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Museu da Imagem e do Som

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16ª Mostra Internacional do Cinema Negro

A Mostra Internacional do Cinema Negro chega à sua 16º edição anual, desta vez em em formato online, no Vimeo do MIS.

Data

10/11/2020 a 15/11/2020

Horários

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Ingresso

Gratuito – programação online

A Mostra Internacional do Cinema Negro chega à sua 16º edição anual, desta vez em em formato online no Vimeo do MIS, e promove a exibição de curtas, médias e longas-metragens que realizam um esforço pela construção da imagem de afirmação positiva do afrodescendente e das minorias. A abertura, dia 10.11, às 19h, conta com um vídeo feito especialmente para a Mostra com uma apresentação da cantora Fabiana Cozza e de um vídeo sobre a Mostra e os homenageados desta edição, além da exibição do curta-metragem Tem um passado no meu presente (dir. Joel Zito Araújo, Brasil, 2017, 19’45”, livre). Todos esses vídeos que compõem a abertura do Festival podem ser acessados pelos neste link do Vimeo do MIS.

De 11 a 14.11, quarta a sábado, serão exibidos quatro programas compostos por diversos curtas e médias-metragens, além de um longa, e todos ficam disponíveis no Vimeo do MIS até as 23h59 do respectivo dia. No sábado, 14.11, em parceria com o Bate-Papo de Cinema Pontos MIS, será exibido, às 16h (inscrição por este link), o recente Vaga carne, curta dirigido por Grace Passô e Ricardo Alves Júnior, seguido de bate-papo às 18h (no canal do MIS no YouTube). Já no domingo, 15.11, encerramento da Mostra, todos os filmes da seleção oficial ficam disponíveis durante todo o dia.

Assista aos filmes.

Confira o catálogo da Mostra.

Sobre a Mostra Internacional do Cinema Negro
Como um projeto acadêmico de inclusão do jovem afrodescendente, no  âmbito universitário e cultural, esse evento étnico-cinematográfico constrói um fórum de discussão e um acervo do cinema negro brasileiro, dos respeitos à diversidade e à biodiversidade em proveito da cultura de paz. 

O cinema  negro é inequivocamente o cinema das minorias, e essa cinematografia oferece um importante lugar de  fala de minorias vulneráveis, constituindo uma forma de luta contra a tentativa de imposição do estereotipo de inferioridade racial, da verticalidade da hegemonia imagética eurocêntrica e euroheteronormativa em detrimento da diversidade dos demais povos, incluindo o africano e o ameríndio. 

Sobre o curador
Celso Luiz Prudente é antropólogo e  cineasta. É doutor em Cultura pela Universidade de São Paulo (FEDUSP), pós-doutor em Linguística pelo Instituto de Estudos da Linguagem (IEL/Unicamp), professor associado da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) e pesquisador do Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação (CELACC ECA-USP).

10.11, terça, abertura da Mostra

19h

Apresentação da cantora Fabiana Cozza e de um vídeo sobre a Mostra e os homenageados desta 16ª edição.

Exibição do curta Tem um passado em meu presente (dir. Joel Zito Araújo, Brasil, 2017, 19'45", livre): Um breve retrato da infância de seres humanos negros no Brasil. Três pessoas de sucesso, um ator, uma apresentadora de TV e um senador relatam como vivenciaram e superaram as barreiras impostas pelo racismo nos anos fundamentais de formação na escola, diante da TV e nas relações familiares. 

Assista no Vimeo do MIS.

11.11, quarta-feira

16h | Programa 1 | Desta vez Ulisses não sairá de casa; Maikan Pisi ‘Pata’: a Terra da Raposa ; Som da raça; Por terra, céu e mar; Questão de justiça

Desta vez Ulisses não sairá de casa (dir. Rogério de Almeida, Brasil/ Portugal, 2020, 13’30’’, 10 anos )Como viveria Ulisses, o herói da Odisseia, nos dias que correm? Este curta constitui-se como um ensaio fílmico sobre o homem contemporâneo em contraste com o herói grego. Preso à vida doméstica, Ulisses não sai mais de casa e suas aventuras agora são vividas pelo cinema. Ulisses é o filme. 

Maikan Pisi ‘Pata’: a Terra da Raposa (dir. Éder R. Santos, Brasil, 12 min, livre)
Maikan Pisi ’Pata’ é o termo Macuxi que significa em português “Terra da Raposa”. No filme, são tratadas  a memória  e  a  cultura  do  povo  Macuxida,  comunidade  Raposa, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, estado de Roraima, com seu modo de vida e processo milenar de  ocupação  nômade  das  serras e  campos do  entorno  do  Monte  Roraima,  berço  de Makunaima. 

Som da raça (dir. Celso Luiz Prudente, Brasil, 2014, 5 min, livre)
Este documentário experimental aborda a sensibilidade africana na diáspora, por meio da música, fazendo um inventário da trajetória da consciência racial. Com o instrumentista e artista plástico Renato Costa como protagonista, o filme revela o negro em suas assimilações culturais e influências transmitidas pela música, seja no uso do tambor africano, do contrabaixo primitivo, que remete ao jazz clássico, ou com o toque do piano clássico.

Por terra céu e mar (dir. Hilton P. Silva, Brasil , 2013, 28’30’’, livre)
Nenhum acontecimento histórico foi tão documentado e filmado, em todos os formatos, quanto a Segunda Guerra Mundial. São milhares de filmes e imagens que abordam o conflito, o maior acontecimento bélico da história da humanidade, com milhões de mortos em batalhas na Europa, África, Ásia e Oceania. Predominantemente, os filmes são sobre a participação norte-americana e britânica, pois a história sempre é contada pelos vitoriosos. Um fato pouco difundido é que muitos brasileiros também foram lutar com a Força Expedicionária Brasileira na Grande Guerra, e entre eles muitos Amazônidas, inclusive paraenses. Este filme e o livro Por terra, céu e mar: histórias e memórias da 2ª Guerra Mundial na Amazônia são importantes documentos históricos para se conhecer os pracinhas paraenses e amazônidas que atravessaram o oceano Atlântico para lutar uma guerra que muito pouco compreendiam, mas que mudaria os rumos da humanidade. O sucesso da participação de uma força pluriétnica junto aos combatentes Aliados ajudou a desconstruir o mito da superioridade branca, contribuindo, assim, para o fim da segregação nas forças armadas e na sociedade dos EUA no pós-Guerra. 

Questão de justiça (dir. Celso Luiz Prudente, Brasil, 12 min, 10 anos)
Este curta tem como enredo fictício o problema fundiário, observando aspectos do quilombo dos seringueiros. O filme revela a possibilidade de moderno impregnado de vícios, que tenta corromper a cultura tradicional da africanidade brasileira. 

Assista no Vimeo do MIS

20h | Programa 2 | Megg, a margem que migra para dentro; Umbigada; Retalho à memória viva de Saramandaia; Carnaval Brasil anos 40

Megg: a margem que migra para o centro (dir. Larissa Nepomuceno Moreira e Eduardo Sanches, Brasil, 2018, 14’49’’, livre)
Megg Rayara derrubou barreiras que não deveriam existir para chegar onde chegou. Para ela, seu diploma é um marco importante de uma luta não só pessoal, mas, sim, coletiva. Pela primeira vez no Brasil, uma travesti negra conquista o título de doutora. É a margem que migra para o centro, levando toda sua história consigo.

Umbigada (dir. Gabriela Barreto, Brasil, 2017, 25’, livre)
O filme navega pelo universo do samba de roda do recôncavo baiano.

Retalhos: a memória viva de Saramandaia (dir. Lúcio Lima, Brasil, 2015, 26’, livre)
Retalhos é um documentário que traz as memórias afetivas de uma comunidade na fala do menino Emerson Almeida e seu sonho de poder levar o nome de Saramandaia ao mundo através de sua arte circense, sempre com um sorriso puro no rosto. Nos traços do grafiteiro Thito Lama, que desenha e canta os males sociais servindo de exemplo e alertando os jovens da comunidade. E na sabedoria ancestral do Sr. Armando, um dos moradores mais antigos do bairro que ainda mostra a lucidez necessária para conduzir Saramandaia para novas conquistas. As ruas vivas trazem o nome dos ilustres moradores e os heróis de lá não usam capa, mas já colocaram seus poderes mortais em ação com o objetivo de desfazer o olhar preconceituoso que recai sobre todos da comunidade. Os retalhos estão sendo montados, e passado, presente e futuro do bairro vivem com um objetivo em comum: manter viva a memória de Saramandaia. 

Carnaval Brasil anos 40 (dir. Pierre Verger e Barros Freire, Brasil, 1985, 11 min, livre)
Este filme foi feito  a partir das primeiras fotos que Pierre Verger (Paris, 1902 – Salvador, 1996 fez com sua Rolleiflex quando chegou ao Brasil. O etnólogo é  um venerável pesquisador da diáspora africana da cultura Yourubá, além de fotógrafo jornalístico. Registrou de forma notável a diversidade e a cultura afrobrasileira no carnaval do Rio de Janeiro, Salvador e Recife em 1940. Pierre Fatumbi Verger, ao receber do Presidente da França a Medalha Légion d'Honneur, depositou uma cópia do Carnaval Brasil anos 40 – sua primeira  experiência em vídeo – nos arquivos do Musée del'Homme em Paris. A Fundação Pierre Verger em Salvador Bahia criada por ele em 1988 preserva seu fascinante e precioso acervo.

Assista no Vimeo do MIS.

12.11, quinta-feira

16h | Programa 3 | Traçados; Hora de Bai; Mariquinha no mundo da imaginação; Aruanda; Odò Pupa, o lugar da resistência

Traçados (dir. Rudyeri Ribeiro, Brasil, 2020, 23’, 12 anos)
Às vésperas de sua primeira exposição, Leo tenta descobrir a melhor forma de expressar tanto sua arte como quem é.

Hora di Bai (dir. Bruno Leal, Portugal, 2015, 21’25'', 12 anos)
Preso entre uma paisagem industrial e blocos habitacionais descaracterizados, o 6  de Maio  é  um dos últimos  “bairros clandestinos”  do  concelho da  Amadora.  Ao longo  dos seus  quarenta anos  de  existência,  o mesmo evoluiu de um pequeno  aglomerado de barracas de madeira para um considerável polo de convergência de emigrantes oriundos das  ex-colônias portuguesas.  Invisíveis perante  uma  sociedade  que  os  encara  com desconfiança,  os  habitantes  do  bairro  fomentaram  um  sentimento  de  união, ancorado   numa   herança   cultural   comum.   Agora,  confrontados   com   a   iminente destruição das suas casas e dos laços comunitários que constituíram, refletem sobre um futuro incerto e sobre as memórias de uma vida que ficará forçosamente para trás, juntamente com os escombros.

Mariquinha no mundo da imaginação (dir. Tina Xavier, Brasil, 2019, 10 min, classificação)
O filme conta a história de Mariquinha, uma menina sapeca que brinca no seu quintal que é maior do que o mundo e, ao ler as poesias de Manoel de Barros, vai para o mundo da imaginação. Lá, encontra seu amigo Nardo e o poeta. Filme realizado com crianças do 5º ano do Ensino Fundamental de uma escola municipal no âmbito de um projeto de extensão da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Aruanda (dir. Linduarte Noronha, Brasil, 1960, 21 min, livre)
O filme conta a história dos remanescentes de um quilombo em Serra do Talhado, mostrando o cotidiano dos moradores, jornadas de plantio e feitos de cerâmica “primitiva”. O curta-metragem aborda uma realidade retratada com pouca ou nenhuma frequência na época em que foi feito no interior do Brasil até então.

Odò Pupa, lugar de resistência (dir. Carine Fiúza, 2018, Brasil, 13’45’’, livre)
A fala, a imagem e as estatísticas:  tudo comunica, mas pra quem se vocês dão as costas para os motivos pelos quais nossos filhos estão morrendo? Odò Pupa, rio vermelho que flui para o Atlântico e testemunha nossa diáspora. 

Assista no Vimeo do MIS.

18h | Programa 4 | Raimunda Quebradeira; Kiteyã Toalete Makurap: nosso conhecimento Makurap; Jack Aventuras

Raimunda a quebradeira (dir. Marcelo Silva, Brasil, 2018, 52’, livre)
A luta pela sobrevivência das mulheres quebradeiras de babaçu, a ocupação e os conflitos pela posse da terra na região do Bico do Papagaio compõem a biografia da líder agroecologista Raimunda Gomes da Silva, uma mulher alfabetizada pela dor que simbolizou o Brasil primitivo injusto.

Kiteyã Toalet Makurap: nosso conhecimento Makurap (dir. Roseline Mezacasa, Brasil,  32’10’’, livre)
Em tempos antigos, surgia de um buraco na terra o povo Makurap. Falantes da língua Makurap, do tronco linguístico tupi, esse povo soube existir até os dias atuais, após décadas de contato com os não índios. Neste documentário, os protagonistas dessa história se apresentam, contam suas narrativas e mostram seus modos de existir no mundo. 

Jack aventuras (dir. Renata Acioli, Brasil, 2018, 2’38’’, livre)
Jack quer ser a melhor lata de lixo do mundo! Ele leva muito a sério seu trabalho e quer o respeito de todos por sua função. Ele pode ser ranzinza, mas fará de tudo para cumprir seu objetivo. Este curta-metragem de animação retrata as aventuras de Jack em sua busca para manter a cidade mais limpa!

Assista no Vimeo do MIS.

20h | Longa-metragem | Dorivando Saravá, o preto que virou mar (dir. Henrique Dantas, 2019, Brasil, 87’, livre)
Ele foi o primeiro a cantar os Orixás  e a introduzir o Tempo do Candomblé na música popular brasileira. Desafiou a própria morte ao se entregar nos braços de Iemanjá e – Obá de Xangô consagrado que era – Dorival Caymmi não morreu. Virou mar. 

Assista no Vimeo do MIS.

13.11, sexta-feira

16h | Programa 2 | Megg, a margem que migra para dentro; Umbigada; Retalho à memória viva de Saramandaia; Carnaval Brasil anos 40

Megg: a margem que migra para o centro (dir. Larissa Nepomuceno Moreira e Eduardo Sanches, Brasil, 2018, 14’49’’, livre)
Megg Rayara derrubou barreiras que não deveriam existir para chegar onde chegou. Para ela, seu diploma é um marco importante de uma luta não só pessoal, mas, sim, coletiva. Pela primeira vez no Brasil, uma travesti negra conquista o título de doutora. É a margem que migra para o centro, levando toda sua história consigo.

Umbigada (dir. Gabriela Barreto, Brasil, 2017, 25’, livre)
O filme navega pelo universo do samba de roda do recôncavo baiano.

Retalhos: a memória viva de Saramandaia (dir. Lúcio Lima, Brasil, 2015, 26’, livre)
Retalhos é um documentário que traz as memórias afetivas de uma comunidade na fala do menino Emerson Almeida e seu sonho de poder levar o nome de Saramandaia ao mundo através de sua arte circense, sempre com um sorriso puro no rosto. Nos traços do grafiteiro Thito Lama, que desenha e canta os males sociais servindo de exemplo e alertando os jovens da comunidade. E na sabedoria ancestral do Sr. Armando, um dos moradores mais antigos do bairro que ainda mostra a lucidez necessária para conduzir Saramandaia para novas conquistas. As ruas vivas trazem o nome dos ilustres moradores e os heróis de lá não usam capa, mas já colocaram seus poderes mortais em ação com o objetivo de desfazer o olhar preconceituoso que recai sobre todos da comunidade. Os retalhos estão sendo montados, e passado, presente e futuro do bairro vivem com um objetivo em comum: manter viva a memória de Saramandaia. 

Carnaval Brasil anos 40 (dir. Pierre Verger e Barros Freire, Brasil, 1985, 11 min, livre)
Este filme foi feito  a partir das primeiras fotos que Pierre Verger (Paris, 1902 – Salvador, 1996 fez com sua Rolleiflex quando chegou ao Brasil. O etnólogo é  um venerável pesquisador da diáspora africana da cultura Yourubá, além de fotógrafo jornalístico. Registrou de forma notável a diversidade e a cultura afrobrasileira no carnaval do Rio de Janeiro, Salvador e Recife em 1940. Pierre Fatumbi Verger, ao receber do Presidente da França a Medalha Légion d'Honneur, depositou uma cópia do Carnaval Brasil anos 40 – sua primeira  experiência em vídeo – nos arquivos do Musée del'Homme em Paris. A Fundação Pierre Verger em Salvador Bahia criada por ele em 1988 preserva seu fascinante e precioso acervo

Assista no Vimeo do MIS.

20h  | Programa 4 | Raimunda Quebradeira; Kiteyã Toalete Makurap: nosso conhecimento Makurap; Jack Aventuras .  

Raimunda a quebradeira (dir. Marcelo Silva, Brasil, 2018, 52’, livre)
A luta pela sobrevivência das mulheres quebradeiras de babaçu, a ocupação e os conflitos pela posse da terra na região do Bico do Papagaio compõem a biografia da líder agroecologista Raimunda Gomes da Silva, uma mulher alfabetizada pela dor que simbolizou o Brasil primitivo injusto.

Kiteyã Toalet Makurap: nosso conhecimento Makurap (dir. Roseline Mezacasa, Brasil,  32’10’’, livre)
Em tempos antigos, surgia de um buraco na terra o povo Makurap. Falantes da língua Makurap, do tronco linguístico tupi, esse povo soube existir até os dias atuais, após décadas de contato com os não índios. Neste documentário, os protagonistas dessa história se apresentam, contam suas narrativas e mostram seus modos de existir no mundo. 

Jack aventuras (dir. Renata Acioli, Brasil, 2018, 2’38’’, livre)
Jack quer ser a melhor lata de lixo do mundo! Ele leva muito a sério seu trabalho e quer o respeito de todos por sua função. Ele pode ser ranzinza, mas fará de tudo para cumprir seu objetivo. Este curta-metragem de animação retrata as aventuras de Jack em sua busca para manter a cidade mais limpa!

Assista no Vimeo do MIS.

 

14.11, sábado

12h | Programa 3 | Traçados; Hora de Bai; Mariquinha no mundo da imaginação; Aruanda; Odò Pupa, o lugar da resistência
Traçados (dir. Rudyeri Ribeiro, Brasil, 2020, 23’, 12 anos)
Às vésperas de sua primeira exposição, Leo tenta descobrir a melhor forma de expressar tanto sua arte como quem é.

Hora di Bai (dir. Bruno Leal, Portugal, 2015, 21’25'', 12 anos)
Preso entre uma paisagem industrial e blocos habitacionais descaracterizados, o 6  de Maio  é  um dos últimos  “bairros clandestinos”  do  concelho da  Amadora.  Ao longo  dos seus  quarenta anos  de  existência,  o mesmo evoluiu de um pequeno  aglomerado de barracas de madeira para um considerável polo de convergência de emigrantes oriundos das  ex-colônias portuguesas.  Invisíveis perante  uma  sociedade  que  os  encara  com desconfiança,  os  habitantes  do  bairro  fomentaram  um  sentimento  de  união, ancorado   numa   herança   cultural   comum.   Agora,  confrontados   com   a   iminente destruição das suas casas e dos laços comunitários que constituíram, refletem sobre um futuro incerto e sobre as memórias de uma vida que ficará forçosamente para trás, juntamente com os escombros.

Mariquinha no mundo da imaginação (dir. Tina Xavier, Brasil, 2019, 10 min, classificação)
O filme conta a história de Mariquinha, uma menina sapeca que brinca no seu quintal que é maior do que o mundo e, ao ler as poesias de Manoel de Barros, vai para o mundo da imaginação. Lá, encontra seu amigo Nardo e o poeta. Filme realizado com crianças do 5º ano do Ensino Fundamental de uma escola municipal no âmbito de um projeto de extensão da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Aruanda (dir. Linduarte Noronha, Brasil, 1960, 21 min, livre)
O filme conta a história dos remanescentes de um quilombo em Serra do Talhado, mostrando o cotidiano dos moradores, jornadas de plantio e feitos de cerâmica “primitiva”. O curta-metragem aborda uma realidade retratada com pouca ou nenhuma frequência na época em que foi feito no interior do Brasil até então.

Odò Pupa, lugar de resistência (dir. Carine Fiúza, 2018, Brasil, 13’45’’, livre)
A fala, a imagem e as estatísticas:  tudo comunica, mas pra quem se vocês dão as costas para os motivos pelos quais nossos filhos estão morrendo? Odò Pupa, rio vermelho que flui para o Atlântico e testemunha nossa diáspora. 

Assista no Vimeo do MIS.

14h | Programa 1 | Desta vez Ulisses não sairá de casa; Maikan Pisi ‘Pata’: a terra da raposa ; Som da raça; Por terra, céu e mar; Questão de justiça

Desta vez Ulisses não sairá de casa (dir. Rogério de Almeida, Brasil/ Portugal, 2020, 13’30’’, 10 anos )Como viveria Ulisses, o herói da Odisseia, nos dias que correm? Este curta constitui-se como um ensaio fílmico sobre o homem contemporâneo em contraste com o herói grego. Preso à vida doméstica, Ulisses não sai mais de casa e suas aventuras agora são vividas pelo cinema. Ulisses é o filme. 

Maikan Pisi ‘Pata’: a Terra da Raposa (dir. Éder R. Santos, Brasil, 12 min, livre)
Maikan Pisi ’Pata’ é o termo Macuxi que significa em português “Terra da Raposa”. No filme, são tratadas  a memória  e  a  cultura  do  povo  Macuxida,  comunidade  Raposa, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, estado de Roraima, com seu modo de vida e processo milenar de  ocupação  nômade  das  serras e  campos do  entorno  do  Monte  Roraima,  berço  de Makunaima. 

Som da raça (dir. Celso Luiz Prudente, Brasil, 2014, 5 min, livre)
Este documentário experimental aborda a sensibilidade africana na diáspora, por meio da música, fazendo um inventário da trajetória da consciência racial. Com o instrumentista e artista plástico Renato Costa como protagonista, o filme revela o negro em suas assimilações culturais e influências transmitidas pela música, seja no uso do tambor africano, do contrabaixo primitivo, que remete ao jazz clássico, ou com o toque do piano clássico.

Por terra céu e mar (dir. Hilton P. Silva, Brasil , 2013, 28’30’’, livre)
Nenhum acontecimento histórico foi tão documentado e filmado, em todos os formatos, quanto a Segunda Guerra Mundial. São milhares de filmes e imagens que abordam o conflito, o maior acontecimento bélico da história da humanidade, com milhões de mortos em batalhas na Europa, África, Ásia e Oceania. Predominantemente, os filmes são sobre a participação norte-americana e britânica, pois a história sempre é contada pelos vitoriosos. Um fato pouco difundido é que muitos brasileiros também foram lutar com a Força Expedicionária Brasileira na Grande Guerra, e entre eles muitos Amazônidas, inclusive paraenses. Este filme e o livro Por terra, céu e mar: histórias e memórias da 2ª Guerra Mundial na Amazônia são importantes documentos históricos para se conhecer os pracinhas paraenses e amazônidas que atravessaram o oceano Atlântico para lutar uma guerra que muito pouco compreendiam, mas que mudaria os rumos da humanidade. O sucesso da participação de uma força pluriétnica junto aos combatentes Aliados ajudou a desconstruir o mito da superioridade branca, contribuindo, assim, para o fim da segregação nas forças armadas e na sociedade dos EUA no pós-Guerra. 

Questão de justiça (dir. Celso Luiz Prudente, Brasil, 12 min, 10 anos)
Este curta tem como enredo fictício o problema fundiário, observando aspectos do quilombo dos seringueiros. O filme revela a possibilidade de moderno impregnado de vícios, que tenta corromper a cultura tradicional da africanidade brasileira. 

Assista do Vimeo do MIS.

16h| Bate-papo de Cinema Pontos MIS | Exibição de filme Vaga carne (dir. Grace Passô e Ricardo Alves Júnior, Brasil, 2020, 45 min) | Inscrição para ter acesso ao filmes por meio deste link das 11h de 12.11 até 14.11) 

O filme foi lançado via streaming depois de ser exibido no Festival de Berlim e de ser o filme de abertura da Mostra de Tiradentes. Ele é uma transcriação cinematográfica da premiada peça teatral homônima sobre uma mulher (Passô) que, sem saber como se mover no mundo, tem o corpo invadido por uma voz.

18h | Bate-papo de Cinema Pontos MIS | Debate | com Celso Luiz Prudente (curador da Mostra), Luciara Ribeiro e mediação de  Eduardo Bordinhon Assista no canal do MIS no YouTube

Celso Luiz Prudente é professor associado da Universidade Federal do Mato Grosso e curador da Mostra Internacional do Cinema Negro)

Luciara Ribeiro é curadora independente e mestra em História da Arte pela Universidade de Salamanca (USAL, Espanha, 2018) e pelo Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP, Brasil, 2019)

Eduardo Bordinhon é artista, professor, mestre e doutorando em Multimeios pela Unicamp 

15.11, domingo

Durante todo o dia, os filmes da seleção oficial da Mostra ficam disponíveis.

Desta vez Ulisses não sairá de casa, de Rogério de Almeida 

Maikan Pisi ‘Pata’: a terra da raposa, de Éder Rodrigues 

Som da raça, de Celso Luiz Prudente

Raimunda a quebradeira, de Marcelo Silva 

Por terra céu e mar, de Hilton Ferreira Silva 

Megg: a margem que migra para o centro, de Larissa Nepomuceno

Umbigada, de Gabriela Barreto 

Retalho a memória viva de Saramandaia, de Lucio Lima 

Carnaval Brasil anos 40, de Pierre Verger e Barros Freire

Traçados, de Rodrey Ribeiro Pantoja

Hora di Bai, de Bruno Leal 

Mariquinha no mundo da imaginação, de Constantina Xavier

Jack aventuras, de Renata Acioli 

Aruanda, de Linduarte Noronha

Questão de justiça, de Celso Luiz Prudente 

Tem um passado no meu presente, de Joel Zito Araujo 

Dorivando Saravá, o preto que virou mar, de Henrique Dantas 

Odò Pupa, o lugar da resistência, de Carine Fiúza 

Kiteyã Toalet Makurap: nosso conhecimento Makurap, de Roseline Mezacasa 

Assista no Vimeo do MIS.

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