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Museu da Imagem e do Som

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Em casa | Sessão + Bate-papo de Cinema Pontos MIS | Iracema – uma transa amazônica

O diretor do filme, Jorge Bodanzky, e a protagonista, Edna de Cássia, participam de um bate-papo a diretora e roteirista Giuliana Monteiro.

Data

05/11/2022

Horários

O filme fica disponível on-line de 04.11 a 06.11 por meio deste link. Bate-papo estreia no dia 05.11, às 18h, no canal do MIS no YouTube.

Ingresso

Gratuito on-line

Com interpretação em Libras 

Classificação indicativa 16 anos 

O Bate-papo de Cinema Pontos MIS realiza exibições de filmes seguidos de debates ao vivo no YouTube do Museu, buscando trazer membros da equipe dos filmes, pesquisadores da área, críticos de cinema, jornalistas e agentes cineclubistas para discutir sobre a obra e apresentar curiosidades da produção. 

Em novembro, o diretor do filme, Jorge Bodanzky, e a protagonista, Edna de Cássia, participam do programa comentando o filme “Iracema – uma transa amazônica” (Brasil, 1975, 91min, 16 anos). A história, narrada em estilo semidocumental, segue a trajetória de um caminhoneiro e uma prostituta, que viajam juntos pela Rodovia Transamazônica recém-construída. O caminhoneiro, apelidado de Tião “Brasil Grande”, fala sempre da sua confiança no progresso do Brasil e de quão bem a construção da rodovia em plena floresta ajudará isso acontecer. Seu caminhão tem o famoso adesivo “Brasil, ame-o ou deixe-o” (popularizado pelo regime militar da época) no para-brisa; o para-choque traz os dizeres “Do destino ninguém foge”. A mediação da conversa é da diretora e roteirista Giuliana Monteiro.   

Estreia do bate-papo no canal do MIS no YouTube

Sobre os convidados
Jorge Bodanzky
nasceu em São Paulo, em 1942. Formado em cinema pela Escola de  Design de Ulm, na Alemanha, iniciou sua carreira como fotógrafo, atuando em diversos órgãos da imprensa, entre eles a revista Realidade e o Jornal da Tarde. Sua estreia como diretor de cinema e sua ligação com a Amazônia aconteceram na década de 1970, com “Iracema – uma transa amazônica”, que denunciava a devastação da floresta e o modelo equivocado de ocupação. Este documentário ficcional, um dos filmes brasileiros mais premiados da década em festivais nacionais e internacionais, abriu caminho para uma sólida carreira, que inclui mais de 10 longas-metragens e dezenas de documentários para as TVs brasileira, alemã, francesa e italiana, como diretor, fotógrafo e produtor. Sua passagem para a internet se deu a partir de um CD-Rom sobre a Amazônia, encomendado pelo governo brasileiro para ser apresentado aos integrantes da reunião do G7, na Alemanha, em 1997. Além disso, realizou vários outros trabalhos nesta área, como os CD-ROMs para a Rio Filme sobre o Cinema Brasileiro dos Anos 1960 e para o Arquivo Nacional sobre o Rio 500 anos (O Rio de Janeiro no século XVI), além de sites para o Ibama, Unesco, Governo do Amapá e Parque Nacional do Itatiaia. série de seis capítulos “Transamazônica uma estrada para o passado” na HBO. Atualmente, assina uma coluna em vídeo para a revista ZUM do Instituto Moreira Salles e na revista amazonialatitude.com da Florida State University. 

Edna Cerejo, mais conhecida como Edna de Cássia, é atriz. De origem indígena, fez um único filme, “Iracema – uma transa amazônica”, em 1976, após ser descoberta em um programa de auditório de Belém pelo diretor Jorge Bodanzky. O filme seria censurado pela ditadura militar devido a sua temática – boa parte do filme é um contraponto à propaganda ufanista sobre a Transamazônica – sendo liberado apenas entre 1980 e 1981, quando iniciou sua participação em festivais e nas salas de cinema oficiais. Ela acabou ganhando o Troféu Candango do Festival de Cinema de Brasília de 1980 como melhor atriz. Ela decidiu não seguir a carreira, por não se considerar uma atriz. 

Sobre a mediadora
Giuliana Monteiro
é roteirista e diretora nascida em São Paulo. Formada em Multimeios pela PUC-SP, trabalhou como produtora durante oito anos antes de dirigir seus primeiros projetos. Em 2011, mudou-se para Nova York com uma bolsa de estudos para cursar o mestrado em roteiro e direção de filmes na Universidade de Nova York (NYU, Tisch School of the Arts). Dirigiu e roteirizou seis projetos de curta-metragem nos últimos três anos – os curtas “Raízes” (experimental), “Margarete 6422” (documentário), “Stay” (ficção), “Felicidade” (ficção) e “Eu não digo adeus, digo até logo” (ficção) – partindo de uma linguagem mais documental para ficção. 

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