MIS

Museu da Imagem e do Som

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Museu da Imagem e do Som

Quando o cinema se desfaz…

Com curadoria de Ricardo Resende (Museu Bispo do Rosário/RJ), a mostra traz um recorte da produção de Solon, por meio de Instalações, vídeos e fotografias – incluindo uma área com monóculos com fotogramas de seu acervo original. A exposição fica em cartaz de 3 março até 8 de abril e ocupa o segundo andar do Museu.

 

Data

03/03/2018 a 08/04/2018

Horários

abertura02 de março, às 19h | Entrada gratuita HORÁRIOS 12h-21h ter a sáb 11h-20h dom e feriados INGRESSOS R$10 (inteira) e R$5 (meia) Gratuito às terças É proibida a entrada na exposição com qualquer mochila ou bolsa maior que 25cmx30cm.

Ingresso

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Reconfigurações de fotogramas do cinema clássico, do acervo do artista cearense Solon Ribeiro, estarão presentes no MIS durante a exposição Quando o cinema se desfaz. Com curadoria de Ricardo Resende (Museu Bispo do Rosário/RJ), a mostra traz um recorte da produção de Solon, por meio de Instalações, vídeos e fotografias – incluindo uma área com monóculos com fotogramas de seu acervo original. A exposição fica em cartaz de 3 março até 8 de abril e ocupa todo o segundo andar do Museu.

Nos anos 1990, Solon Ribeiro herdou de seu pai uma coleção de mais de 20 mil fotogramas (mostrando, em geral, protagonistas de filmes clássicos de Hollywood). Esta coleção foi iniciada ainda nos anos 50 por seu avô, Ubaldo Uberaba Solon. Os fotogramas eram cuidadosamente guardados em álbuns feitos especialmente para esse fim, contendo o nome e o ano de cada filme, bem como uma legenda com os nomes dos atores.

A mostra no MIS é composta do deslocamento desses fotogramas em vídeos e novas imagens fotográficas – demonstrando o desejo do artista de exorcizar essa herança que carrega ao longo de sua vida. Em suas mãos, os fotogramas são reconfigurados, ganhando um novo sentido na forma de instalações e projeções performáticas – criando, assim, novos filmes e novos contextos para as cenas originais. Um beijo, um olhar, um sorriso, um corpo, um rosto, um gesto congelado.

"Trabalhando com um acervo constituído fundamentalmente por fotogramas originários do cinema clássico, eu venho deslocando esses objetos em diversas configurações para desprogramar o dispositivo clássico e ativá-lo para outras possibilidades de fruição, estimulando a atuação imaginativa do espectador", afirma Solon.

Segundo o curador Ricardo Resende, Solon Ribeiro é artista da família dos inclassificáveis – não se enquadra em nenhuma categoria da arte tradicional. Do mesmo modo, o que faz como arte também não se coloca em uma gaveta, não deixa o pensamento se acomodar – é um turbilhão de coisas que remove tudo do seu lugar.

Sobre Solon Ribeiro
Artista visual, fotógrafo, professor e curador, Solon é formado em comunicação e arte pela L’école Superieure des Artes Décoratifs, París-France. É também autor dos livros “Lambe- Lambe Pequena História da Fotografia Popular” e “O Golpe do Corte”. Em 2016, o artista foi contemplado com o projeto O Golpe do Corte, no Rumos Itaú Cultural, em que propunha a preservação, a digitalização, a catalogação e a publicação desse acervo de fotogramas (www.ogolpedocorte.com.br). Como muitos artistas contemporâneos, seu trabalho se volta para a problematização das imagens clichês, tendo em vista o fenômeno contemporâneo (já ecológico) da saturação de imagens. Com a herança dos fotogramas, dá-se uma espécie de reencontro no caminho traçado por Solon: encontro entre o percurso questionador do artista e suas primeiras experiências em salas de cinema. Com a volta de fantasmas hollywoodianos, seu trabalho sofre uma metamorfose. Solon e as imagens de Hollywood se fundirão num ato violento e revelador.

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