MIS

Museu da Imagem e do Som

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Performance O apedrejamento nosso de cada dia

O MIS recebe a performance de Christiane Tricerri

Data

01/10/2019 a 03/10/2019

Horários

Terça a quinta, às 20h

Ingresso

Gratuito | Retirada 1h antes na recepção MIS

Classificação indicativa: 14 anos

O MIS recebe, no palco do Auditório MIS, a performance O apedrejamento nosso de cada dia. O monólogo da atriz e diretora Christiane Tricerri será apresentado nos dias 1, 2 e 3 de outubro, sempre às 20h, com entrada gratuita.

O último discurso de uma mulher antes de seu apedrejamento público: o texto fala desse esconderijo onde todos se encontram, esse lugar nenhum, atrás das mídias sociais, de seus celulares e computadores, sem rostos, sem corpos, que nos torna covardes ou corajosos, alternando as máscaras de apedrejador e apedrejado. É, antes, sobre o feminino como essência, em contraponto a um masculino que representa a violência e o poder. Na performance, a atriz Christiane Tricerri traz as palavras ao som de um microfone, como em um stand up tragedy, crua, íntima, raivosa e exposta ao público.

Texto: Fernando Bonassi

Adaptação, direção e interpretação: Christiane Tricerri

Luz e sonorização: Selma Dammenhain

Foto: Isadora Tricerri

Sobre a artista

Christiane Tricerri é atriz e diretora formada pela ECA/USP.

Aos 16 anos estreou Equus, de Peter Shaffer, no Teatro Ruth Escobar, ainda em caráter escolar, mas, desde esse momento, nunca mais deixou de se dedicar ao teatro. Em 1981, fz sua estreia profissional em Mal Secreto, direção de Roberto Lage e, em 1982, estreia em Bella Ciao, espetáculo que obteve todos os prêmios da crítica, inclusive o APCA de melhor intérprete à atriz. Em 1985, ingressa no Teatro do Ornitorrinco e participa durante dez anos seguidos em montagens como: Ubu, O Doente Imaginário, A Velha Dama Indigna, Sonho de uma Noite de Verão e A Comédia dos Erros, todas sob a direção de Cacá Rosset. Espetáculos — todos eles — de grande êxito no Brasil e exterior com carreiras de no mínimo dois anos. Foi com Sonho de uma Noite de Verão que a atriz se tornou conhecida no Brasil e nos EUA pela sua cena de nudez no Central Park. Com A Comédia dos Erros foi indicada para o Prêmio Shell de Melhor Atriz de 1994. Também em 1994 trabalhou com Celso Martinez Corrêa protagonizando Mistérios Gozozos. Como diretora fez Medea com Maria Alice Vergueiro, o show da cantora Fortuna e Fando e Lis, de Arrabal. Em 1996, estreou Quíntuplos, como atriz e produtora teatral, sob direção de Maria Alice Vergueiro. Em 2001, fez uma das filhas de Rei Lear, Regana, com Raul Cortez. Em 2002, fez Patty Diphusa, de Pedro Almodóvar e, em 2004, estreou Pagu Que., ambas com direção própria. Em televisão, participou das miniséries Anarquistas Graças a Deus, Walter Avancini, da TV Globo, Cometa, da TV Bandeirantes, e A Casa das Sete Mulheres, Jayme Mojardim. Em cinema, estreou seu primeiro longa-metragem como protagonista, Olhos de Vampa, de Walter Rogério, e o curta Cobrindo o Céu de Sombra, em que interpreta Maria Rosa, líder dos sertanejos na Guerra do Contestado. Em cinema, ainda, participou do longa País dos Tenentes, de João Baptista de Andrade, Erra Uma Vez, de Leopoldo Nunes, e Amor que Fica, de Alan Fresnot, e Nanoilusão, de Francisco Garcia e José Wagner Garcia. Participou de várias fotonovelas no Chiclete com Banana, de Angeli. Em 1994, lançou o livro de poemas Figos-da-Índia, pela editora Arte Pau-Brasil. Em 2006, retoma com o Teatro do Ornitorrinco, com a montagem de Georges Feydeau, O Marido vai à Caça. Em 2007, filma o curta-metragem A Cauda do Dinossauro, com roteiro seu e de Angeli, sob direção de Francisco Garcia. Em 2008, interpreta Catarina, em A Megera Domada, ao lado de Cacá Rosset e grande elenco, no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo. Em 2010, dirigiu, As Pagus. Participou do seriado 9 mm São Paulo na Fox. Em 2012, dirigiu A Saga da Bruxa Morgana e a Família Real, com Rosi Campos e grande elenco. Em 2013, fez Vega na novela Amor à vida, de Walcyr Carrasco, na Globo. E, em 2015, interpretou e dirigiu o monólogo A Merda (La Merda).

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