#CineCiência | Ensaio sobre a cegueira

A edição de setembro do #Cineciência do MIS traz sessão do aclamado "Ensaio sobre a cegueira", longa de Fernando Meirelles, seguida por debate com o público. O projeto do Museu apresenta, mensalmente, um filme acompanhado por bate-papo com especialistas na área – que abordam a interface entre o cinema e a ciência.

Com entrada gratuita, o #Cineciência acontece no dia 23 de setembro, sábado, no Auditório LABMIS (66 lugares). Após a sessão, historiadora Laura Trachtenberg Hauser comenta com os participantes os principais pontos apresentados pelo longa. O debate será mediado pelo coordenador da #REDEMIS, José Luiz Goldfarb.

Ensaio sobre a Cegueira (Blindness, 2008, Japão, Brasil e Canadá, dir. Fernando Meireles), que tem o roteiro baseado no livro homônimo do escritor português José Saramago, vencedor do Prêmio Nobel, retrata uma súbita epidemia de cegueira que resulta no colapso da sociedade. 

Numa cidade grande, o trânsito é interrompido quando um motorista não consegue dirigir e diz ter ficado cego. Ele é ajudado a chegar em casa por um homem, que acaba por roubar seu carro. No dia seguinte, ele e a mulher vão consultar um oftalmologista, que não descobre nada de errado com os olhos do primeiro cego. Esse diz ainda que uma "luz branca" impede a sua visão. Pouco tempo depois, todas as pessoas que tiveram contato com o primeiro cego – sua esposa, o ladrão, o doutor e os pacientes da sala de espera do consultório – também ficam cegas. O governo trata a doença como uma epidemia e imediatamente coloca de quarentena os doentes, em uma instalação vigiada o tempo todo por soldados armados. A mulher do oftalmologista é a única que não é afetada, mas finge estar com a doença para acompanhar o marido em seu confinamento.

Sobre a debatedora
Laura Trachtenberg Hauser é graduada em história pela Universidade Panthéon-Sorbonne, possui um mestrado em Mediação cultural pela Universidade Sorbonne-Nouvelle. Seus principais estudos discorrem sobre os diversos conceitos ou discursos relativos ao que definimos como cultura e seu impacto social através das políticas e instituições culturais no Brasil e na França. Atuando em meio a organização e coordenação de diversos projetos culturais, obteve experiências marcantes como, por exemplo, a assistência à coordenação do setor das Atividades Culturais do Mémorial de laShoah de Paris (2015), a coordenação local da Festa Literária de Paraty (2014) e a pesquisa para a apostila de formação para os mediadores da exposição Genesis de Sebastião Salgado (2013).
Mediação: José Luiz Goldfarb (coordenador da #REDEMIS)