MIS

Museu da Imagem e do Som

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Museu da Imagem e do Som

Musicais no cinema

Amplo panorama do gênero musical no cinema mundial.

Data

13/11/2019 a 26/02/2020

Horários

Terças a sábados – 10h às 20h Domingos e feriados – 10h às 19h A permanência no espaço expositivo é de até duas horas após o último horário

Ingresso

R$20 (inteira) e R$10 (meia); grátis às terças Os ingressos estão disponíveis no site da Sympla e na recepção do MIS sem taxa de conveniência

HORÁRIOS DE CARNAVAL
Confira os horários de visitação da exposição durante o Carnaval:
24.02, segunda – 10h às 18h
25.02, terça – 10h às 18h
26.02, quarta – 10h às 20h
>> Permanência de 2h após o último horário!
>> Funcionamento normal nos demais dias.

O MIS – instituição da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo – apresenta sua nova exposição: Musicais no cinema. Concebida pelo Musée de la Musique -– Philharmonie de Paris, a mostra traça um panorama sobre o universo do gênero musical no cinema nacional e internacional, desde os primórdios do cinema musicado até obras recentes, como o premiado La La Land (2016) e Rocketman (2019), cinebiografia de Elton John. 

A partir de fotografias, vídeos, cartazes, documentos de produção, figurinos e depoimentos, a exposição reúne filmes musicais de diferentes partes do mundo, destacando marcos para o gênero, como Cantando na chuva (1952), Amor, sublime amor (1961) e Dançando no escuro (2000). Musicais no cinema ainda destaca figuras importantes do gênero como Fred Astaire, Jacques Demy, Julie Andrews e John Travolta.

A curadoria do Musée de la Musique é do pesquisador N. T. Binh, enquanto Duda Leite assina a curadoria brasileira. O jornalista e cineasta foi responsável pela adaptação para o MIS, acrescentando espaços e conteúdos inéditos baseados na cultura brasileira, como Esse mundo é um pandeiro, dedicado às chanchadas – subgênero bastante característico da produção audiovisual do Brasil, e uma área que homenageia a atriz e cantora Carmen Miranda.

Mais de 200 filmes de diferentes partes do mundo estão contemplados na exposição que conta com acervo da Philharmonie de Paris, da Cinemateca Francesa, da Margaret Herrick Library – Academy of Motion Pictures Arts and Sciences, do Acervo Marc Wanamaker | Bison Archives (EUA), itens originais do acervo do MIS e de coleções parceiras como Cinemateca Brasileira, FAAP,  Museu Carmen Miranda, do Rio de Janeiro, entre outras, incluindo acervos particulares como do diretor Roberto Farias (1932-2018), responsável pela direção dos musicais estrelados pelo cantor Roberto Carlos. Dentre os itens, a mostra apresenta cartazes, vídeos, documentos de produção, figurinos e curiosidades sobre as montagens, tanto do ponto de vista técnico como estético, além de depoimentos gravados exclusivamente para a exposição no MIS.

Caravanas e visitas mediadas pelo Educativo

Os interessados em agendar visitas em grupo para a exposição podem acessar o link e marcar seu horário entre quarta-feira e domingo. As turmas devem ter entre 10 e 45 pessoas.

Já o público que deseja realizar uma visita mediada pelo Educativo do MIS pode acessar o formulário no site do MIS. Cada horário contempla grupos de 10 a 40 pessoas e a visita tem duração de 90 minutos.

Podcast MIS!

As diferentes facetas do Museu da Imagem e do Som de São Paulo em um podcast semanal! Apresentada pelo jornalista e curador Duda Leite, a primeira temporada traz as entrevistas realizadas para a exposição Musicais no cinema com importantes nomes do cinema e da cena musical, como Elza Soares, Silvio de Abreu e Claudia Raia. Atualizado às quartas, o podcast está disponível no Spotify (clique aqui).

A exposição foi concebida pelo Musée de la Musique – Philharmonie de Paris. Acesse o site da Philharmonie de Paris: https://philharmoniedeparis.fr/en

Saiba mais sobre a adaptação brasileira

Inédita fora da França, a exposição Musicais no cinema ganhou uma adaptação em sua versão que é apresentada no MIS. Além de um novo projeto arquitetônico, assinado pela Caselúdico parceira do MIS em mostras como O mundo de Tim Burton, Castelo Rá-Tim-Bum – a exposição e Quadrinhos– a mostra conta com novos espaços em sua versão brasileira.

“A adaptação curatorial da exposição Musicais no cinema pretende apresentar um amplo painel da produção de filmes musicais produzidos no Brasil, com destaque especial para alguns movimentos e estúdios cinematográficos como a Atlântida”, diz Duda Leite.

O auge das famosas e carnavalescas “Chanchadas”, produzidas principalmente nas décadas de 1940 e 1950, eram esnobadas pelos críticos de cinema da época e adoradas pelo público, que lotava as salas de cinema para ver nomes como Grande Otelo, Oscarito, Vera Regina, Adelaide Chiozzo, Emilinha Borba, José Lewgoy, Ankito, Anselmo Duarte, Ivon Curi, entre muitos outros. O público terá a ótima oportunidade de redescobrir chanchadas clássicas dirigidas por mestres como Watson Macedo, Lulu de Barros, Vitor Lima, Carlos Manga e J.B. Tanko, entre outros.

“Carmen Miranda, a ‘brasileira mais famosa do século XX’, tem um espaço dedicado só a ela, com exibição de trechos de seus musicais clássicos como Entre a loura e a morena (1943), de Busby Berkeley, e Uma noite no Rio (1941), de Irving Cummings, além de uma seleção especial de objetos usados nos filmes e itens pessoais, entre eles um dos seus icônicos turbantes, cedidos pelo Museu Carmen Miranda”, explica Duda.

O Cinema Novo, o primeiro movimento moderno do Cinema nacional também teve uma relação muito próxima à música. Um dos primeiros filmes de CacáDiegues foi Quando o Carnaval chegar (1972), uma espécie de “chanchada tropicalista” estrelada por Maria Bethânia, Chico Buarque e Nara Leão. Ainda do Cinema Novo,a exposição regata clássicos como Brasil ano 2000 (1968) e A lira do delírio (1978) ambos de Walter Lima Jr.

A partir do final da década de 1960, o cinema brasileiro descobriu o filão dos “filmes feitos para jovens”, sempre com números musicais com os astros da sua época. Uma das sessões da exposição será dedicada a estes filmes. Entre eles, estãoos filmes “new wave” dos anos 1980, que retratavam a cena do rock brasileiro, como a trilogia de Lael Rodrigues Bete balanço (1984), Rock estrela (1986) e Rádio pirata (1987), além de Areias escaldantes (1985) de Francisco de Paula, com participações dos Titãs e de Lobão e os Ronaldos.

Uma prova de que os musicais no cinema continuam mais atuais do que nunca, são os chamados “biopics” ou “cinebiografias", que estão entre os maiores sucessos do cinema nacional contemporâneo. Filmes como Elis (2016) de Hugo Prata, Tim Maia (2014) de Mauro Lima, e Simonal (2018) de Leonardo Domingues resgatam nomes fundamentais da história da música popular brasileira.

Sobre os curadores

N. T. Binh
Professor sênior de estudos de cinema na Universidade de Sorbonne em Paris, especialista em musicais de Hollywood e membro do comitê editorial da revista Positif. N. T. Binh também foi curador da exposição Música & Cinema, casamento do século?, em 2013, um dosos maiores sucessos da Cité de la Musique.

Duda Leite
Graduado em cinema pela FAAP, Duda Leite cobriu os festivais de cinema mais importantes do mundo, onde entrevistou personalidades como Catherine Deneuve, Mick Jagger, Pedro Almodóvar e Isabelle Huppert. Apresentou e dirigiu o programa Eurocurtas, dedicado a exibição de curtas-metragens, do Eurochannel. Em 1994, dirigiu seu primeiro curta-metragem Serial Clubber Killer, vencedor do primeiro Festival MIX Brasil. Em 2010, lançou seu primeiro longa-metragem Tikimentary, selecionado para a Mostra de Cinema de São Paulo. Desde 2013, é curador do Music Video Festival, maior festival dedicado ao universo do videoclipe no Brasil.

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