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Museu da Imagem e do Som

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31º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade

Com 137 obras, o Mix Brasil representa um tributo à força da pluralidade e à riqueza das narrativas da comunidade LGBT+

Data

09/11/2023 a 19/11/2023

Horários

Horários variados. Confira a programação

Ingresso

Gratuito (retirada uma hora antes para as sesseõs na bilheteria do MIS)

O Mix Brasil representa um tributo à força da pluralidade e à riqueza das narrativas da comunidade LGBT+. O tema do 31º Festival Mix Brasil é “A Gente Nunca Foi Tão Mix”, que é uma afirmação de que, apesar dos pesares, e também por causa deles, a é possível construir um presente e um futuro onde gavetas, armários e estereótipos deixam de fazer sentido.

Ao longo da extensa programação — com 137 obras entre filmes, experiências XR, espetáculos, games e atividades como shows, oficinas para crianças e profissionais do audiovisual, painéis de literatura e festas — é apresentada uma imensa diversidade de talentos e perspectivas provenientes de 37 países. Uma jornada transmídia que transcende barreiras, inspira e leva por caminhos diversos da criação, da inclusão. do desejo e da liberdade. 

No MIS, a força da cinematografia LGBT+ internacional está representada no Panorama Internacional deste ano, com destaque para vários títulos que impactaram o circuito de festivais de cinema no mundo. Os prêmios Teddy (Berlim) e Sebastiane (San Sebastian), honrarias dedicadas às melhores obras de temática de diversidade, estão presentes na seleção com os filmes “20.000 espécies de abelhas”, premiado no festival espanhol; e “Todas as cores entre o preto e o branco” e “Orlando, minha biografia política”, melhor ficção e melhor documentário na Berlinale, respectivamente. O Panorama conta, ainda, com filmes de países de todos os continentes, como Austrália, México, Índia e Macedônia, e os mais novos trabalhos de cineastas como Catherine Corsini e Papu Curotto. Além da programação do Panorama Internacional, o MIS também recebe o programa Reframe, espaço de experimentações audiovisuais das mais diversas, que traz quatro trabalhos com propostas estéticas únicas e provocadoras. Jogos cênicos, farsas fílmicas, dualidades e jornadas do corpo. Faz parte da programação de cinema dessa edição do Festival o programa Curtas Mix Brasil, que apresenta o melhor da produção em curtas-metragens brasileiros e internacionais. O MIS exibirá os programas Mix 60+, Crescendo com a Diversidade, Meu Nome É…, Famílias Tradicionais Brasileiras e Essa Minha Canção. 

Também recebe o XR que abrange uma diversidade de experiências imersivas com múltiplas tecnologias, oferecendo oportunidades únicas de interação. Ano passado, na estreia dos projetos MIX.XR no Mix Brasil, apenas uma das nove experiências apresentadas foi realizada por brasileiros. A prova de que estamos no caminho certo, de estimular o desenvolvimento de novas mídias para contar histórias LGBTQIA+ representativas da nossa comunidade, é que, neste ano, seis dos dez projetos são nacionais, e eles vão de instalações a dramaturgias desenvolvidas em VR, ambientes criados no metaverso, além da estreia mundial do trabalho de Igi Lola Ayedun, totalmente desenvolvido com inteligência artificial. 

Este ano, celebramos a 8ª edição do MixLab, um encontro entre realizadores, produtores e outros trabalhadores do audiovisual brasileiro e estrangeiro que visa promover o intercâmbio de experiências e relações profissionais através de apresentações, palestras e debates. O MixLab é uma parceria com a Spcine, que possui uma vitrine exclusiva de destaques do festival, exibida dentro da plataforma Spcine Play. 

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO:

09 a 19.11 | MIX.XR

Terças a sextas, das 13h às 19h (permanência até 20h); sábado, das 13h às 20h (permanência até 21h); e domingos e feriados, das 12h às 18h (permanência até 19h) 

MIX.XR 
O XR abrange uma diversidade de experiências imersivas com múltiplas tecnologias, oferecendo oportunidades únicas de interação. Ano passado, na estreia dos projetos MIX.XR no Mix Brasil, apenas uma das nove experiências apresentadas foi realizada por brasileiros. A prova de que estamos no caminho certo, de estimular o desenvolvimento de novas mídias para contar histórias LGBTQIA+ representativas da nossa comunidade, é que, neste ano, seis dos dez projetos são nacionais, e eles vão de instalações a dramaturgias desenvolvidas em VR, ambientes criados no metaverso, além da estreia mundial do trabalho de Igi Lola Ayedun, totalmente desenvolvido com inteligência artificial. 

Queer utopia 
(Dir. Lui Avallos, Brasil/Alemanha/Portugal, 16 anos) 
Em sua sala de estar, um dramaturgo aposentado faz uma revelação ao espectador, dirigindo-se a ele em um tom nostálgico e íntimo, como se fossem amigos, há muito tempo perdidos, se reencontrando: ele está perdendo suas memórias e busca companhia em uma jornada transformadora para reconstruir e preservar fragmentos de suas lembranças queridas. Inspirada em histórias reais de homens gays com mais de 60 anos, essa narrativa imersiva e interativa convida o público a testemunhar as memórias mais íntimas e contraditórias do protagonista antes que elas desapareçam. Por meio de uma reconstrução performática cativante da memória, utilizando a linguagem do teatro, “Queer Utopia: Act I Cruising” percorre espaços intrincados habitados por corpos efêmeros formados por partículas. A peça reúne um ensaio intergeracional sobre a luta pelos direitos LGBTQIA+, ao mesmo tempo em que investiga o passado para reimaginar uma visão utópica do futuro. 

Corpo invisível   
(Dir. Lia Kulakauskas, Brasil, 14 anos) 
Vermelho. Azul. Vermelho. Azul. Sirenes. Uma médica, um juiz, um escrivão, policiais. Um corpo encontra a si mesmo ao ser invisibilizado institucionalmente. 

Secret ID 
(Dir. Nivaldo Godoy Jr., Brasil, 14 anos) 
“Secret ID” é um audiovisual criado com inteligência artificial e arte sonora. A obra questiona a hipermasculinidade e a vida dupla presente no imaginário dos super-heróis. 

Bicho, gente, bicho 
(Concepção de Pedro Leobons, Brasil, 16 anos) 
A exposição virtual "Bicho, gente, bicho" reúne uma seleção de trabalhos, que vão desde desenhos feitos com mídia tradicional (tinta acrílica e pastel oleoso) a esculturas 3D, e representam a potência do corpo LGBTQIAP+ enquanto sobrevivente na sociedade. Representações literais, que retratam imagens facilmente reconhecidas como humanas, convivem com imagens animalescas e, por vezes, abstratas. A intenção é reforçar que, enquanto "gente", somos feitos de estados conflitantes, mas que convivem em paralelo: somos, ao mesmo tempo, racionais, pacíficos, contemplativos e também confusos, caóticos e selvagens. Esse último estado, animalesco e agreste, é o que, em muitos casos, nos permite sobreviver e nos defender de uma sociedade que segue nos repudiando e nos colocando à margem. Sendo assim, o trabalho se distancia de qualquer tipo de maniqueísmo (gente x bicho) e propõe uma discussão sobre a fluidez do corpo humano. O projeto busca representar, a partir de escolhas estéticas, a constante metamorfose e adaptabilidade do corpo, distante de classificações binárias de gênero, em resposta aos inúmeros traumas provocados pela sociedade. 

Labirinto imersivo 
(Dir. Gabriela Gama, Brasil, 16 anos) 
“Labirinto imersivo” apresenta a história de duas mulheres após o “felizes para sempre”. Porém, o que aparenta ser uma relação amorosa e feliz, esconde uma realidade bem diferente. Através de performances, o espetáculo imersivo em realidade virtual explora o ponto de vista da parcela omissa da sociedade em relação ao ciclo de violência feminina e como essas situações de abuso se apresentam de diversas formas, ao mesmo tempo em que discute a importância de combater a dizimação do empoderamento feminino. 

Ex aequo 
(Dir. Jean-Charles Mbotti Malolo, Karine Chaunac e Camille Duvelleroy, França, 14 anos) 
Dez histórias inspiradoras de atletas profissionais que enfrentam discriminação baseada em raça, gênero, orientação sexual e deficiência. Um pódio sem filtro e sem hierarquia, em dez episódios, devolvendo a palavra a quem proclama em voz alta seu direito de ser classificado como Ex aequo! 

Patience mon amour 
(Dir. Camille Duvelleroy, Dorothée Lachaud, França, 16 anos) 
Alice deseja um filho há muito tempo. Muito tempo. Gabrielle simplesmente nunca pensou nisso. Depois de sete anos de convivência, elas estão começando. A consulta é marcada numa clínica de Barcelona, mas Alice descobre que sofre de endometriose. Gabrielle, que nunca quis ter filhos, decide por amor fazer reprodução assistida. 

Neocristo 
(Dir. Roberto Riveros, Chile, 14 anos) 
Roberto Riveros é um artista multidisciplinar nascido no Chile que, por meio de suas redes sociais, cria o alterego Neocristo, que explora as diferentes identidades e interesses do autor através de suas criações 3D. Esse conteúdo cria um metaverso com grande viralidade na internet. Animações num universo pop, influenciadas pela cultura queer, estética de videogames e animes com contexto futurista. Suas obras são uma forma de expressar pensamentos íntimos, erotismo queer, complexidades de sua vida e fantasias extraordinárias. Neocristo nasceu em 2018, em meio a uma crise de identidade, pela qual o autor foi internado devido a uma psicose messiânica. É assim que essa loucura é dosada em cápsulas de vídeo, e elas são o motor de todo um imaginário que tem cativado a internet em todo o mundo. 

TOM House the VR Experience 
(Dir. Márton Jelinkó e Carlos Marroquin, EUA/Finlândia, 16 anos) 
Tom of Finland (1920–1991) é possivelmente um dos mais celebrados e influentes criadores da arte erótica queer. "TOM House the VR Experience" é uma obra documental em realidade virtual que faz com que os visitantes penetrem na lendária residência de Tom, em Los Angeles, onde ele morou durante os últimos dez anos de sua vida. O trabalho apresenta três passeios temáticos pela casa, guiados pelo Sr. Durk Dehner, cofundador e presidente da Fundação Tom of Finland, além de uma galeria virtual, que expõe a obra de Tom como nunca vista antes. 

09.11 | Cinema

16h 
Queendom 

(Dir. Agniia Galdanova, França/EUA, 2023, 98 min, 14 anos) 
Gena, uma artista queer de uma pequena cidade da Rússia, se veste com roupas do outro mundo feitas de tralhas e fitas adesivas, e protesta contra o governo nas ruas de Moscou. Nascida e criada nas violentas ruas de Magadan, uma área polar na região dos campos de trabalhos forçados soviéticos, Gena tem apenas 21 anos. Ela leva ao palco performances radicais ao vivo que se tornam uma nova forma de arte e de ativismo. Fazendo isso, a artista quer mudar a percepção das pessoas sobre beleza e estranheza (“queerness”) e chamar a atenção para o assédio sofrido pela comunidade LGBT+. As performances — sempre sombrias, estranhas, evocativas e totalmente queer — são a manifestação do subconsciente de Gena. Mas elas têm um preço. 

18h 
A marca dos seus lábios
 
(Dir. Julián Hernández, México, 2023, 80 min, 16 anos) 
Román é um ator de filmes B e está isolado em seu apartamento, já que uma pandemia mantém o mundo no limite. Aldo, um jovem indígena, é um trabalhador essencial a quem as autoridades permitem a circulação. Os dois vivem de frente um para o outro em um complexo de apartamentos. Eles se encontram online, onde podem conversar e até se ver durante as chamadas de vídeo, mas não podem se encontrar pessoalmente. Com o tempo, surge a tentação de quebrar a quarentena. 

20h 
Drifter 

(Dir. Hannes Hirsch, Alemanha, 2023, 79 min, 18 anos) 
Moritz vai com o namorado, Jonas, para Berlim, mas é abandonado por ele em poucas semanas. Por um tempo, encontra segurança em Noah, um homem mais velho, mas logo segue em frente. Ele muda o visual e se atira no vibrante mundo tecno da cidade. Aprende a expressar seus desejos reprimidos, mas também começa a se perder em drogas e alienação emocional. Com a ajuda de seus amigos queer, Moritz desenvolve suas próprias ideias de sexualidade e masculinidade, o que o levará um pouco mais para perto de si mesmo. 

11.11 | MixLab

MixLab 
Este ano, celebramos a 8ª edição do MixLab, um encontro entre realizadores, produtores e outros trabalhadores do audiovisual brasileiro e estrangeiro que visa promover o intercâmbio de experiências e relações profissionais através de apresentações, palestras e debates. O MixLab é uma parceria com a Spcine, que possui uma vitrine exclusiva de destaques do festival, exibida dentro da plataforma Spcine Play. 

14h30 
Masterclass com a cineasta Lilla Halla
 
(12 anos) 
A cineasta Lillah Halla fala sobre o seu trabalho na área do audiovisual, abordando seu processo criativo, sua experiência com gravações dentro e fora do Brasil e as características e desafios encontrados nesse trajeto.  

17h 
IA no audiovisual | Making Of Campanha MixBrasil – desenvolvida pela Stink com diretor Adriano Gonfiantine 

(12 anos) 
O diretor da Stink, Adriano Gonfiantini, apresenta o case da nova campanha do Festival MixBrasil “A gente nunca foi tão mix”, que foi 100% realizada com inteligência artificial em um experimento que mistura diversos tipos de ferramentas e técnicas para a construção do filme. 

11.11 | Cinema

14h 
Mutt 

(Dir. Vuk Lungulov-Klotz, EUA, 2023, 87 min, 14 anos) 
Feña, um jovem trans em movimento na cidade de Nova York, enfrenta um dia intenso. Num intervalo de 24 horas, seu pai estrangeiro, seu ex-namorado hétero e sua meia-irmã de 13 anos reaparecem em sua vida. Sem contato com essas pessoas desde a transição, Feña precisa navegar pelas novas dinâmicas dos antigos relacionamentos, enquanto enfrenta os desafios do dia a dia.

16h 
Todas as cores entre o preto e o branco 

(Dir. Babatunde Apalowo, Nigéria, 2023, 93 min, 16 anos) 
Bambino vive sua vida de homem solteiro. Seu trabalho de motoboy em Lagos lhe garante uma renda estável, mesmo com a promoção prometida demorando muito a chegar. Ele é querido por toda a vizinhança, ajuda os outros financeiramente quando pode e é compreensivo quando atrasam os pagamentos que lhe devem. Os avanços de sua vizinha Ifeyinwa não lhe dizem nada, mas quando ele encontra o carismático Bawa, os dois se conectam imediatamente. Um concurso fotográfico os fará dirigir juntos por toda a cidade em buscas que levam o dia todo. Conforme Bawa o observa através das lentes de sua câmera, logo fica claro que ele vê em Bambino não apenas um bom modelo, mas também algo mais que só um amigo. 

18h 
Birder 

(Dir. Nate Dushku, EUA, 2022, 87 min, 18 anos) 
O observador de pássaros Kristian Brooks invade um camping nudista queer junto a um lago em New Hampshire. Ele se transforma no que for necessário para atrair os moradores locais para o seu fetiche sombrio. Consentimento nunca foi algo tão mortal. 

20h 
Nosso verão daria um filme 

(Dir. Zacharias Mavroeidis, Grécia, 2023, 106 min, 16 anos) 
Demos e Nikitas são melhores amigos, atores e parceiros na escrita. Nikitas está de saco cheio de apenas ser escalado para papéis queer estereotipados e decide criar a representação que ele anseia desesperadamente ver, dirigindo seu primeiro filme. Enquanto os dois amigos mergulham de peito nu sob o sol quente do verão grego em uma agitada praia nudista, eles desenvolvem a ideia de um roteiro baseado nos dramáticos eventos do verão passado. 

12.11 | MixLab

MixLab 
Este ano, celebramos a 8ª edição do MixLab, um encontro entre realizadores, produtores e outros trabalhadores do audiovisual brasileiro e estrangeiro que visa promover o intercâmbio de experiências e relações profissionais através de apresentações, palestras e debates. O MixLab é uma parceria com a Spcine, que possui uma vitrine exclusiva de destaques do festival, exibida dentro da plataforma Spcine Play. 

17h 
Minhas memórias com Foucault, Hervé Guibert e uma França assolada pela sorofobia 

(Classificação: 12 anos) 
Mathieu Lindon nasceu em 1955. Escritor e crítico literário, trabalha há muitos anos no jornal Libération. É autor de diversos romances, e recebeu, em 2011, o Prêmio Médicis, por “O que amar quer dizer”, publicado pela Nós em 2023. Foi amigo próximo de Michel Foucault e Hervé Guibert, figuras constantes em sua obra. A Editora Nós também acaba de publicar seu romance “Hervelino”.  

14.11 | Cinema

16h 
Summer qamp 

(Dir. Jen Markowitz, Canadá, 2023, 80 min, livre) 
No Camp fYrefly, um acampamento de verão LGBT+ escondido entre as Montanhas Rochosas canadenses e o vale do Rio Bow, em Alberta, adolescentes queer, não binários e trans conseguem viver sua juventude em um território solidário e livre de julgamentos. Lá, eles podem explorar seus verdadeiros "eus" ao criarem comunidades e lembranças que vão durar a vida toda. 

18h 
Blue ID 

(Dir. Burcu Melekoglu e Vuslat Karan, Turquia, 2022, 84 min, 16 anos) 
Na Turquia, os documentos de identidade são azuis para os homens e cor-de-rosa para as mulheres. Em 2012, um radiante Rüzgar Erkoçlar recebe sua primeira injeção de testosterona, dando um importante passo em sua afirmação de gênero. Será que ele poderia imaginar, então, o quão árdua seria sua jornada? 

20h 
Kokomo City: a noite trans de Nova York 

(Dir. D. Smith, EUA, 2023, 73 min, 16 anos) 
Rotinas matutinas e conversas na cama, fofocas e papo sério. Em seus encontros e entrevistas, D. Smith retrata quatro mulheres trans negras trabalhadoras do sexo em Nova York e na Geórgia. As protagonistas falam de suas vidas com apreço, mas sem suavizar. As conversas que surgem são reflexões profundas e apaixonadas sobre questões sociopolíticas e realidades sociais, assim como análises perspicazes de pertencimento e identidade dentro da comunidade negra e para além dela. 

15.11 | MixLab

14h 
Deeper – Bate-papo com Janaina Leite 

(Classificação: 18 anos) 
“Deeper” é uma experiência imersiva que une arte e tecnologia, performance ao vivo e realidade 3D para explorar e questionar os limites do que conhecemos hoje por "consciência humana" manifestada em experiências limiares. Os territórios da loucura, do sexo, da psicodelia e da proximidade com a morte revelam-nos uma extensa plasticidade do que hoje entendemos por consciência, que parece ressoar, também, na investigação sobre as tecnologias que utilizam a realidade virtual. No Festival Mix Brasil, o trabalho apresenta uma versão demo, com apresentação do projeto e bate-papo com a equipe criadora e visita à realidade imersiva através de óculos 3D. 

15.11 | Cinema

16h 
Queendom 

(Dir. Agniia Galdanova, França/EUA, 2023, 98 min, 14 anos) 
Gena, uma artista queer de uma pequena cidade na Rússia, se veste com roupas do outro mundo feitas de tralhas e fitas adesivas, e protesta contra o governo nas ruas de Moscou. Nascida e criada nas violentas ruas de Magadan, uma área polar na região dos campos de trabalhos forçados soviéticos, Gena tem apenas 21 anos. Ela leva ao palco performances radicais ao vivo, que se tornam uma nova forma de arte e de ativismo. Fazendo isso, a artista quer mudar a percepção das pessoas sobre beleza e estranheza (“queerness”) e chamar a atenção para o assédio sofrido pela comunidade LGBT+. As performances — sempre sombrias, estranhas, evocativas e totalmente queer — são a manifestação do subconsciente de Gena. Mas elas têm um preço. 

18h 
Corpo presente
 
(Dir. Leonardo Barcelos, Brasil, 2023, 79 min, 16 anos) 
Uma investigação do corpo como forma de arte, de expressão e de identidade, traçando um retrato contemporâneo de suas possibilidades. Os múltiplos corpos no filme são corpos políticos, que criam e propõem novos universos, sinalizando novas formas de existir no mundo, traduzindo a sociedade atual em toda sua complexidade. 

20h 
Drifter 

(Dir. Hannes Hirsch, Alemanha, 2023, 79 min, 18 anos) 
Moritz vai com o namorado, Jonas, para Berlim, mas é abandonado por ele em poucas semanas. Por um tempo, encontra segurança em Noah, um homem mais velho, mas logo segue em frente. Ele muda o visual e se atira no vibrante mundo tecno da cidade. Aprende a expressar seus desejos reprimidos, mas também começa a se perder em drogas e alienação emocional. Com a ajuda de seus amigos queer, Moritz desenvolve suas próprias ideias de sexualidade e masculinidade, o que o levará um pouco mais para perto de si mesmo. 

16.11 | Cinema

16h 
A vida são dois dias 

(Dir. Leonardo Mouramateus, Brasil, 2022, 82 min, 12 anos) 
A pacata rotina de Rómulo no Rio de Janeiro muda da noite para o dia quando um acidente dá início a uma onda de eventos absurdos. Longe dali, Orlando, seu irmão gêmeo e negociante de obras raras, tenta comprar o livro de uma estudante brasileira com problemas financeiros. A vida dos gêmeos entrará em rota de colisão graças à chegada de um misterioso manuscrito. 

18h 
Curtas: Essa minha canção 

(58 min, 14 anos) 

No encontro tudo se dilui 
(Dir. Fe A. Avila, Brasil, 2022, 5 min, 14 anos) 
O ego quer nos manter presos à certeza da identidade, mas a alma quer se diluir, sentir que faz parte de algo muito maior que o eu. Tudo se transforma, a natureza é mudança. No encontro, tudo se dilui. 

Pássaro memória 
(Dir. Leonardo Martinelli, Brasil/Reino Unido, 2023, 15 min, livre) 
Um pássaro chamado Memória esqueceu como voltar para casa. Lua, uma mulher trans, tenta encontrá-la nas ruas do Rio de Janeiro, mas a cidade pode ser um lugar hostil. 

Peixe vivo 
(Dir. Bob Yang e Frederico Evaristo, Brasil, 2023, 12 min, livre) 
Junior aguarda a chegada de sua boia para que possa finalmente entrar na piscina. 

Mandinga 
(Dir. Adriana Samara da Silva Oliveira, Brasil, 2022, 19 min, 12 anos) 
Benedito desperta para mais um dia de trabalho como motoboy. Embalado por "Mandinga", de Raidol, e guiado pelos seus Orixás, ele busca misteriosas encomendas para levá-las ao destino final. 

A tábua esmeralda 
(Dir. Felippe Moraes, Brasil, 2023, 7 min, livre) 
Bianca Exótica encontra um objeto mágico que a transporta para dentro de si. Nessa viagem alquímica ao som de house music, ela se depara com saberes que a transmutam na versão iluminada do seu ser. 

20h 
20.000 espécies de abelhas 

(Dir. Estibaliz Urresola Solaguren, Espanha, 2023, 129 min, 14 anos) 
Uma criança de oito anos luta contra o fato de que as pessoas continuam se dirigindo a ela de maneiras confusas. Durante um verão no País Basco, entre as colmeias e as abelhas, ela explora sua feminilidade ao lado das mulheres de sua família, que, ao mesmo tempo, refletem sobre suas próprias vidas e desejos. 

17.11 | Cinema

16h 
Todos morrem tentando fazer uma obra-prima 

(Dir. Gustavo von Ha, Brasil, 2023, 93 min, 14 anos) 
Documentário permeado de ficções em torno de um grupo de artistas em residência na Fundação Yaddo, uma das residências artísticas mais antigas dos EUA, que fica em Saratoga Springs, Upstate New York. Por meio da produção, o grupo fez um experimento coletivo que trata da experiência individual sobre o processo de criação de uma obra-prima. À medida que o filme se desenrola, os personagens vão enlouquecendo com suas próprias questões, revelando a angústia da criação artística. 

18h 
Curtas: Mix 60+ 

(74 min, 16 anos) 

2ª pessoa 
(Dir. Rita Barbosa, Portugal, 2022, 16 min, 16 anos) 
Um cano velho provocou uma infiltração no teto de um banheiro. Nesse teto, cresceram cogumelos. Sentada no vaso, a senhora dessa casa olha para cima e observa aquele mágico e misterioso fungo que não é bicho, nem é planta. 

Marcas de sol 
(Dir. Martha Mariot, Brasil, 2023, 18 min, livre) 
Adriana leva uma vida tranquila de aposentada com a esposa Paola. A chegada da filha distante, que não sabe sobre seu relacionamento, a faz confrontar sentimentos complicados. 

Saudades de mim 
(Dir. Julian Wonn, Alemanha, 2023, 10 min, 14 anos) 
Dita Rita Scholl é um ator e pioneiro na arte queer performática desde os anos 1970. Tendo passado por frequentes rejeições durante toda sua vida, Rita desenvolveu um forte anseio pelo toque físico e emocional. 

O prazer é todo meu 
(Dir. Vanessa Sandre, Brasil, 2023, 19 min, 14 anos) 
Quando Amélia se dá conta de que nunca teve um orgasmo em seus 76 anos de vida, tudo muda. Agora ela está decidida a ter um, custe o que custar. 

O bloco dos corações valente
(Dir. Loli Menezes, Brasil, 2023, 11 min, 12 anos) 
Mocinha e Madalena convidam um casal de amigos para um jantar de despedida. 

20h 
De volta à Córsega 

(Dir. Catherine Corsini, França, 2023, 110 min, 16 anos) 
Khédidja trabalha para uma rica família parisiense que lhe ofereceu a chance de cuidar das crianças durante um verão na Córsega. Trazendo consigo suas filhas adolescentes Jessica e Farah, esta é a oportunidade de retornarem à ilha que deixaram 15 anos antes, em circunstâncias trágicas. Enquanto a mãe se atraca com suas memórias, as duas garotas se entregam a todas as tentações do verão: encontros inesperados, travessuras e experiências com o primeiro amor. Enquanto isso, questões sobre seu passado distante na ilha submergem, levando-as a mergulhar mais fundo na versão dada pela mãe para a história da família. 

18.11 | MixLab

14h30 
Encontro com os cineastas Zeno Graton e Nate Dushku 

(Classificação: 12 anos) 
O cineasta belga Zeno Graton, diretor do filme “O paraíso” (Le Paradis), e o realizador e produtor norte-americano Nate Dushku, diretor do filme “Birder”, conversam com o público do festival sobre seus filmes e o panorama da produção cinematográfica LGBT+ atual. 

16h 
Bate papo sobre MixGames 

(Classificação: 12 anos) 

18.11 e 19.11 | MixGames

18.11 das 14h às 20h, e 19.11 das 12h às 18h

MixGames 
Evento dentro do Mix Brasil com exposição de vídeo games digitais, onde o público pode jogar games queer ainda não lançados e conversar diretamente com seus desenvolvedores. O objetivo é trazer essa linguagem audiovisual para os espaços do Mix e conscientizar e fidelizar o público dos jogos independentes LGBT+. 

Curadoria e produção: Sofia Wickerhauser e Ariel Velloso. 

Sofia Wickerhauser é cineasta e produtora da White Wolfy. Realizou diversos curtas LGBT+ que, juntos, já estiveram em mais de 200 edições de festivais internacionais. Trabalhou com distribuição de curtas e longas e participou de comitês de seleção de filmes de diversos festivais, como o Mix Brasil, Curta Kinoforum, Whistler Film Festival, entre outros. Atualmente, é curadora do Wicked Queer em Boston. 

Ariel Velloso é formado em Game Design pela Anhembi Morumbi (2010). Foi Gamemaker Relations e assistente de produção no primeiro BIG Festival (2012), maior festival de games independentes da América Latina. De 2014 a 2019, trabalhou com políticas públicas para games na Spcine, organizando eventos na Virada Cultural de SP e coordenando editais. Em 2018, inaugurou seu estúdio de games Aipo Digital, que tem dois projetos em produção financiados pelo PROAC. 

Pivot of hearts 
O programador Wén Xiàn tem uma segunda chance no amor, mas não é aquilo que ele esperava. Ele será capaz de seguir pelo caminho menos trilhado e encontrar a verdadeira felicidade? Ponha suas cartas na mesa e descubra em “Pivot of hearts”, um visual novel and não-monogâmica! 

Hands of timber 
“Hands of timber” retrata a jornada de uma bonequinha de madeira que acorda dentro da mente de seu criador. Para encontrar seu pai, ela deve vagar por suas memórias… as boas, as ruins, e as incompletas. Explorando a mente de um marceneiro e suas memórias, “Hands of timber” aborda, de forma sensorial, a solidão de um homem negro e gay que trabalhou em um circo durante a maior parte de sua vida, entre os anos 1920 e 1970. Através de polaroids, o jogo lhe convida a interpretar o que ainda resta ao homem 

Lipsync killers 
“Lipsync killers” é um jogo musical com elementos de RPG e jogos luta, inspirado nos famosos lip syncs performados por drag queens. O jogador precisa ganhar estrelas, acumular dinheiro e diamantes para liberar novos níveis dos personagens, aumentar seus pontos, liberar novas skins e personagens jogáveis. 

My true self 
Uma visual novel onde o jogador guia um menino trans em sua jornada para encontrar um novo nome e descobrir a si mesmo. 

18.11 | Cinema

14h 
Curtas: Crescendo com a diversidade 

(54 min, livre) 

Nem toda bagunça é fuá 
(Dir. coletiva – Oficina Crescendo com a Diversidade, Brasil, 2023, 10 min, livre) 
Crianças de nove e dez anos falam sobre as influências da cultura africana no Brasil. 

Bonita de rosto 
(Dir. Ana Squilanti, Brasil, 2023, 19 min, livre) 
Celina, de 12 anos, descobre que jamais seria considerada a menina mais bonita da sala. 

Bolha 
(Dir. Leandro Ricardo Wenceslau, Brasil, 2023, 15 min, livre) 
A história de João, um garoto de 13 anos que acabou de se mudar com sua mãe e enfrenta o desafio de se adaptar a uma nova casa, escola e estrutura familiar após a morte de seu pai. 

Trancinhas 
(Dir. Mariana Stolf Friggi, Brasil, 2022, 10 min, livre) 
Tamara é adolescente e mal-humorada. Com o apoio de suas amigas Barbara e Duda, está sempre arrumando confusão. Porém, por trás das caras de mau humor, Tamara se revela com um coração mole e confuso. 

16h
Curtas: Meu nome é… 

(68 min, 16 anos) 

Divina 
(Dir. Ode, Brasil, 2023, 5 min, livre) 
Nos capítulos "Caminho", "Verdade" e "Vida", ao contar a história de Marcinha do Corintho, Ode postula que travestis podem envelhecer, ter legado, ser vitoriosas e vistas como sagradas. 

Consuella 
(Dir. Alexandre Figueirôa, Brasil, 2023, 23 min, 14 anos) 
Nas décadas de 1980 e 1990, Consuelo foi a travesti mais famosa do Recife. Tempos depois, foi morar na França, onde fez sua transição e se tornou vedete nos cabarés Carrossel de Paris e Madame Arthur. 

Uma oferenda musical 
(Dir. Rogelio Navarro, Argentina/Espanha, 2023, 20 min, 16 anos) 
Uma oferenda musical funciona da mesma forma que uma playlist ou uma pesquisa: há uma série de canções, uma série de perguntas. Há inúmeras outras coisas que — assim como nas playlists e nas pesquisas — aparecem de forma linear, mas que, na prática, acontecem ao mesmo tempo, e, talvez, pouco a pouco, moldem a ideia de algo maior. 

Dinho 
(Dir. Leo Tabosa, Brasil, 2023, 20 min, 10 anos) 
A vida de Dinho é marcada por abandonos. Agora, sua mãe biológica retorna prometendo ficar, enquanto seu melhor amigo está para partir. 

18h 
Mutt 

(Dir. Vuk Lungulov-Klotz, EUA, 2023, 87 min, 14 anos) 
Feña, um jovem trans em movimento na cidade de Nova York, enfrenta um dia intenso. Num intervalo de 24 horas, seu pai estrangeiro, seu ex-namorado hétero e sua meia-irmã de 13 anos reaparecem em sua vida. Sem contato com essas pessoas desde a transição, Feña precisa navegar pelas novas dinâmicas dos antigos relacionamentos, enquanto enfrenta os desafios do dia a dia. 

20h 
Antígônadá
 
(Dir. Dora Longo Bahia, Brasil, 2022, 120 min, 12 anos) 
Após a morte de seus dois irmãos, Antígona e Ismênia refletem sobre as leis de "Deus" e as leis do Estado, os direitos dos cidadãos e dos socialmente excluídos. Tomando a obra "Antígona", de Sófocles, como ponto de partida, "Antígônadá" trata da situação política atual, e explora o aspecto revolucionário da personagem principal, uma mulher que desafia a ordem social estabelecida. 

19.11 | Cinema

14h 
Curtas: Famílias tradicionais brasileiras
 
(64 min, 16 anos) 

A lama da mãe morta
(Dir. Camilo Pellegrine, Brasil, 2023, 5 min, 12 anos) 
Vida, uma mulher trans preta, faz questão de despejar as cinzas de sua mãe sem a ajuda de ninguém, nem mesmo de sua namorada. Na solitude de seu ritual, ela é surpreendida. 

Por onde eu for não haverá rastros 
(Dir. Daniel Pires, Brasil, 2023, 19 min, 14 anos) 
André está prestes a se mudar para São Paulo, mas, ao ter seus planos de liberdade frustrados, precisa acertar as contas com o tio, que também é seu pai adotivo. 

Os dias depois 
(Dir. Thiago Bezerra Benites, Brasil, 2022, 21 min, 16 anos) 
Um luto impossível de ser ritualizado em função de uma pandemia termina colocando no mesmo apartamento uma irmã e um irmão que há muito não se viam. 

Ficção suburbana 
(Dir. Rossandra Leone, Brasil, 2023, 19 min, 12 anos) 
Entre afetos e tensões, o casal Marcela e Camila se relaciona com o cotidiano de suas raízes suburbanas. 

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