MIS

Museu da Imagem e do Som

MIS

Museu da Imagem e do Som

A exposição Villa Bella – Memória iconográfica de uma bela Ilha (Ilhabela – 1900-1980) ultrapassou fronteiras e chega a um dos principais espaços de cultura da capital paulista.

Data

26.03 a 30.04.24

Horário*

terças a sextas / 10h às 19h
sábados / 10h às 20h
domingos e feriados / 10h às 18h

* Permanência até 1h após o último horário

Ingressos

Gratuito
Não é necessário retirar ingresso

Local

Sala Maureen Bisilliat

Classificação: livre 

Organizada pela fotógrafa paulistana Maristela Colucci, a exposição reúne 69 imagens retratando momentos do passado que permeiam a cultura e a vida dos moradores de Ilhabela, marcando especialmente a transição de Villa Bella para Ilhabela.

O material iconográfico abrange registros entre 1900 e 1980, período que coincide com a evolução da fotografia e com a consolidação de uma cultura múltipla e complexa dentro do arquipélago. A partir da década de 1990, ao mesmo tempo que assistimos ao início de uma grande mudança na captação e no compartilhamento de fotografias, vemos o turismo de massa se intensificar e interferir em hábitos locais, descaracterizando ambientes, geografia e modo de vida tradicional caiçara.

A exposição é fruto de uma profunda pesquisa sobre essa pluralidade cultural. Durante o processo, Maristela Colucci deparou-se com acervos particulares de famílias caiçaras e dos primeiros imigrantes e veranistas.

As imagens cedidas para integrar a exposição foram organizadas por eixos temáticos: Travessia, Bem-vindos, Casamentos, Retratos, Economia, Engenhos, Cotidiano, Carnaval, Religião, Curiosidades, Educação, Congada, Arquitetura, Pesca e Natureza.

“Os 15 eixos estabelecidos foram surgindo aos poucos, para assim costurar a história da ilha. Na edição, privilegiei a arte da fotografia e o registro histórico. A pesquisa nos mostrou claramente que ainda há muito terreno a garimpar”, explica Maristela.

Ao longo da jornada de pesquisa e concepção da mostra, foram encontradas diversas fotografias em papel – cujos negativos se perderam –, armazenadas em caixas, álbuns e, algumas poucas, emolduradas. No caso dos slides, a conservação não era ideal e as imagens apresentavam marcas de manuseio e fungos. A maior surpresa foi encontrar daguerreótipos feitos nas décadas de 1920 e 1930.

A jornalista Camila Prado é a responsável pelo mergulho na história do arquipélago: de posse das imagens selecionadas, realizou a pesquisa que resultou nos textos e legendas da mostra. O texto principal conduz o espectador pela Ilhabela do século XX, desde seu nome em Tupi, nos tempos de ocupação indígena, até a transição de uma Ilhabela caiçara, no início do século XX, ainda com traços coloniais e base econômica na agricultura da cana, do café e na pesca, para uma Ilhabela mais urbana, com estradas de acesso, balsa, carros e veranistas. Já as

legendas, informativas e leves ao mesmo tempo, transmitem histórias, tradições, lendas e crenças para um público de todas as idades, inclusive o escolar, a quem é oferecida uma proposta pedagógica.

A circulação da exposição, que se inicia no MIS, em São Paulo, e depois percorre ainda duas cidades do Litoral Norte do estado (Ubatuba e Caraguatatuba) é viabilizada por meio do Programa de Ação Cultural (ProAC) da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. O projeto ainda prevê, no futuro, a publicação de um livro.

Com o intuito de compartilhar os acervos iconográficos para mais pessoas, as imagens estão disponíveis para pesquisa e acesso online no Instagram do projeto: @ilhabela_1900_1980_villa_bella.

Sobre a organizadora da exposição

Fotógrafa paulistana e moradora de Ilhabela há mais de 20 anos, Maristela Colucci apresentou seis exposições individuais no Brasil e uma em Lisboa, Portugal. Coletivamente, expôs em museus como MIS e MAM, no Memorial da América Latina, e também em Bogotá (Colômbia), em Bangkok (Tailândia), no Porto (Portugal), em Nova Iorque (Estados Unidos) e em Florença (Itália). Tem sete fotolivros autorais publicados. Suas fotos integram o acervo de fotografia do MAM – Museu de Arte Moderna (Verde Lente), FNAC e BnF – Bibliothèque nationale de France.

O trabalho de Ian foi publicado em revistas como Rolling Stone, Sounds, New Music Express, Q e está em exibição como parte da coleção permanente do Rock and Roll Hall of Fame. Em 1994, uma seleção do seu trabalho foi exibida no MTV Awards em Berlim, no Britt Awards no Alexandra Palace e no World Music Awards em Monte Carlo e Copenhagen.

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