MIS

Museu da Imagem e do Som

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Museu da Imagem e do Som

Mostra LABMIS 2012

A Mostra LABMIS 2012 apresenta o resultado da Residência LABMIS, programa anual que seleciona por meio de convocatória quatro artistas para desenvolverem obras que trabalham na interface entre arte e tecnologia no Laboratório de Novas Mídias do Museu da Imagem e do Som. Conheça as obras selecionadas.

Data

20/06/2013 a 07/07/2013

Horários

terças a sextas, das 12 às 22h; sábados, domingos e feriados, das 11 às 21h Abertura: 20.06, 19h

Ingresso

0

Com objetivo de fomentar a produção de obras que se desenvolvem a partir das linguagens contemporâneas que utilizam mídias tecnológicas, o MIS selecionou, no ano de 2012, quatro projetos de artistas brasileiros que participaram da Residência LABMIS.

Ao longo processo, o Museu possibilitou aos selecionados o livre acesso à infraestrutura tecnológica do LABMIS e ofereceu orientação técnica e teórica. Resultado desta experiência, a exposição apresenta as obras Maldita Parede, de André Asai e Malu Risi; Fototímidos, de Cesar Garia; {trapezios}, de Eduardo Soares; e Paisagens Troposcópicas, de Paula Dagner.

Maldita Parede – André Asai e Maria Luisa Risi  

A instalação performática mistura mitologia romana a interfaces tecnológicas para discutir a escassez da comunicação direta no mundo contemporâneo, que cada vez mais dá lugar a relações virtuais e encontros intermediados pelo computador, mesmo quando a distância real entre as pessoas é curta. O conceito e o desenho do projeto se baseiam no mito romano de Píramo e Tisbe, dois apaixonados que foram proibidos de se encontrar e se comunicavam apenas por uma pequena rachadura na parede. Ao tentarem um encontro real, por um engano acabam morrendo aos pés de uma amoreira. A Maldita Parede impede o contato direto dos performers, que ficam em um dos lados da caixa. O público – que aqui assume o mensageiro – será o responsável por restabelecer a comunicação entre eles, e poderá ouvir os fragmentos de textos que falam sobre a incapacidade das relações humanas.

André Asai é designer gráfico, game designer e ilustrador. Cursou artes visuais na 

UNESP e já teve trabalhos expostos no Centro Cultural da Juventude e no FILE Games. É o criador e organizador do Spjam – Maratona Paulista de Desenvolvimento de Jogos.

Maria Luísa Risi (Malu Risi) graduou-se em artes visuais pela UNESP. Participou de exposições coletivas, criou a revista OROBORO, De Arte. Foi assistente de curadoria da Galerie de l’Entrepôt (Paris/França).

 

FototímidosCesar Garcia 

Fototímido é um pequeno robô desenvolvido neste projeto que uniu mecatrônica e eletrônica, combinando uma escova, um motor e um circuito controlador de corrente elétrica através da luz. Dessa combinação, surge um robô com movimentos semicirculares aleatórios que foge da luz quando iluminado. Seu conceito se baseou no mito da caverna, de Platão, e metaforiza a alienação do mundo formada pela figura da luz e da sombra projetada. Em momentos históricos como o Renascimento e o Iluminismo, os conceitos de luz e sombra foram essenciais. Hoje, ligar um interruptor ou outra fonte qualquer de iluminação é um ato cotidiano e banal, e os fototímidos agem como questionadores desse paradigma.

Cesar Garcia é bacharel em artes plásticas pela USP. Participou do 19º Programa Nascente (USP, SP), do I Salão Xumucuís de Arte Digital (Belém/PA) e do 37º Salão de Arte de Ribeirão Preto (MARP, SP). Em 2011, foi contemplado no concurso Primeira Obra de Artes Visuais do Programa de Ação Cultural (ProAC) da Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo.

 

{Trapezios} – Eduardo Soares

A partir do vídeo que mostra o processo de criação da obra, e das maquetes, que permitem uma contextualização espacial, o artista apresenta o projeto {trapezios}. Desenvolvido durante a Residência LABMIS, a obra investiga a possibilidade de uma relação entre o corpo do artista – imerso em movimentos aleatórios e não programados do circo –, o espaço e o tempo, elementos que acabam por desenhar formas transitórias e efêmeras projetadas no espaço e codificadas pela plataforma Processing. Trazendo em seu nome as chaves {}, que na matemática indicam um conjunto de elementos ou de coordenadas, e na linguagem de programação são constantemente utilizadas para conter um bloco de códigos, a obra apresenta uma coexistência corpo-trapézio-código capaz de compor um novo organismo, cujo comportamento sofre transformações em função das interações entre suas partes. 

Eduardo Soares é arquiteto e trabalhou em escritórios em Londres, Xangai, Fortaleza e Rio de Janeiro. Explorou também o campo do design e da cenografia, bem como as artes circenses e as experimentações artísticas, buscando as ferramentas e possibilidades para construir um pensamento interdisciplinar.


Paisagens Troposcópicas Paula Dager

O projeto partiu da investigação de suportes não convencionais para a projeção de imagens em instalações multimídia, ligando, desta forma, as novas tecnologias às bases da ótica que originaram o cinema, e inter-relacionando os processos de captação, edição e projeção de imagens à busca de um efeito panorâmico tridimensional.

Partindo desse conceito, a artista desenvolveu o Troposcópio, um aparelho ótico em forma de globo que retroprojeta a partir de seu centro imagens em 360 graus, imagens estas que foram captadas em todas as direções por meio de uma câmera acoplada a um dispositivo acima da cabeça.

Essas imagens que buscavam desvendar as paisagens urbanas por meio de passeios feitos de bicicleta, carro ou a pé compuseram as Paisagens Troposcópicas, uma narrativa audiovisual formada por animações sobrepostas que criam pequenas deformações de uma realidade composta por muitas dimensões que podem ser experimentadas pelo espectador.

Paula Dager é artista multimídia, graduada em pintura pela UFRJ em 2001. Durante a faculdade, interessou-se por animação experimental. Seu curta-metragem VRRUUUMMM!! foi premiado no Festival Primeiro Plano (MG) e foi finalista do Grande Prêmio de Cinema Brasileiro 2003. Participou das exposições coletivas Personal DJ – Arquivo de retratos Sonoros no Museu da República, Rio de Janeiro, e Ócio, no MAC de Niterói.

 

Sobre o LABMIS

O Laboratório de Novas Mídias do Museu da Imagem e do Som (LABMIS) é um espaço de reflexão, intercâmbio de conhecimento e experimentação em novas tecnologias. Atua na confluência entre arte, ciência e tecnologia, e oferece espaço para ações de difusão da cultura digital para artistas consagrados e emergentes além de pesquisadores, estudantes e público não especializado.

Instalado no 2º pavimento do Museu da Imagem e do Som, o LABMIS dispõe de sala de workshop, estúdio de som, oficina de interfaces, sala de pós-produção para os residentes, um lounge (com acesso gratuito à internet sem fio) e auditório. Além da realização de residências artísticas nacionais e internacionais, oferece cursos, palestras e workshops para os mais diversos públicos. 

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