50 Anos do Núcleo de Cinema de Animação de Campinas
Exibições + bate-papo
31.05
SÁB
10H
Data
31.05
Horário
Das 10h às 18h
Ingresso
Gratuito (retirada com uma hora de antecedência na bilheteria do Museu para cada atividade)
Local
Auditório MIS (172 lugares)
Classificação
10 anos
O MIS abre as portas para a comemoração dos 50 anos do Núcleo de Cinema de Animação de Campinas! Além da programação de cinema e bate-papo, o Museu terá em exibição um zootrocópio, uma das primeiras invenções que deu origem ao cinema.
Programação
10h | Abertura
Roda de conversa sobre animação com Wilson Lazaretti, Mauricío Squarisi, Patrícia Alves Dias e Arnaldo Galvão. Após a conversa, serão exibidos os curtas-metragens abaixo:
“O pintinho Piu Piu”
(Mônica Maria de Oliveira, 1981, 11 anos, 0:52)
O pintinho Piu Piu está para nascer e a mamãe galinha está ansiosa para ver o seu bebê.
“O robô apaixonado”
(Marcelo Greb Fernandes*, 1981, 11 anos, 1:15)
Um cientista cria seu robô, mas sente que lhe falta uma companheira.
“A Lua e as estrelas”
(Fernanda Mattos, 1980, 10 anos, 1:33)
As estrelas não permitem que a Lua fique no céu.
“Boa desculpa”
(Luis Cardoso Baptista, 1981, 10 anos, 1:21)
Um trabalhador preguiçoso prepara-se para pedir um atestado médico em uma farmácia – e funciona!
“Uma cozinheira”
(Joana Cardoso Baptista, 1981, 11 anos, 0:42)
Uma cozinheira atrapalhada, mas feliz, prepara o seu almoço.
“Çuikiri”
(vários autores, 1991, 5:29)
Curta-metragem realizado em São Gabriel da Cachoeira (AM) com 35 crianças de quase 23 etnias diferentes. O filme trata do nascimento de uma criança que vem ao mundo para tentar transformá-lo.
14h | Exibição do longa-metragem “Café, um dedo de prosa”
(Maurício Squarisi, 2017, 72 minutos)
Um casal de amigos se encontra em uma cafeteria. Enquanto saboreiam a bebida cafeinada, conversam sobre a história do café, desde a descoberta na África até a malandra entrada no Brasil e toda a influência que teve na economia e na cultura do país. Toda a prosa dos amigos é ilustrada por desenho animado.
16h | Exibição do longa-metragem “História antes de uma história”
(Wilson Lazaretti, 2014, 78 min)
Dr. K é um velho senhor que gosta de caminhar bastante, sempre curioso e em busca de novos conhecimentos. A certa altura do caminho, estranhos e misteriosos objetos começam a aparecer em sua estrada. Aos poucos, Dr. K percebe que os objetos na verdade vão ajudá-lo a desvendar um mistério muito maior: as técnicas corretas para criar uma animação.
Sobre os participantes
Wilson Lazaretti
Com uma trajetória que se entrelaça com a própria história do Núcleo de Animação de Campinas, Wilson Lazaretti é uma referência incontornável na produção e no ensino da animação no Brasil. Artista visual, animador e professor no Instituto de Artes da Unicamp desde a década de 1990, Lazaretti formou e inspirou inúmeros estudantes, sempre incentivando o pensamento crítico, a liberdade no traço e o comprometimento com a poética pessoal. Como artista, construiu um repertório autoral que atravessa temáticas sociais e filosóficas, sendo reconhecido nacional e internacionalmente. Trabalha atualmente na produção de seu segundo longa-metragem, “História durante uma história”. Autodidata, também fabrica materiais didáticos e brinquedos ópticos para o ensino da animação.
Maurício Squarisi
O campineiro Maurício Squarisi é animador, cartunista e diretor de cinema. Integra o Núcleo de Cinema de Animação de Campinas desde 1979, onde desenvolve atividades educativas e de formação, mantendo, paralelamente, um intenso trabalho autoral. Em seu vasto currículo, estão dezenas de filmes que dirigiu, além da participação em inúmeros outros trabalhos como produtor, animador e colaborador. Atualmente, dedica-se a “Vapor speranza”, seu segundo longa, que reforça seu interesse por temas históricos, desta vez abordando a imigração italiana. Fez curadoria para o Ecocine – Festival Internacional de Cinema Ambiental e Direitos Humanos, para o Festival Curtaflix e para três edições da Mostra Curta Audiovisual Campinas. Acumula participação em júri de vários festivais no Brasil e no exterior e como parecerista em editais de audiovisual da Bahia e de Pernambuco.
Patrícia Alves Dias
Nascida em Olinda (PE), Patrícia Alves Dias é realizadora e criadora de cinema infantojuvenil. Formada em desenhos animados pelo National Film Board of Canada (NFBC – Escritório Nacional do Filme do Canadá) e artista residente nos Estúdios de Cinema de Barrandov Jirí Trnka (República Tcheca), é mestre em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com especialização em Infância, Juventude e Cultura Contemporânea. Sua obra já foi premiada em importantes festivais e instituições, como Anima Mundi, Prix Jeunesse América Latina, Nueva Mirada, Ottawa Animation, CINANIMA e Festival de Havana. Seu projeto “Carta animada pela paz” foi reconhecido pela UNESCO como uma das Melhores Práticas de Mídia da América Latina. Dirigiu a série “O menino que engoliu o sol”, finalista do Japan Prize, realizada com recursos da ANCINE, EBC e BRDE e produzida por Joel Pizzini. Atualmente, também leciona para crianças na Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage, no Rio de Janeiro.
Arnaldo Galvão
Nascido em Recife e radicado em São Paulo desde 1972, Arnaldo Galvão iniciou sua carreira como cartunista em veículos como Pasquim, Versus e Folha de S.Paulo. A partir dos anos 1980, passou a se dedicar à animação, atuando em roteiros, criação de personagens e direção de séries e curtas e longas-metragens. Trabalhou com Mauricio de Sousa, integrou o núcleo criativo do programa “Rá-Tim-Bum” e foi professor convidado em instituições como o Sesc e a Universidade Anhembi Morumbi. Seu curta “Almas em chamas” (2000) foi exibido em 70 festivais internacionais e recebeu 20 prêmios, incluindo o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Fundador da Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA) e da ABRANIMA, coordenou o livro “Animação brasileira: 100 animações essenciais” e atuou como jurado e curador em festivais como os de Annecy (França) e Ottawa (Canadá). Em 2025, estreia nos cinemas com dois longas de animação: “Mundo proibido”, premiado em Annecy em 2022, e “Fabulosos João e Maria”, já selecionado por 45 festivais e vencedor de 18 prêmios.
