MIS

Museu da Imagem e do Som

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Nova Fotografia 2021 | parte 1

Anualmente, o Nova Fotografia – programa que completa dez anos em 2021 – seleciona trabalhos de artistas promissores, que se distinguem pela qualidade e inovação.

 

Data

26/10/2021 a 05/12/2021

Horários

Terça a domingo, das 10h às 18h Permanência de até 1h após o último horário

Ingresso

Gratuito (retirada na bilheteria)

Classificação indicativa livre

Anualmente, o Nova Fotografia – programa que completa dez anos em 2021 – seleciona trabalhos de artistas promissores, que se distinguem pela qualidade e inovação. Além de exibição pública esses projetos também passam a fazer parte do acervo físico e digital do MIS. Neste ano, o júri de seleção foi composto por Isabel Gouvêa (fotógrafa, curadora e coordenadora do Educativo do Museu de Arte Moderna – MAM BA), Juliana Braga de Mattos (gerente de Artes Visuais e Tecnologia do SESC de São Paulo), Tuca Vieira (fotógrafo, jornalista, pesquisador e artista visual) e Cristiane de Almeida (programadora e produtora cultural do MIS).

“Despedida Remota”, “Luz” e “Ainda Plano”, de Solange Quiroga, João Leoci e Pedro Levorin, respectivamente, são os ensaios escolhidos desta primeira etapa de exposições. 

Confira a seguir os selecionados da primeira fase de exposição desta edição:

Despedida remota

A série de Solange Quiroga, com acompanhamento curatorial de Ronaldo Entler, apresenta imagens de câmeras de segurança e chamadas de vídeo das conversas da artista com o pai que sofria de Alzheimer e acabou falecendo no último ano.

“Fui fazendo prints das telas de nossas conversas, interagindo com esse sistema de transmissão num desejo de reter aqueles momentos íntimos e angustiantes, uma documentação afetiva e tecnológica da passagem do tempo”, lembra Solange. “O que era precário e banal tornou-se valioso, com uma carga emocional e histórica: um lugar de despedida possível, mediado pela tecnologia e pelas imagens, e que espelha, no plano da vivência individual, a experiência de milhares de famílias ao redor do mundo desde março de 2020”, completa.

Solange é fotógrafa e artista visual. Sua pesquisa orbita essencialmente ao redor da apropriação e reciclagem de imagens. Em 2014, integrou a exposição coletiva "Origem", com curadoria de Eder Chiodetto. Em 2017 teve uma obra selecionada pela Galeria Doc no concurso "DesafioSP" e participou da mostra coletiva "Famulus", com o trabalho "Entrelugares latentes" – com curadoria de Daniel Salum.

Luz

Com acompanhamento curatorial de Leonor Amarante, João Leoci apresenta um trabalho que se encontra nos limites da fotografia de retrato, no qual explora a técnica fotográfica aproximando-a da pintura. Os retratos procuram “desinvidualizar” os corpos e os sujeitos para criar certa indistinção de identidade pessoal. O movimento e a luz são os verdadeiros protagonistas.

“Minha ideia é testar os limites técnicos e subjetivos da fotografia. A pergunta que subjaz esta proposta é: "até onde posso chegar com uma imagem fotográfica?”, revela João que trabalha com fotografia comercial há 20 anos.

Nascido em São Paulo, João começou a carreira como assistente fotográfico no começo dos anos 2000 e se especializou em still life. Nos últimos anos, vem desenvolvendo um trabalho mais experimental e documental. A intenção principal de seus projetos é testar os limites técnicos e subjetivos da fotografia. O aspecto documental de sua produção deve-se, em grande parte, pelo trabalho com movimentos sociais no território da Luz (Zona Central de SP). Atualmente, participa do projeto Birico, que promove ações emergenciais no contexto da pandemia na Cracolândia e arredores.

Ainda plano

Pedro Levorin, com acompanhamento curatorial de Sabrina Moura, apresenta nesta série um conjunto de 20 imagens que funcionam como janelas para os processos de transformações sociais, econômicas, regionais e culturais. As paisagens e casas com fachadas de platibandas registradas nos municípios de Monte Santo, Uauá e Curaçá trazem diversidade de materiais e formas de organizar os espaços, reverberando aspectos do período político que o país viveu a partir de 2002.

Os planos-fachadas são entendidos como uma permanência arquitetônica do passado que se transformou a partir de novas disponibilidades de mercado; de novas possibilidades socioeconômicas de uma classe social e de um trabalho específico de pedreiros e moradores-construtores. Desse modo, as fachadas são elementos que elaboram diretamente um tempo histórico através de seus materiais e, consequentemente, por meio de sua imagem.

Pedro Levorin é graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Escola da Cidade — Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (2020). Tem interesse nas complexidades imagéticas e materiais produzidas por cidades, tendo a fotografia como dispositivo de investigação e produção prático-teórica.

O MIS agradece aos patrocinadores e apoiadores da programação, que também apoiam a iniciativa digital #MISemCASA: Kapitalo Investimentos (patrocínio), Cielo (patrocínio), Vivo (patrocínio), Tozzini Freire Advogados (apoio institucional), Bain & Company (apoio institucional) e Telhanorte (apoio operacional).

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