações.
A ideia é que o público também acesse recordações para refletir sobre o encontro entre passado e o futuro. Segundo a artista “a memória diz respeito ao que somos, mas também a tudo aquilo que escolhemos esquecer. A ideia é possibilitar uma reflexão sobre o potencial das memórias constituídas na infância, já que inconscientemente repetimos padrões que presenciamos nessa fase”.
Grasielle é formada em fotografia e usa de imagens, vídeos e esculturas para investigar a aquisição e a evocação das memórias infantis. Na exposição no MIS ela contou com o acompanhamento curatorial de Mônica Maia.
“Morro dos espíritos”
Esta série fotográfica cria um paralelo entre a relação dos moradores das periferias com imagens de espíritos ancestrais, presentes em diversas culturas de Abya Yala. Por meio da performatividade, o artista buscou resgatar um pouco da história apagada sobre a espiritualidade na favela, a partir do olhar de quem vive nessas comunidades.
Givva é artista transmarginal, fotógrafo e cineasta. Desde 2016 se dedica a processos artísticos na linguagem da fotoperformance, audiovisual e artes plásticas. Explora temas como ancestralidade, gênero e periferia, evidenciando imageticamente questões políticas do cotidiano marginal.
Quebrantxy, performer pesquisadora e artista transmarginal, investiga a construção de imagens performativas, em múltiplas linguagens artísticas, onde se possam tensionar os diálogos acerca das subjetividades de “corpas” ditas dissidentes. A dupla contou com acompanhamento curatorial de Talita Virgínia.
“Nascer”
Como explica a artista, Ivete Siqueira, o parto é uma dinâmica complexa que envolve transformações do corpo, ressignificações da vida, construção e intensificação de vínculos. Nesse processo o que a fotografia faz não é apenas demarcar instantes. Ela é um instrumento que permite à mulher tecer a narrativa de um mundo que se inaugura, ao mesmo tempo em que outros se findam.
Formada em ciências contábeis pela Universidade Mackenzie, com MBA em controladoria, Ivete atuou por mais de 15 anos na área, quando, há quatro anos, no auge de seu puerpério, resolveu estudar fotografia. Assim descobriu nela nova motivação.
Para a exposição no MIS ela contou com acompanhamento curatorial de Ronaldo Entler.