MIS

Museu da Imagem e do Som

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Museu da Imagem e do Som

mObgraphia | Maio Fotografia no MIS 2017

Integrando o "Maio Fotografia no MIS 2017", a mObgraphia Cultura Visual traz três exposições: "Avessos e paradigmas", com obras dos veteranos German Lorca, Maureen Bisilliat, Nair Benedicto e Penna Prearo fotografando pela primeira vez com celular; #FLAMOB e "A arte da observação urbana" do coletivo Hikari Creative.

Data

13/04/2017 a 28/05/2017

Horários

Exposição encerrada HORÁRIO 12h-20h ter a sáb 11h-19h dom e feriados permanência de 1h após o último horário CLASSIFICAÇÃO livre

Ingresso

INGRESSOSR$6 (inteira)R$3 (meia)

MAIO FOTOGRAFIA NO MIS 2017
Anualmente, o MIS dedica um espaço na agenda de programação para mostras exclusivamente de fotografias com obras de artistas nacionais e internacionais. Este ano serão apresentadas sete exposições. Além desta, integram o especial:

Farida, um Conto Sírio apresenta o trabalho inédito do brasileiro Mauricio Lima, que acompanhou durante seis meses o fluxo migratório de refugiados do Oriente Médio à Europa, ensaio que tornou-o o único brasileiro a receber o Prêmio Pulitzer (2016).

O Maio Fotografia ainda traz a mostra Passagens da inocência de Giullia Paulinelli, uma das artistas selecionadas pelo programa Nova Fotografia 2017.

Completa a programação uma curadoria especial com acervo do próprio museu, intitulada Caçador e construtor, que tem entre seus destaques obras de Cristiano Mascaro, Arnaldo Pappalardo, Fernando Natalici e Gal Oppido.

A fotografia produzida em smartphones ou celulares ‒ mobgrafia ‒ alcança, em 2017, um patamar não imaginado até pouco tempo atrás. Assim, a mObgraphia Cultura Visual, dos fotógrafos Cadu Lemos e Ricardo Rojas, integra a programação do Maio Fotografia no MIS com três exposições que ocuparão o espaço expositivo 2º andar e o foyer do auditório LABMIS.

Avessos e paradigmas | Penna Prearo, Maureen Bisilliat, Nair Benedicto e German Lorca
A mostra, com curadoria de Fausto Chermont, traz obras dos veteranos Penna Prearo, Maureen Bisilliat, Nair Benedicto e German Lorca. As séries apresentam o resultado do desafio proposto: utilizar as câmeras de captura digital de telefones celulares.

Os ensaios realizados por esses fotógrafos que experimentaram grande parte das mudanças tecnológicas de impacto dos últimos anos, bem como a migração das câmeras analógicas para o fazer digital, possibilitam uma reflexão sobre o “fazer fotográfico”, o “fazer arte”, os meios e motivações para se produzir imagens. A coragem de expurgar o viés comum, de viver o hoje com os meios e métodos contemporâneos que produzem resultados imagéticos a serem decifrados por cada um na assamblage de conteúdos eletrônicos com toque de passado, presente e futuro.

A não proposição de temas para os ensaios e a confiança plena do curador com o resultado como alternativa de elaboração autoral, na temporalidade do evento, são parte das provocações a formatos hegemônicos da contemporaneidade, tornando a exposição uma surpresa até mesmo para seus participantes. German Lorca, Maureen Bisilliat, Nair Benedicto e Penna Prearo podem ou não se ater a suas linhas de pesquisa e produção costumeiras. Liberdade de escolha é um dos principais ingredientes da proposição.

Sobre os artistas
German Lorca (1922) integrou o Foto Cine Clube Bandeirantes (FCCB) em 1949, produzindo imagens marcantes. Registra a paisagem da cidade de São Paulo, em especial a região central. Abre estúdio próprio em 1952. Em 1954, foi o fotógrafo oficial das comemorações do IV Centenário da Cidade de São Paulo, dedicando-se com exclusividade à fotografia a partir daí, atuando principalmente na área de publicidade.
Maureen Bisilliat é fotógrafa e documentarista. Nascida na Inglaterra, chegou ao Brasil em 1952. Iniciou na fotografia em 1962 nas revistas Realidade e Quatro Rodas, publicando em livros os resultados de sua pesquisa fotográfica neste período, além da publicação Xingu / Terra (1979), em coautoria com os irmãos Villas-Bôas. Em 1988, foi convidada por Darcy Ribeiro para contribuir na criação de um acervo de arte popular latino-americana, que originou o Pavilhão da Criatividade no Memorial da América Latina. 
Nair Benedicto (1940) tem um trabalho marcado pelo foco nas questões sociais que permeavam os anos 1970. Chegou a ser presa política durante o regime militar. Atualmente dirige a N Imagens. Suas fotos foram publicadas nas principais revistas nacionais e internacionais, e estão no acervo de importantes instituições do mundo, como MoMA, Smithsonian, no MAM/SP, MAM/RJ e no Patrimônio Histórico da Cidade de São Paulo. 
Penna Prearo (1949) começou registrando shows musicais e peças de teatro. Em 1978, expôs no 1º Colóquio Latino-Americano de Fotografia (México) e, no ano seguinte, na 1ª Trienal de Fotografia do MAM-SP, entre outras mostras nacionais e internacionais no MAC-USP (1993), MASP (2001), Itaú Cultural (2003), CCBB (São Paulo, 2003) e no MIS (2005). Recebeu o prêmio aquisição do J.P. Morgan de Fotografia, em 1999.

A arte da observação urbana | Hikari Creative
A exposição apresenta uma seleção de 75 trabalhos dos cinco fotógrafos que compõe o Hikari Creative – coletivo formado por Adriana Zehbrauskas, Ako Salemi, Eric Mencher, Marina Sersale e Q. Sakamaki,baseado no Instagram e fundado com o objetivo de explorar um estilo de fotografia que mescla as tradições das belas artes às do fotodocumentário. Hikari significa luz em japonês e é também uma metáfora para esperança. Os registros presentes na mostra buscam dar uma dimensão apropriada para a importância das narrativas visuais, com imagens urbanas que atestam o lema do grupo: “nos unimos através da fotografia para afirmar a arte como essencial em nossas vidas”.

De Veneza a Nova York, passando por cidades e vilarejos, como San Miguel Allende, no México, todas as coisas possíveis e imagináveis podem ser vistas até mesmo pelo observador mais casual. Mas os membros do Hikari Creative, fotografando nos cinco locais em que vivem ou que visitam regularmente, escolheram, em vez disso, voltar o foco de seus smartphones para a beleza do trivial, momentos do dia a dia que, em última instância, definem a vida de forma mais clara e concisa. Como observadores urbanos, capturam o movimento da cidade, prestando atenção aos detalhes, aos contrastes e à ironia. Mas, tão importante quanto essa atenção aos detalhes, são os momentos fugazes, efêmeros e empáticos que combinam, nas palavras de Baudelaire, “noções sociológicas, antropológicas, literárias e históricas da relação entre o indivíduo e a grande multidão”.

Conheça mais sobre o coletivo clicando aqui.

FLAMOB 2017
O Festival Latino-Americano de Mobgrafias (FLAMOB) 2017 exibe uma mostra com as fotografias produzidas e compartilhadas com smartphones na plataforma do Instagram separadas em seis categorias: Arte em mobgrafia, Documental, Retrato, Street, Preto e branco e Paisagem, com temas livres, além da categoria Ensaio, que nesta edição privilegia as narrativas visuais a partir da questão: "Qual a sua história?". Como definem seus curadores, “desde o princípio o evento é totalmente aberto: sem restrição profissional, artística, ou de fronteiras”.

Os números do festival são plurais. Desde seu início já atingiu o patamar de 15 mil imagens inscritas, de onde são selecionadas 75 para a exposição. Um júri formado por profissionais do Brasil, Canadá, França, Alemanha e Portugal, seleciona, por categoria, os vencedores que são anunciados no dia da abertura da mostra, 12 de abril. O FLAMOB vem se colocando como lugar de convergência. Além de abrir este espaço, também promove o Flamob Talks com encontros, palestras, workshops e leituras de portfólio durante o período do festival.

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