MIS

Museu da Imagem e do Som

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Programação paralela Maio Fotografia 2024 | Claudio Edinger

Abertura de exibição de fotografias de Claudio Edinger + bate-papo e lançamento de livro 

Data

18.05, às 16h (Lançamento de livro + bate-papo)

18 a 24 de maio (exibição fotográfica)

Horário

terças a sextas / 10h às 19h
sábados / 10h às 20h
domingos e feriados / 10h às 18h

* Permanência até 1h após o último horário

Ingressos

Gratuito

Local

Foyer do Auditório MIS

No dia 18 de maio, como programação paralela à exposição “Maio Fotografia no MIS 2024”, o MIS recebe o lançamento do livro “Coisas que eu vi” (editora Vento Leste, 2024) do fotógrafo Claudio Edinger, seguido de um bate-papo com o o professor, crítico de arte e curador Agnaldo Farias. De 18 a 24 de maio, o museu também recebe uma exibição de fotografias do artista, que estarão expostas no térreo, em frente ao Auditório MIS. 

No livro “Coisas que eu vi”, Claudio Edinger passa a vida em revista, ao comemorar 50 anos de fotografia, e nos presenteia com uma obra interessantíssima. Desde a década de 1970, esse carioca, criado em São Paulo, educado em Nova York, filho de mãe russa e pai alemão, economista que fotografa e escreve, judeu cercado de amigos católicos, iogue que adora o budismo e os sufis, investiga sua identidade pela fotografia. “Nunca consegui encontrar o meu lugar, e meu trabalho é essa busca inesgotável.”  

Para além da história de vida do autor, entrelaçada à fotografia, a obra traz relatos de episódios que marcaram seu trabalho – no edifício Martinelli, em São Paulo, nos tempos em que morou no excêntrico hotel Chelsea, em Nova York, na praia de Venice, em Los Angeles, em Havana Velha, em Cuba, Varanasi, na Índia…  

“Em cada projeto, procuro me aprofundar no conhecimento fotográfico, explorando câmeras de grande formato, luzes, composições, os assuntos mais diversos. A fotografia nos possibilita descobrir que o lugar da gente é em todos os lugares e, ao mesmo tempo, em lugar nenhum. Fotografamos sempre o que nunca vai ser igual, o momento que nunca mais vai existir.”  

Recheado de fotografias icônicas de cada período, incluindo Quarentena e a série Machina  Mundi, mais recentes, o livro é referência, assim como o autor, para a história da fotografia brasileira.  

“É essa experiência que compartilho com o leitor em ‘Coisas que eu vi’: os caminhos trilhados até aqui, a direção do olhar, a busca que nem sempre leva ao destino imaginado e, principalmente, o que a vida tem me mostrado para que, fazendo dos meus olhos meros instrumentos, eu possa apresentar ao mundo distintos pontos de vista.” 

Sobre o artista 

Claudio Edinger 

Nascido no Rio de Janeiro, em 1952, Claudio Edinger iniciou a carreira em meados dos anos 1970, enquanto estudava Economia na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Formou-se economista em 1974 e imediatamente começou a fotografar. Em 1975, documentou o luxuoso Edifício Martinelli, um dos primeiros arranha-céus da América Latina, que com o passar do tempo se transformou em um cortiço. Apresentou esse trabalho em sua primeira exposição, realizada no mesmo ano, no Museu de Arte de São Paulo – MASP. No ano seguinte, mudou-se para Nova York, onde morou por 20 anos. Durante a temporada nos Estados Unidos, Edinger desenvolveu vários projetos pessoais e trabalhou como fotógrafo para as revistas Time, Newsweek, Life, Rolling Stone, Vanity Fair e a revista de domingo do The New York Times. Em 1977, estudou com Philippe Halsman (1906-1979), famoso fotógrafo letão naturalizado americano, autor de mais de cem capas da revista Life. Depois de fotografar por dois anos os judeus hassídicos do Brooklyn, onde morou, Edinger realizou a primeira exposição em solo americano, no International Center of Photography, em 1978. De 1979 a 1994, atuou como professor de fotografia na Parson’s/New School e também no International Center of Photography (1992-1994). Nessa época, publicou os livros “Chelsea Hotel” (Abbeville Press, 1983) e “Venice Beach” (Abbeville Press, 1985). Ambos receberam a Leica Medal of Excellence. Em 1989 e 1990, fotografou os pacientes do Juqueri, o maior asilo para doentes mentais da América Latina, com 3.500 pacientes. Com esse trabalho, recebeu o Prêmio Ernst Haas. Em 1991, começou a fotografar o Carnaval em diferentes regiões do Brasil. Em 1994, foi fotografar Cuba. Seu livro “Havana Vieja” foi eleito um dos melhores do ano pela revista American Photo. Em 1996, voltou ao Brasil, e em sete anos publicou sete novos livros. Em 2000, começou a fotografar com uma câmera de grande formato, iniciando sua pesquisa com o foco seletivo. Em 2015, começou a pesquisa com fotos aéreas, que continua até hoje. 

Sobre o convidado 

Agnaldo Farias é professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), crítico de arte e curador. Foi curador, entre outros, das seguintes instituições e eventos: 3ª Bienal de Coimbra (2019); Museu Oscar Niemeyer (2016-2017); Instituto Tomie Ohtake (2000-2012); 11ª Bienal de Cuenca (2011); 29ª Bienal de São Paulo (2010); Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1998-2000); e Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (1990-1992). Recebeu o prêmio Melhor Retrospectiva, da APCA (1994); Prêmio Maria Eugênia Franco, da ABCA; e o prêmio Melhor Exposição de Fotografia, da APCA, (2022). 

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