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Museu da Imagem e do Som

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Notas Contemporâneas | Maria Alcina

O convidado de novembro é Maria Alcina, que conversará com Zeca Camargo no palco do auditório do MIS

Data

23/11/2022

Horários

20h

Ingresso

Ingresso gratuito (retirada com uma hora de antecedência na bilheteria do MIS)

Classificação indicativa livre 

O projeto mensal do MIS registra depoimentos de compositores e intérpretes icônicos da música popular brasileira. Entre os convidados que já participaram da iniciativa estão Ney Matogrosso, Carlinhos Brown, Simone, Ivan Lins e Moraes Moreira. 

 

A iniciativa se divide em duas etapas: a primeira é composta de um longo depoimento conduzido pela historiadora Rosana Caramaschi e realizado em estúdio, que passa a integrar o acervo do MIS. A segunda etapa é realizada ao vivo no palco do Auditório MIS, com mediação do jornalista Zeca Camargo e a presença do grupo Gama Musical, dirigida por Yan Montenegro, que cria releituras inéditas e exclusivas dos maiores sucessos do homenageado. A entrada é livre, e o público pode participar fazendo perguntas, que passam a integram o roteiro da noite. 

Na edição de novembro, o MIS faz um tributo à intérprete mineira Maria Alcina (Cataguases, Minas Gerais, 1949), figura irreverente conhecida por sua voz potente e rouca de contralto. Com gestos alegres e indumentária de plumas, paetês e muita maquiagem, destaca-se por suas apresentações que traem um repertório variado de sambas, canções carnavalescas e forrós.  

A artista gravou em 1971 seu primeiro compacto, com as canções “Azeitonas verdes”, de Marcus Vinicius, e “Mamãe, coragem”, de Caetano Veloso e Torquato Neto (1944-1972). No ano seguinte, fez uma temporada de sucesso cantando na boate Number One, em Copacabana, o que lhe rendeu convite para participar do VII Festival Internacional da Canção (FIC – TV Globo). Venceu a disputa interpretando “Fio maravilha”, de Jorge Ben, música que é destaque de seu álbum de estreia, “Maria Alcina” (1973). Em 2004, protagonizou “Por Lamartine… Babo”, espetáculo dedicado ao repertório do compositor carioca, dividindo o palco com os cantores Ney Mesquita e Fabiana Cozza. Maria Alcina tem oito álbuns individuais em sua discografia; o mais recente, “Espírito de tudo”, é totalmente dedicado à obra de Caetano Veloso. 

“Até hoje me perguntam se sou travesti”, comenta a artista. Com tom de voz grave e jeito moleque, Alcina explora uma ambiguidade de gênero comparável à de Ney Matogrosso. Em 2014, eles gravaram juntos o satírico samba-coco “Bigorrilho”. Na virada dos anos 2000, a intérprete se associou ao grupo eletrônico Bojo, com o qual lança os álbuns “Agora” (2003) e “Maria Alcina, confete e serpentina” (2009), repletos de loops, samplers e sintetizadores, pelo qual ganhou o Prêmio da Música Brasileira em duas categorias: Melhor cantora e Melhor álbum. Ao comemorar quatro décadas de carreira, Alcina é reconhecida e celebrada em música pelos compositores Arnaldo Antunes e Zeca Baleiro, que escrevem para ela, respectivamente, “De normal bastam os outros” e a autobiográfica “Eu sou Alcina”. 

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