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Museu da Imagem e do Som

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Ciclo de Cinema e Psicanálise | Border

Vencedor de premiação em Cannes é exibido no projeto.

Data

08/10/2019

Horários

Terça, às 19h

Ingresso

Gratuito | Retirada 1h antes na recepção

Proibida a entrada com comida e bebida no Auditório MIS

No dia 08 de outubro, o MIS realiza o Ciclo de Cinema e Psicanálise com exibição do drama fantástico Border, vencedor da mostra Um certo olhar do Festival de Cannes de 2018. O programa é uma parceria com a Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo e apoio da Folha de S.Paulo. A sessão, que tem entrada gratuita e acontece no Auditório MIS (172 lugares), será seguida por bate-papo com o psicanalista convidado Ricardo Trapé Trinca e o jornalista Naief Haddad. A edição deste mês é a última do módulo Mal-estar na civilização e violência.

Border (dir. Ali Abbasi, Suécia/Dinamarca, 2019, 110 min, 16 anos, digital)

Tina é uma policial que trabalha no aeroporto fiscalizando bagagens e passageiros. Depois de ser atingida por um raio na infância, ela desenvolveu uma espécie de sexto sentido, fazendo com que seja capaz de “ler as pessoas” apenas pelo o olhar. Isso sempre representou uma vantagem na sua profissão, mas tudo muda quando ela identifica um criminoso em potencial e não consegue achar provas para justificar sua intuição. Após o episódio, ela passa a questionar seu dom, ao mesmo tempo em que fica obcecada em descobrir qual o verdadeiro segredo de Vore, seu único suspeito não legitimado.

Para a mediadora do projeto, Luciana Saddi, Border é um filme que integra conteúdo e forma de maneira exemplar. "Em relação ao conteúdo, somos apresentados à personagens estranhos, quase que deformados, com habilidades animalescas, envolvidos em uma trama de investigação e suspense. Em relação à forma, o filme rompe com os tradicionais gêneros cinematográficos por reunir quase todos os gêneros ao mesmo tempo. Drama, tragédia, comédia, suspense, policial, terror, jornada, autoconhecimento, sexualidade – infinitas as possibilidades de leitura, de camadas de sentido sobrepostas, compostas, condensadas e justapostas que Ali Abbasi é capaz de produzir em muitas das cenas. Além de uma permanente sensação de estranhamento. O mal-estar está presente em todas as formas de cultura, não apenas na civilização judaico-cristã. Em cada cultura, adquire características peculiares. Na nossa, costuma ser acompanhado por questionamentos. A grande qualidade de nossa cultura é a liberdade de poder questionar seus limites, de interrogar os processos que nos fazem ser como somos, a ponto de expor, até os últimos limites, a construção, o absurdo e a farsa que é ser humano".

Sobre os convidados

Ricardo Trapé Trinca é psicanalista, formado em psicologia e filosofia pela PUC-SP, mestre em filosofia pelo PUC-SP e doutor em psicologia clinica pela USP. Membro do corpo editorial da Revista Brasileira de Psicanálise e Membro filiado ao Instituto “Durval Marcondes”, da SBPSP.

Naief Haddad é jornalista da Folha de S.Paulo. Foi editor de Esportes do jornal e editor de projetos especiais, gastronomia e turismo. Um dos criadores do Guia da Folha, também foi editor-assistente da Ilustrada. Ganhou cinco vezes o Prêmio Folha e recebeu o prêmio Society for News Design Annual Creative Competition por seu trabalho durante a Copa de 2014.

Sobre o Ciclo de Cinema e Psicanálise

A cada edição o ciclo traz um filme em longa-metragem (ficcional ou documental) seguido de debate com um jornalista e um psicanalista convidado. Em seguida, o público pode participar com perguntas, integrando novas perspectivas sobre a obra discutida. A temporada 2019 está dividida em cinco temas, exibindo dois filmes de cada, sendo eles: Sexualidade, Violência, Poder, Religião e Infância. O ciclo pretende discutir, à luz da Psicanálise, algumas questões suscitadas por obras do cinema moderno e contemporâneo, e proporcionar também formas transdisciplinares de compreensão. O tema, que norteia os debates e a seleção dos filmes, surgiu a partir do ensaio O mal-estar na civilização (1929), escrito por Freud. Neste, o psicanalista afirmava que o progresso civilizatório e tecnológico cobrava elevado preço do indivíduo. Exigia renunciar à agressividade e à sexualidade – como esforço necessário ao desenvolvimento civilizador. Por consequência, o homem se tornava refém do sentimento de culpa inconsciente e de constante mal-estar, ambos impeditivos da fruição da felicidade.

Sobre o Ciclo de Cinema e Psicanálise

A cada edição o ciclo traz um filme em longa-metragem (ficcional ou documental) seguido de debate com um jornalista e um psicanalista convidado. Em seguida, o público pode participar com perguntas, integrando novas perspectivas sobre a obra discutida. A temporada 2019 está dividida em cinco temas, exibindo dois filmes de cada, sendo eles: Sexualidade, Violência, Poder, Religião e Infância.

O ciclo pretende discutir, à luz da Psicanálise, algumas questões suscitadas por obras do cinema moderno e contemporâneo, e proporcionar também formas transdisciplinares de compreensão. O tema, que norteia os debates e a seleção dos filmes, surgiu a partir do ensaio O mal-estar na civilização (1929), escrito por Freud.

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